Estados Unidos têm deflação nos preços ao consumidor em junho
O índice de Inflação ao Consumidor (CPI, na versão em inglês) caiu 0,1% em junho nos Estados Unidos, contrariando expectativa de alta de 0,1% (leia release completo). Nos últimos 12 meses, a inflação ficou em 3%, ainda acima da meta de 2%, mas menor do que a inflação do período de 12 meses medida em maio. O núcleo, a inflação que se tem ao excluir itens voláteis como alimentos e energia, desacelerou para 0,1%, vindo de 0,2%. Dos grupos observados, apenas alimentos subiu na base mensal, de 0,1% em maio para 0,2% em junho. Energia se manteve em deflação de 0,2% e habitação caiu de 0,4% para 0,2%. Após o dado, a moeda americana perdeu força ante o real, com perspectivas maiores de cortes de juros nos Estados Unidos já em setembro. (Meio)
Inflação desacelera no Brasil em junho para 0,21%
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,21% no mês de junho, mostrou nesta quarta (10) o IBGE (veja íntegra), abaixo do consenso de agentes de mercado, de 0,32%. Em maio, a alta generalizada dos preços havia sido de 0,46%. Dos nove grupos contemplados na pesquisa, sete tiveram alta em junho, com destaque para Saúde e Cuidados Pessoais, que variou 0,54% puxado pelo preço de perfumes e reajuste nos planos de saúde. Alimentos e Bebidas tiveram alta menor, de 0,44%, mas possuem mais peso no índice, sendo o fator mais determinante para o IPCA. Destacam-se entre as altas dos alimentos a batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%) e entre as baixas a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).
Avaliação de Lula sobe para maior nível de 2024, aponta Quaest
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje (leia na íntegra) mostrou crescimento da aprovação do presidente Lula e queda na reprovação - nos dois casos, acima da margem de erro de dois pontos percentuais. Das duas mil pessoas ouvidas, 54% aprovam o trabalho de Lula (eram 50% na aferição passada) e 43% desaprovam (eram 47%). O bom desempenho foi puxado pelos mais pobres, eleitores entre 35 e 59 anos e moradores do Sudeste. A grande maioria, 90%, concorda com falas do presidente de que o salário deveria crescer acima da inflação, e a queda de braço com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, rendeu bons dividendos de popularidade: 66% concordam com as queixas do presidente. O número é positivo mesmo entre os que disseram ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022. A maioria (53) acredita que as falas de Lula não foram a principal razão das recentes altas do dólar. Na economia, 36% acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses, mas 52% creem em melhora da economia até julho do próximo ano. (Meio)
Presidente do Fed cita PIB moderado nos EUA, mas não fala em data para cortar juros
O presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, esteve nesta terça-feira no Senado do país - o que é rotineiro - para falar sobre a política monetária. Em discurso lido (leia na íntegra), Powell adotou um tom neutro, isto é, nem muito duro, nem muito frouxo, com relação aos juros do país, hoje em patamares históricos de 5,25% e 5,50% (nos EUA, os juros são um intervalo entre dois pontos, e não um número fixo, como no Brasil). Ele citou uma expansão sólida da economia norte-americana, mas com um crescimento moderado do PIB no primeiro semestre de 2024. O presidente do Fed ressaltou a diminuição da inflação, mas que o indicador permanece acima da meta de 2%, e que o mercado de trabalho está voltando aos níveis pré-pandemia. Jerome Powell reafirmou que a política monetária restritiva vem ajudando a equilibrar a demanda, descartando, no entanto, definir uma data prévia para início do ciclo de cortes de juros. Hoje, agentes de mercado apostam majoritariamente em corte em setembro, segundo a ferramenta Fed Watch, do CME Group.
IGP-DI desacelera a 0,50% em junho, diz FGV
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e responsável por aferir a variação de preços no mercado interno, subiu 0,50% em junho, um crescimento menor que o observado no mês anterior, de 0,87% (confira a íntegra). O indicador acumula alta de 1,11% no ano e de 2,88% no período de 12 meses. Há vários indicadores, entre eles o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que variou 0,55% em junho. Inflação ao produtor é considerada uma antecipação ao consumidor, à medida que maiores custos de produção costumam ser repassados aos preços de venda. Segundo André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, destaca-se a desaceleração na variação dos preços dos alimentos processados: “Esses movimentos indicam a redução da influência dos alimentos na inflação ao consumidor, que também registrou desaceleração na taxa de variação do grupo alimentação”. O núcleo, isto é, a parte mais persistente da inflação, aferida quando se excluem elementos voláteis do Índice de Preços ao Consumidor, como energia e alimentos, aumentou de 0,31% para 0,34%. (Meio)
Focus: mercado prevê mais crescimento e inflação para 2024
O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central toda segunda-feira, continua projetando uma inflação maior para o Brasil este ano (leia aqui). Na semana passada, o mercado esperava 4% de inflação, hoje já são 4,02%. Para 2025, houve pequena alta na previsão também, de 3,87% para 3,88%. A atividade econômica, porém, deve ficar levemente mais forte, com crescimento projetado de 2,10% este ano, vindo de 2,09% na semana passada. Mas a estimativa para o crescimento no ano que vem foi de 1,98% para 1,97%. Já a taxa Selic, taxa básica de juros da economia, não deve ser reduzida segundo os agentes financeiros, permanecendo em 10,50% ao ano em 2024. Para o ano que vem, ficaria em 9,50%. O câmbio (dólar) permaneceu com previsão de R$ 5,20 para 2024 e alcançou o mesmo patamar para 2025. O Focus é uma das variáveis observadas pelo Banco Central para a tomada de decisão sobre a política monetária. (Meio)
Economista analisa dados de emprego nos Estados Unidos e possível impacto no Brasil
O Payroll, principal dado de emprego dos Estados Unidos, desacelerou a 206 mil vagas criadas em junho, vindo de 218 mil em maio (leia o relatório completo). A taxa de desemprego aumentou levemente de 4,0% a 4,1%, enquanto o ganho médio por hora trabalhada e o salário médio por hora caíram. O número de servidores públicos aumentou em 70 mil no mês passado, o que ajudou a puxar o dado para cima. Para Julio Hegedus, economista da ConfianceTec, trata-se de um pouso suave da economia americana, ou seja, uma atividade que dá sinais de desaceleração de forma menos brusca, o que pode permitir corte de juros do Federal Reserve (Banco Central estadunidense). As projeções da ferramenta Fed Watch, do CME Group, apontam para maiores chances de redução de juros já em setembro: antes do dado havia 66,5% de chances de corte no referido mês, agora, o número subiu a 73%. Para Hegedus, se o cenário de corte de juros em setembro se confirmar, é possível haver maior fluxo de investimentos para o Brasil, um dólar menos valorizado em relação ao real e até maior espaço para corte de juros por aqui. “Já se fala em dólar a R$ 5,00, no médio prazo, se o governo não criar mais ruídos”, disse. (Meio)
Michelle Obama é a única que venceria Trump em eleições, diz pesquisa
Segundo pesquisa de intenção de voto, Michelle Obama é a única candidata que aparece à frente de Trump, com 11% a mais do que o ex-presidente
Após o desastre democrata no debate da CNN entre o presidente Joe Biden e seu antecessor, Donald Trump, cresceu a pressão para que ele desistisse de concorrer e abrisse vaga para alguém mais jovem. Michelle Obama seria a mais forte candidata, segundo pesquisa da Ipsos (íntegra aqui). Biden e Trump seguem tecnicamente empatados na intenção de voto, enquanto Kamala Harris, vice-presidente, fica ligeiramente atrás do republicano (43% x 42%). Em um pleito hipotético entre a senhora Obama e o candidato republicano, a advogada teria 50% dos votos e Trump, 39%. Outros governadores democratas foram testados, como Gavin Newsom, da Califórnia, mas estão numericamente atrás. A rejeição de Biden chegou a 60% do eleitorado, contra 56% de Trump, segundo o levantamento. (Meio)
Produção de petróleo volta a subir no Brasil após seis meses, diz ANP
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou o relatório mensal (leia aqui) referente à produção de maio do Brasil. Houve aumento tanto na produção de petróleo quanto de pré-sal, após seis meses de queda. Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,318 milhões de barris por dia, crescimento de 3,9% na comparação mensal e de 3,6% na base anual. O gás natural também teve sua produção aumentada em 6,6% frente a abril de 2024, e de 0,8% na comparação com maio do ano passado. Os campos marítimos produziram quase 98% do petróleo, sendo 88,8% de responsabilidade da Petrobras. (Meio)
Reforma tributária é suprapartidária e será aprovada antes de recesso, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), falou brevemente com jornalistas na manhã desta terça-feira e revelou ter recebido do Grupo de Trabalho (GT) o texto final da reforma tributária, que será enviado ao Congresso. Haddad se disse “otimista” sobre a qualidade do projeto e ressaltou que o tema interessa a todas as legendas. “Se tem um processo suprapartidário no Brasil hoje é a Reforma tributária”, afirmou. Outros deputados presentes no GT pontuaram a possibilidade da promulgação da reforma ser aprovada antes do recesso parlamentar, que começa em 17 de julho. Perguntado sobre as altas recentes do dólar e a preocupação fiscal, Haddad indicou novamente ser um problema de comunicação, e reforçou estar comprometido com a autonomia do Banco Central e a rigidez do arcabouço fiscal. O ministro terá um encontro amanhã com o presidente Lula e “nossa agenda é exclusivamente fiscal. Para apresentar (a Lula) propostas para cumprimento do arcabouço em 2024, 2025 e 2026”. (Meio)