Quem vai pacificar o Brasil?
Cá entre nós: se tem uma palavra que anda maltratada e viciada na política brasileira é “pacificação”. Vira e mexe um dos governadores de direita que tentam herdar os votos bolsonaristas aparece pedindo paz, reconciliação, mas sugere que o único instrumento pra isso é a anistia, o perdão a quem tacou fogo na República. Parece bonito. Parece até gesto de grandeza. Mas, quando a gente olha de perto, não passa de fumaça marqueteira.
O que Felca realmente denuncia
O vídeo de Felca sobre adultização e exploração infantil nas redes escancarou uma realidade incômoda — e a reação política expôs ainda mais hipocrisia. Enquanto a extrema direita grita contra “censura”, sabota iniciativas que protegeriam crianças, como a regulação das redes e até projetos de lei de sua própria autoria quando convém. Mistura pânico moral, algoritmos e interesses eleitorais. Já deu, né?
Quem vai parar Xandão
O julgamento político das ações de Alexandre de Moraes precisa vir acompanhado de uma memória honesta do que foi — e ainda é — Jair Bolsonaro. Um agente do caos, da radicalização, da corrosão institucional desde os tempos de deputado. Se o Supremo está com a armadura gasta, é porque vem apanhando sozinho. Está mais do que na hora dos outros poderes — e da classe política inteira — entrarem em campo.
Bolsonaro está em prisão domiciliar; as reações de aliados e oposição
Jair Bolsonaro está preso. O ex-presidente teve a prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Ele não poderá receber visitas que não sejam de familiares próximos e advogados e todos os celulares da casa foram recolhidos. Moraes considerou que Bolsonaro desrespeitou as medidas cautelares que já haviam sido impostas a ele, que o proibiam de usar redes sociais e de manter contato com outros investigados. No domingo, Bolsonaro participou por videochamada de uma manifestação a seu favor em Copacabana. O vídeo, depois, foi divulgado nas redes sociais.
Trump abranda tarifaço, pune Moraes e parte da direita brasileira fica em silêncio
Não é de hoje que a ação do Governo Trump, provocado por Eduardo Bolsonaro, está causando confusão na direita brasileira. E depois do mais novo ataque, a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o que se observa nesse campo é silêncio. Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior não comentaram a aplicação a um ministro da Suprema Corte brasileira de uma sanção feita para envolvidos em casos graves de corrupção ou violações de direitos humanos. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, se posicionou ontem dizendo que não com todas as decisões de Moraes, mas que ele é um ministro da Suprema Corte, escolhido por um presidente, referendado pelo Congresso e que exerce a função de acordo com a Lei brasileira. Hoje, Romeu Zema, governador de Minas Gerais, disse que Moraes “paga pelo que plantou”. O Central Meio recebe Marcos Jank - coordenador do Insper Agro Global.
Se Lula se render pra Trump
Quando reage ao ataque frontal de Donald Trump, o presidente Lula está se dirigindo a diferentes públicos, com diferentes objetivos e cálculos de custo e benefício. Mas, se capitular à chantagem do presidente americano sem marcar claramente uma posição, a imprevisibilidade de Trump só pode levar a um resultado: Lula e o Brasil só têm a perder.
Eduardo Bolsonaro diz que trabalha para impedir diálogo entre Brasil e EUA
Em entrevista ao SBT, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que está trabalhando para o fracasso da comissão de senadores brasileiros que está nos EUA para auxiliar o governo a abrir um canal de negociação com a Casa Branca. Os parlamentares ainda não conseguiram se reunir com nenhuma autoridade americana, mas se encontraram com empresários de diferentes setores com interesses no Brasil. O diagnóstico, porém, é de que a situação é cada vez mais complicada, pelo prazo, que vai ficando cada vez mais curto, e pela falta de disposição americana. O Brasil segue em contagem regressiva: faltam três dias pro início do tarifaço, que vai atingir em cheio um empresariado brasileiro bastante bolsonarista, mas isso não parece interessar aos Bolsonaro. O Central Meio recebe o cientista político e diretor da Pulso Público, Vitor Oliveira.
Bolsonaro e os excessos de Moraes
Alexandre de Moraes exagerou? Jair Bolsonaro está cercado por medidas cautelares e cada vez mais próximo da prisão. Neste vídeo, Flávia Tavares, editora-chefe do Meio, comenta o inquérito sobre Eduardo Bolsonaro e as decisões do ministro do STF — inclusive as que podem afetar a liberdade de imprensa. É possível criticar o Supremo e, ainda assim, defender a democracia? A resposta passa por entender o momento crítico que o Brasil vive.
Bolsonaro descumpre medidas restritivas e pode ser preso hoje
O ministro do STF Alexandre de Moraes deu 24 horas para os advogados de Jair Bolsonaro explicarem os descumprimentos das restrições impostas pela Justiça ao ex-presidente. Bolsonaro está proibido de usar as redes sociais, na conta dele ou de qualquer pessoa. Mas ontem à tarde, depois de uma reunião com aliados no Congresso, posou com a tornozeleira eletrônica e fez um discurso, que foi transmitido pelas redes sociais. De acordo com Moraes, se não houver uma justificativa plausível para o que considera uma violação de sua decisão, Bolsonaro pode ser preso. O Central Meio recebe o cientista político Guilherme Casarões.