Republicanos protestam contra Trump por anúncio de retirada da Síria

Parlamentares republicanos se levantaram, ontem, em protesto contra o presidente Donald Trump. Sem ter consultado o Pentágono, ele declarou de surpresa que planeja retirar as tropas americanas do norte da Síria e que permitirá o avanço do exército turco na região hoje dominada pelos curdos, tradicionais aliados dos EUA. “Esta seria uma grande vitória para o Irã e para o ISIS”, afirmou o veterano senador Lindsey Graham. “É um erro grave que terá repercussões muito além da Síria”, seguiu outro senador, Marco Rubio. Trump atrai pesadas críticas dentro de seu próprio partido, justamente quando a Câmara dos Deputados promove as investigações de impeachment. A decisão do presidente parece ter sido tomada após uma conversa por telefone com seu par na Turquia, Recep Erdogan. Após críticas, Trump se defendeu via Twitter. “Se a Turquia fizer qualquer coisa que eu, em minha sabedoria sem igual, considerar fora dos limites, destruirei e obliterarei a economia turca.” O presidente não deixou claros a quais limites se referia. (New York Times)

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Pressionado por grandes manifestações em todo o país, o presidente Lenín Moreno transferiu oficialmente a capital equatoriana para Guayaquil. As ruas de Quito estão tomadas por manifestantes, há saques e episódios de violência. Ontem, chegaram para se juntar ao protesto contra o governo pelo menos 20 mil indígenas. Os choques com a polícia já renderam a prisão de 477 pessoas e o prefeito da capital, Jorge Yunda, declarou estado de emergência. Em rede de televisão, Moreno acusou o ex-presidente Rafael Corrêa de estar incitando uma tentativa de golpe de Estado. (El Universo)

Guga Chacra: “Steve Bannon não foi o responsável pela eleição de Donald Trump, ao contrário do que escreveu Eduardo Bolsonaro no Twitter. Nos últimos anos, foi colocado no ostracismo por Trump. Charlatão, vende a ideia de que foi responsável pelo fortalecimento de políticos como Orban, Salvini, e Bolsonaro. Nenhuma destas figuras precisou de Bannon para ganhar popularidade. Os Bolsonaros, porém, decidiram se aproximar de Bannon. Não está claro o motivo. Afinal, se dizem fãs de Trump, mas Trump não gosta de Bannon. Bolsonaro e seu filho defendem o liberalismo econômico. Bannon se descreve como nacionalista econômico. O americano e a família do presidente se dizem defensores da cultura judaico-cristã. Mas, enquanto Bolsonaro tem boa relação com a comunidade judaica, Bannon é visto como antissemita. Talvez a aproximação tenha origem em Filipe Martins, homem forte da política externa brasileira. Ele sempre simpatizou com a ideologia soberanista contra o ‘globalismo’. Os adversários dos ‘soberanistas’ não são as ditaduras de esquerda, os verdadeiros inimigos deles são os liberais democratas como Macron, Obama e Trudeau, que defendem o multilateralismo. Jair Bolsonaro, que foi abertamente nacionalista no passado, simpatiza genuinamente com esta ideologia. O assessor internacional também é o cérebro por trás de Eduardo Bolsonaro. Ernesto Araújo, que tem pouca força, também decidiu adotar esta agenda, após defender a política externa do PT, para seguir no cargo de chanceler, embora sua influência seja uma fração da do bem mais poderoso Martins.” (Globo)

O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, lançou ontem, em São Paulo, seu livro Nada Menos que Tudo (Amazon). A polêmica entrevista em que afirmou ter ido armado assassinar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, esvaziou a noite de autógrafos. Janot manteve-se em silêncio, chegou vinte minutos atrasado, e assinou apenas 43 livros. (Terra)

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HealthTech

Primeiro reitor da UFSCar, o físico Sérgio Mascarenhas teve imensa dificuldade para diagnosticar o que tinha. Dor de cabeça, tontura, dificuldade de conter a urina. Parkinson, talvez? De médico em médico, ao fim chegou: Hidrocefalia de Pressão Normal, que uma cirurgia para inserir uma válvula no crânio para controlar o líquido interno resolve. O problema: para diagnosticar era preciso perfurar o crânio e medir a pressão interna. Só para fazer o diagnóstico já é necessária uma cirurgia. E era feito assim pela crença médica de que o crânio adulto, por rígido, não permitiria a medição sem perfurar. Físico, engenheiro, Mascarenhas pôs-se ao trabalho. Os médicos estavam errados — o crânio adulto não é rígido, e um chip normalmente usado para medir abalos em estruturas de obras é capaz de perceber se altera a pressão interna, sem cirurgia invasiva. O professor tem 91 anos e é fundador de uma startup de Health Tech brasileira, a brain4care. O marcador virtual, que não invade o crânio, hoje pode ser instalado em seis horas.

Uma pesquisa da Kaiser Family Foundation revela detalhes interessantes sobre tecnologia aplicada à saúde. Nos EUA, 70% das pessoas dizem ter buscado informação na internet sobre os sintomas que sentem. 51% usam apps ou gadgets para acompanhar sono, desempenho físico ou dietas. Mas apenas 44% acessaram seus dados médicos online e menos de 25% usam o digital para gerenciar questões de saúde. Na superfície, a tecnologia é usada. Naquele ponto em que ela passa a fazer real diferença no cotidiano de cada um, ainda não.

Pelo menos três hospitais norte-americanos estão tocando experiências nas quais se utilizam de algoritmos baseados em inteligência artificial para combater septicemia. Este processo de infecção generalizada, que só nos EUA mata 270 mil pessoas por ano, é mais fácil de tratar conforme mais cedo se identifica. Mas não é tão simples. No hospital da Universidade de Duke, um software foi treinado para reconhecer, a partir dos sinais vitais do paciente, os primeiríssimos indícios de septicemia. Ainda está em testes. Mas Augusta Health, um hospital no interior da Virgínia, vem aplicando desde 2017 um programa similar. Em seus cálculos, o software que alerta cedo médicos e enfermeiros já salvou 282 vidas. Outro hospital da Virgínia, o Sentara Healthcare, tem também um sistema próprio que dá um passo além. Designa quais as possibilidades de um paciente que deu entrada de ter uma septicemia, de presto alerta seu médico e sugere tratamentos iniciais ou preventivos de acordo com cada caso. São experiências, mais e menos avançadas. Vão crescer.

Viver

O Nobel de Física deste ano premiou Michel Mayor e Didier Queloz, da Universidade de Genebra, que em 1995 encontraram o primeiro exoplaneta — o primeiro planeta fora do Sistema Solar, que orbita a estrela Helvetios. Desde então, mais de quatro mil planetas já foram identificados. O prêmio será compartilhado com o canadense James Peebles, que desenvolveu a teoria pela qual compreendemos, hoje, a história do Universo desde o Big Bang.

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A freira baiana Irmã Dulce será canonizada no próximo domingo, 13 de outubro, pelo Vaticano e se tornará a primeira santa nascida no Brasil. Processo é longo, pode durar vários anos e inclui várias etapas e investigações  – no caso de Irmã Dulce, começou em 2000. Ela passará a ser conhecida como Santa Dulce dos Pobres. (Nexo)

Irmã Dulce era conhecida por seus projetos sociais de assistência à população carente. Detalhes de sua obra de caridade foram contados no livro Irmã Dulce, a santa dos pobres (Amazon) lançado em setembro de 2019 com autoria do jornalista Graciliano Rocha.

Sem celular. A Lumen Christi High School, em Anchorage, no Alasca, baniu os celulares de suas salas de aula. De acordo com o MyFox8, seus alunos e professores estão felizes com os resultados. A pequena escola relatou um aumento na produtividade e na concentração dos estudantes.

Mês das bruxas. E a lista é: 30 lugares assombrados para visitar ao redor do mundo.

Cultura

A Ancine voltou ontem aos principais assuntos do dia após o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro determnar que a agência retome o edital de chamamento para TVs públicas censurado por conter conteúdo LGBT. A Justiça avaliou que houve "discriminação" por parte do governo. A decisão veio após quatro projetos aprovados na fase final e inscritas nas categorias "diversidade de gênero" e "sexualidade" terem sido criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Eram elas Afronte, Transversais, Religare Queer e Sexo Reverso. O concurso estava na última fase quando foi suspenso por seis meses, prorrogáveis por outros seis meses, pelo Ministro da Cidada Osmar Terra, no dia 21 de agosto.

Decisão veio dois dias após Bolsonaro declarar que que não está promovendo "censura" na área da cultura, mas que pretende preservar "valores cristãos" e da família na área. Em uma videoconferência transmitida no 3º Simpósio Nacional Conservador, em Ribeirão Preto (SP), Bolsonaro disse ainda que estava preparando mudanças na Funarte e na Ancine.

Fotos raras da Amazônia no século 19. Em 1867, o fotógrafo alemão Albert Frisch foi enviado pela Casa Leuzinger, famoso estabelecimento de impressão e artes gráficas do Rio de Janeiro, para registrar flora, a fauna e os índios da região. Percorreu 400 léguas pelo rio Amazonas e por seus afluentes, de Tabatinga a Manaus, ao longo de cinco meses. Em um leilão no último dia 3 na Sotheby's, em Nova York, o Instituto Moreira Salles adquiriu 98 imagens produzidas por Frisch na expedição, que dessa forma voltarão para o Brasil. O IMS, que já tinha 40 fotos de Frisch na Amazônia em seu acervo, disse que ainda não há previsão de exposição dessas imagens. Algumas delas foram publicadas no Buzzfeed e estão entre os primeiros registros fotográficos da região amazônica.

Machado de Assis ou Clarice Lispector? O ‘moderno’ Mário de Andrade ou o ‘eterno’ Carlos Drummond de Andrade? Dos contemporâneos, Lygia Fagundes Telles, Dalton Trevisan, Raduan Nassar ou Chico Buarque? Pensando nos grandes autores brasileiros, quem você acha que merecia ter ganhado o Prêmio Nobel de Literatura, ou que merece ganhar? Uma enquete.

Cotidiano Digital

A nova versão do sistema operacional dos computadores Macintosh, o macOS Catalina, saiu hoje e está à disposição para download gratuito e instalação. Para quem gosta de games, também está à disposição o serviço Apple Arcade, uma assinatura de R$ 9.99 mensais, em troca da qual uma coleção de games está à disposição para Macs, iPhones e iPads.

Pois é... O vídeo tem uns poucos anos. Mas vale o sorriso. Steve Wozniak lembra da garagem onde criou com Steve Jobs a Apple. E liga, décadas depois, sem lembrar muito bem como funciona, um Apple II. O computador que inventou.

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