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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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EUA surpreende e cria 256 mil novas vagas de emprego em dezembro

O mercado de trabalho dos Estados Unidos surpreendeu em dezembro com a criação de 256 mil postos de trabalho, acima da expectativa de 160 mil, segundo divulgação do relatório de empregos não-agrícola Payroll, divulgado pelo Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu para 4,1%, superando ligeiramente as projeções do mercado, que esperavam 4,2%. Entre os destaques, o setor de saúde criou 46 mil vagas, enquanto o comércio varejista adicionou 43 mil postos, impulsionado por contratações em lojas de vestuário e joalherias. O governo, por sua vez, aumentou sua força de trabalho em 33 mil. Já o salário médio por hora subiu 0,3% no mês, alcançando US$ 35,69, com alta acumulada de 3,9% nos últimos 12 meses. Apesar da recuperação, a taxa de participação da força de trabalho permaneceu estável em 62,5%, refletindo um ritmo moderado no retorno de trabalhadores ao mercado. Dados revisados de meses anteriores indicam uma leve redução no número total de empregos criados em outubro e novembro. (Meio)

Inflação encerra 2024 com alta de 4,83%, acima do teto da meta

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou dezembro de 2024 com alta de 0,52%, encerrando o ano com inflação acumulada de 4,83%, acima dos 4,62% registrados em 2023, mas abaixo do consenso de mercado, que previa 4,9% no acumulado do ano. Com isso, o Banco Central terá de escrever uma carta ao Ministério da Fazenda, justificando as razões pelas quais a inflação ficou acima do teto da meta de 4,5%. O grupo Alimentação e bebidas liderou os aumentos, com alta anual de 7,69%, influenciado principalmente pela disparada no preço das carnes (20,84%) e do café moído (39,60%). No mês de dezembro, o grupo apresentou variação de 1,18%, impactado por aumentos nos preços de itens como costela (6,15%), alcatra (5,74%), além de óleo de soja (5,12%) e café moído (4,99%). Já Transportes registrou alta de 0,67%, impulsionada por aumentos no transporte por aplicativo (20,70%) e passagens aéreas (4,54%). Em contrapartida, o grupo Habitação recuou 0,56%, devido à redução de 3,19% na energia elétrica residencial, reflexo do retorno da bandeira tarifária verde em dezembro. No acumulado do ano, além de Alimentação e bebidas, Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) foram os grupos que mais impactaram a inflação, respondendo por 65% da variação total, sobretudo por reajuste dos planos de saúde, a alta da gasolina e o gás de botijão. Em contrapartida, a energia elétrica residencial acumulou queda de 0,37% no ano. Na comparação entre capitais, São Luís registrou a maior inflação em 2024, com alta de 6,51% e Porto Alegre teve a menor variação, de 3,57%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de menor renda, fechou o ano com alta acumulada de 4,77%, também puxado pelos preços de alimentos. (Meio)

Vendas do varejo caem 0,4% em novembro, mas acumulam alta de 5% em 2024

As vendas do varejo tiveram um recuo de 0,4% no volume de vendas em novembro de 2024, em comparação com outubro, conforme os dados divulgados pelo IBGE. Esse resultado interrompe o crescimento de 0,4% registrado no mês anterior, enquanto a média móvel trimestral apontou um leve crescimento de 0,2%. Apesar do desempenho negativo no mês, o setor mantém uma trajetória positiva na comparação anual, com alta de 4,7% frente a novembro de 2023, sendo o 18º mês consecutivo de crescimento interanual. No acumulado do ano, as vendas avançaram 5%, e o acumulado em 12 meses mostrou alta de 4,6%. No comércio varejista ampliado, que considera também os segmentos de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas caiu 1,8% em novembro frente ao mês anterior, enquanto a média móvel trimestral ficou estável. Na comparação com novembro de 2023, o varejo ampliado registrou alta de 2,1%, acumulando crescimento de 4,4% no ano e 4% em 12 meses.

Produção industrial recua 0,6% em novembro, mas mantém alta em 2024

A produção industrial nacional registrou queda de 0,6% em novembro de 2024 na comparação com outubro, marcando o segundo mês consecutivo de retração e acumulando perdas de 0,8% nesses dois meses. Apesar disso, a indústria cresceu 1,7% na comparação com novembro de 2023, registrando a sexta alta seguida na base anual. No acumulado do ano até novembro, o setor avançou 3,2%, consolidando 0 desempenho positivo em 2024. Entre as grandes categorias econômicas, todas mostraram redução em novembro, com destaque negativo para bens de consumo semi e não duráveis (-2,8%), seguidos por bens de consumo duráveis (-2,1%) e bens de capital (-1,7%). Setores importantes como veículos automotores (-11,5%) e produtos derivados do petróleo (-3,5%) também contribuíram para a retração. Por outro lado, segmentos como máquinas e equipamentos (+2,3%) mostraram resultados positivos. No acumulado do ano, bens de consumo duráveis (10,7%) e bens de capital (8,8%) lideraram o crescimento, puxados pela maior produção de automóveis, eletrodomésticos e equipamentos de transporte. Enquanto isso, produtos farmacêuticos (-2,8%) figuraram entre os poucos setores em queda no período. (Meio)

Inflação em 2025 deve se aproximar dos 5%, aponta Focus

No primeiro Boletim Focus de 2025, agentes do mercado financeiro revisaram algumas das principais projeções econômicas. Segundo o relatório divulgado pelo Banco Central, a estimativa para o IPCA de 2024 (a ser divulgado na sexta-feira), caiu de 4,90% para 4,89%. No entanto, para este ano, a expectativa subiu para 4,99%. Apenas em 2026 a inflação deve retornar à meta de 3%, após previsão de ficar em 4,03%, pois há uma margem de 1,5 pontos para mais ou para menos. Enquanto isso, o dólar deve fechar esse ano em R$ 6, com a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, passando de 14,75% para 15%. O crescimento do PIB de 2025, por sua vez, foi ajustado levemente de 2,01% para 2,02%, enquanto ano passado a economia deve ter crescido 3,49% (em 7 de março de 2025 será conhecido o número oficial, divulgado pelo IBGE). Em 2026, as previsões para o PIB (1,80%), câmbio (R$ 5,90) e Selic (12%) ficaram inalteradas. (Meio)

PMI industrial do Brasil encerra 2024 em expansão, mas com desaceleração

O setor industrial brasileiro encerrou 2024 ainda em ritmo de expansão, com o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global registrando 50,4 pontos em dezembro, acima da marca neutra de 50, mas abaixo dos 52,3 de novembro. Pollyanna De Lima, Diretora Associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, destacou que “a resiliência da demanda sustentou novos aumentos no volume de pedidos, produção e empregos”, mas alertou que o setor pode iniciar 2025 em uma base mais fraca devido à pressão cambial e custos elevados. O dólar mais forte já impactou os custos de insumos, com empresas pagando mais por commodities e fretes. Além disso, a desvalorização do real afetou a demanda externa, com quedas consecutivas nos pedidos internacionais, especialmente da Ásia, Mercosul e EUA. A produção industrial teve expansão em todos os meses de 2024, mas o avanço de dezembro foi o mais lento dos últimos quatro meses. As empresas reduziram a aquisição de insumos pela primeira vez em um ano, encerrando uma sequência de 11 meses de expansão, enquanto os estoques de matérias-primas e produtos semiacabados registraram quedas significativas. Mesmo assim, 63% dos entrevistados no levantamento do PMI demonstraram otimismo em relação a 2025, citando expectativas de recuperação na demanda, investimentos e melhores condições no setor automotivo. A alta taxa de juros e o dólar alto, no entanto, podem influenciar as decisões empresariais, priorizando gestão de custos em detrimento da expansão. (Meio)

Inflação nos EUA desacelera, mas permanece acima da meta do Fed

A inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE na sigla em inglês), avançou 0,1% em novembro na base mensal e 2,4% no acumulado de 12 meses, informou o Bureau of Economic Analysis nesta sexta-feira. Apesar do resultado anual ter ficado abaixo da projeção de 2,5%, ele segue acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve. O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, também registrou alta de 0,1% no mês e 2,8% no ano. Ambos os resultados ficaram ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, mas continuam sinalizando uma inflação resiliente. Os números foram divulgados apenas dois dias após o Fed reduzir sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano, o menor nível em dois anos. Porém, durante a coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, alertou para a necessidade de cautela em futuros cortes de juros devido à persistência de pressões inflacionárias. “Quando o caminho é incerto, você reduz o ritmo”, afirmou.

Confiança do consumidor cai em dezembro para menor nível desde junho, diz FGV

O Índice de Confiança do Consumidor, medido pelo FGV IBRE, caiu 3,6 pontos em dezembro, chegando a 92, o menor patamar desde junho deste ano, quando registrou 91,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice também apresentou retração, com queda de 0,6 ponto, atingindo 93,5. Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, “a queda da confiança dos consumidores no mês foi influenciada, principalmente, pela piora das expectativas futuras e da percepção sobre a situação presente, em menor magnitude. O resultado também foi disseminado entre as faixas de renda, com destaque para o grupo de renda mais baixa. A recente elevação da taxa de juros, somada a focos de pressão inflacionária em itens como alimentos, podem estar contribuindo para aumentar o pessimismo entre os consumidores no último mês de 2024”, afirmou. Entre os aspectos avaliados, as perspectivas para as finanças futuras das famílias registraram a maior queda, recuando 8,3 pontos para 98,8, o menor nível desde fevereiro. O ímpeto para compra de bens duráveis também caiu, com retração de 2,5 pontos, atingindo 94,3, enquanto o otimismo com a economia futura sofreu sua quarta queda consecutiva, recuando 3,3 pontos, para 102,8. (Meio)

Ata do Copom tem tom duro e vê cenário desafiador interno e externo

Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, levando-a de 11,25% para 12,25% ao ano e novas altas de mesma magnitude nas próximas duas reuniões, levando a taxa básica de juros da economia para 14,25% já em março. Na ata da decisão, divulgada hoje, foi informado que a decisão reflete uma deterioração no cenário inflacionário, com a inflação corrente e as expectativas subindo de forma significativa, além da pressão causada pela desvalorização do real e uma atividade econômica mais resiliente do que o esperado. O comitê destacou que tanto os fatores de curto prazo, como a taxa de câmbio e a inflação corrente, quanto os determinantes de médio prazo, como as expectativas de inflação, apresentaram piora desde o último encontro. Por isso, para a autarquia monetária, o cenário exige uma política monetária mais restritiva para garantir a convergência da inflação para a meta de 3%. O Copom ressaltou que “o mercado de trabalho também segue aquecido, com aumento da população ocupada, queda da taxa de desemprego e aumento da formalização de postos”. Apesar dessa resiliência, o comitê afirmou que há sinais de desaceleração futura, especialmente devido ao aperto nas condições financeiras. Ainda assim, o BC reiterou a necessidade de cautela, alertando que o câmbio depreciado e a inflação de serviços seguem pressionando os preços. Outro ponto relevante foi a elevação da taxa neutra de juros real de 4,75% para 5% ao ano. A taxa de juros neutra é o nível de juros que mantém a economia estável, sem acelerar a inflação nem desacelerar o crescimento econômico. O BC ressaltou que a deterioração fiscal e o aumento de incertezas podem elevar essa taxa estruturalmente, tornando a política monetária menos eficiente e aumentando os custos da desinflação em termos de atividade econômica. No cenário externo, o Copom destacou as incertezas econômicas e geopolíticas, com foco na conjuntura dos Estados Unidos, pois no país “permanece a incerteza sobre o ritmo da desinflação e da desaceleração da atividade econômica. Em paralelo, a possibilidade de mudanças na condução da política econômica também traz adicional incerteza ao cenário, particularmente com possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho e introdução de tarifas à importação”. (Meio)

Mercado eleva previsão de inflação, câmbio e PIB para 2024 e 2025

Após uma semana com alta volatilidade no dólar e na bolsa brasileira, além da divulgação de diversos indicadores, como a inflação, e, sobretudo, a alta de 100 pontos-base na Selic pelo Banco Central (BC), economistas consultados pelo Banco Central (BC) elevaram as estimativas de inflação, juros e dólar para 2024, conforme divulgado no Boletim Focus. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 4,84% para 4,89%, superando o teto da meta estipulada pelo governo, que é de 4,5%. Para 2025, a previsão passou de 4,59% para 4,60%, e só volta a meta em 2026, quando a expectativa manteve-se em 4%. Em relação à taxa Selic, o mercado ajustou a previsão para o próximo ano de 13,50% para 14%. Para 2026, a estimativa avançou de 11% para 11,25%. O Produto Interno Bruto (PIB) também teve suas expectativas revisadas para cima. O crescimento previsto para 2024 passou de 3,39% para 3,42%, enquanto para 2025 houve um leve aumento de 2% para 2,01%. Para 2026, a projeção foi mantida em 2%. No câmbio, o dólar ganhou perspectiva de valorização. As apostas para 2024 subiram de R$ 5,95 para R$ 5,99, enquanto para 2025 o avanço foi de R$ 5,77 para R$ 5,85. Já para 2026, a cotação prevista foi ajustada de R$5,73 para R$5,80. (Meio)

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