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Reforma tributária já divide a direita no Senado

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A exemplo do que aconteceu na Câmara, a direita no Senado está rachada em relação à reforma tributária. Mesmo defendendo alterações no texto, senadores como Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Rogério Marinho (PL-RN) já se manifestaram pela aprovação da reforma. Com isso, a oposição intransigente à proposta deve ficar a cargo de parlamentares ligados ao bolsonarismo radical, como a ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF). Outro ex-ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro (UB-PR), está em cima do muro. Diz que vai definir seu apoio após tentar mudar o texto, mas defendeu o voto favorável na Câmara de sua mulher, Rosângela Moro (UB-PR). Entre os deputados, a divisão sobre a reforma vem deixando sequelas. Ontem, parlamentares do PL, que deram 20 votos à proposta aprovada, trocaram mensagens agressivas no grupo de WhatsApp da legenda. À tarde, o líder do partido, Altineu Côrtes (RJ) bloqueou as publicações no grupo para conter a briga. (Globo)

Eleito ano passado com o voto bolsonarista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) se viu às turras com o padrinho político na semana passada devido a seu apoio à reforma tributária votada na Câmara, chegando a ser tratado como “traidor”. Ontem, porém, procurou desanuviar o ambiente afirmando que “sempre será leal” ao ex-presidente. “A gente pode divergir em algum ponto sobre a reforma, é normal. Se eu estou aqui, eu devo a ele”, disse o governador durante evento de comemoração à Revolução de 1932. (g1)

Nos bastidores, a relação entre Tarcísio e Bolsonaro é comparada a um vaso de cristal que trincou: mesmo que não vá para o lixo, jamais será igual. A grande questão é o impacto que essa rachadura provocará na base do governador na Alesp e em seus planos eleitorais para 2026. (Folha)

Enquanto isso... O vereador carioca Carlos Bolsonaro, do mesmo Republicanos de Tarcísio, soltou o verbo contra o presidente do próprio partido, o deputado Marcos Pereira (SP). Ainda por conta da reforma tributária, Pereira disse que Jair Bolsonaro estava “isolado”, além de classificá-lo como “líder de extrema direita”. “Essa raça aumentou a bancada e o poder devido às palavras e ações do presidente Jair Bolsonaro e hoje falam assim”, tuitou o filho Zero Dois. (Globo)

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Em seis meses de governo, o presidente Lula (PT) adotou um estilo itinerante, mas sem correr riscos. Foram 32 viagens dentro do país, em média mais de uma por semana. A escolheu pendeu para plateias seguras, dedicando 12 dessas visitas ao Nordeste, região onde obteve a ampla maioria dos votos nas eleições do ano passado. Em contrapartida, as regiões Norte, Sul e Centro-Oeste foram as menos visitadas. Lula, porém, esteve duas vezes em Roraima, estado onde Jair Bolsonaro (PL) obteve a maior votação percentual no segundo turno, 76,08%. Entre os estados, São Paulo foi o que mais recebeu o presidente, 11 vezes. As viagens incluem visitas não agendadas para inspecionar áreas de desastres naturais, por exemplo. (Poder360)

Não basta viajar. O governo quer mostrar coordenação e, para tanto, botou os ministros para divulgarem em vídeo as ações de todas as áreas, mostra a Coluna do Estadão. Um dos objetivos seria reagir à pressão do Centrão por uma reforma ministerial mais ampla. Até Daniela Carneiro, que está deixando a pasta do Turismo, foi escalada para gravar. (Estadão)

Deputados da base governista querem que a CPMI dos atos golpistas chame a depor o empresário do agronegócio Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja). Relatórios confidenciais da Abin o apontam como um dos “generais” dos movimentos golpistas que culminaram nos ataques de 8 de janeiro. Na próxima terça-feira, a CPMI recebe o tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, mas ele tem uma autorização do STF para não responder às indagações dos parlamentares. (Globo)

E no sábado o Supremo lembrou os seis meses do ataque às sedes dos Três Poderes com um tuitaço e uma nota lembrando a data, chamada de Dia da Infâmia, e destacando o que foi feito desde então para reparar os danos e punir os culpados. (Correio Braziliense)

Para ler com calma. Arthur Lira comandou a votação da reforma tributária com a alma leve devido a uma boa notícia. O ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu, por decisão monocrática, toda a investigação sobre supostas fraudes na compra de kits de robótica para escolas, enviada ao Supremo por se aproximar do deputado. Josias de Souza revela que Gilmar, comensal no aniversário de Lira apenas 12 dias antes, encampou a argumentação da defesa de que a operação da PF em Alagoas mirava desde o início o parlamentar. (UOL)

A investigação ora travada por Gilmar apontou que o empresário ligado a Lira responsável pela entrega dos kits em Alagoas se reuniu 14 vezes com o ex-funcionário comissionado do MEC responsável pela nota técnica recomendando a compra. Edmundo Catunda, dono da Megalic, e Alexsander Moreira, exonerado do MEC em junho deste ano, foram também alvo de operações da PF. (Folha)

Nem bem Cristiano Zanin foi confirmado ministro do STF, e já corre solta a disputa pela próxima vaga, a ser aberta em outubro com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Aliados à esquerda querem que o presidente Lula indique outra mulher para o cargo, embora, como no caso de Zanin, ele aparente preferir a confiança à representatividade. Dois fortes candidatos são os ministros Luis Felipe Salomão, do STJ, e Bruno Dantas, do TCU, mas também há políticos na bolsa de apostas, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e até o ministro da Justiça, Flávio Dino. Esta será a última indicação de Lula, a menos que se reeleja em 2026. Luiz Fux só se aposenta em abril de 2028, e Cármen Lúcia, um ano depois. (Veja)

Me dá um dinheiro aí!

Orlando Pedroso

Reformas 560

Viver

As chuvas que atingiram o estado de Alagoas no fim de semana deixaram mais de 22 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas, segundo cálculo da Defesa Civil. Até ontem, 19.273 moradores precisaram deixar suas casas temporariamente por questão de segurança e outras 2.756 tiveram de sair definitivamente das residências. Na cidade de Joaquim Gomes, uma pessoa morreu por causa da chuva. Na sexta-feira, os rios Jacuípe, Canhoto e Mundaú transbordaram, alagando cidades do interior alagoano. O governo estadual decretou situação de emergência em 31 municípios, sete deles também tiveram a condição reconhecida pelo governo federal. (g1)

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira a substituição gradual da vacina oral contra a poliomielite pela injetável nas doses de reforço. A injeção já é utilizada nas três primeiras doses do esquema de imunização. A partir do primeiro semestre de 2024, o reforço deixa de ser realizado com as famosas gotinhas aos 15 meses e aos quatro anos, e passa a ser feito uma única vez com injetável aos 15 meses para completar o ciclo vacinal. A mudança leva em conta novas evidências científicas e recomendações internacionais sobre o tema. Apesar da alteração, o histórico Zé Gotinha será mantido nas campanhas do governo. (Estadão)

A Suíça anunciou por meio de sua embaixada no Brasil que fará uma doação imediata de R$ 30 milhões para o Fundo Amazônia, criado para financiar projetos de preservação e desenvolvimento da Floresta Amazônica. O país já tinha anunciado a intenção de doar, mas não tinha divulgado o valor. Com Alemanha e Noruega entre seus principais investidores, o Fundo Amazônia ainda deve receber aportes de Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. (g1)

Cultura

Tudo o que é bom chega ao fim. Na noite de sábado, Elton John (Spotify) fez em Estocolmo, na Suécia, sua última apresentação. Foi um fecho com chave de ouro para quase 4.600 shows ao longo de 52 anos de carreira. O repertório, típico de uma despedida, incluiu alguns de seus maiores sucessos, como Bennie And The Jets, Tiny Dancer, Candle In The Wind e Rocket Man, entre outras. Embora em plena forma, o astro de 76 anos diz que quer dedicar mais tempo ao marido e aos filhos. “Eu mereço”, afirmou. Embora garanta que essa foi sua última excursão, Elton admite que possa dar “um ou outro” show no futuro. Por favor. (BBC)

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Embora pouco conhecida no Brasil, a poeta e tradutora argentina Laura Wittner é a primeira atração confirmada pala a edição deste ano da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). Duas de suas obras, Tradução da Estrada e Se Vive y se Traduce (ainda sem título oficial em português) devem ser lançadas até o evento, que este ano acontece novamente no fim do ano, entre 22 e 26 de novembro. (Folha)

Para ler com calma. Como toda tecnologia nova e disruptiva, a inteligência artificial vem provocando preocupação em diversos setores, particularmente nas artes. Artistas pretos apontam indícios de preconceito nos algoritmos que regem essas ferramentas. Tecnologias de reconhecimento facial e os assistentes digitais têm problemas para identificar as imagens e os padrões de fala de pessoas não brancas, além de reproduzirem estereótipos sobre paisagens africanas, por exemplo. As empresas admitem problemas e prometem aprimorar seus sistemas (Globo)

Quem também tem reservas quando à IA é Bret Iwan, há 14 anos o dublador oficial do Mickey. “Claro que a IA desenvolve uma tecnologia impressionante”, diz ele. “Mas eu não acredito que ela possa substituir o coração de um personagem, e ainda mais importante, o coração da narrativa”. (Estadão)

O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a produtora Santa Rita Filmes a usar cinco canções dos Secos & Molhados (Spotify) na série documental Primavera Entre os Dentes, prevista para ir ao ar em agosto no Canal Brasil. O uso havia sido vetado pelo músico João Ricardo, fundador do trio, sob a alegação de que a série era baseada em um livro que o retratava negativamente. Segundo os desembargadores, o direito à informação sobre o grupo se sobrepõe às queixas de João Ricardo, que pode recorrer da decisão. (Folha)

Cotidiano Digital

O número de acessos ao site do ChatGPT e downloads do app caíram pela primeira vez desde o lançamento da ferramenta em novembro – sinal de que o interesse do consumidor em chatbots de inteligência artificial (IA) pode estar começando a enfraquecer, relata o Washington Post. O tráfego pelo site do ChatGPT, via celular ou desktop, caiu 9,7% em junho, na comparação com o mês anterior. Os downloads do chatbot pelo aplicativo do iPhone, lançado em maio, também vêm caindo depois de terem atingido o pico no início do mês de junho. (Washington Post e Época Negócios)

Enquanto isso, a OpenAI e a Meta estão sendo processadas nos Estados Unidos por três escritores, entre eles a comediante americana Sarah Silverman. Eles alegam que os chatbots ChatGPT e o LLAMA foram treinados com base nos trabalhos dos autores disponíveis de forma ilegal na internet, infringindo leis de direitos autorais. Vale lembrar que a OpenAI também é alvo de outro processo coletivo nos EUA. A alegação é de que sua inteligência artificial violou os direitos autorais e a privacidade de muitos usuários ao utilizar dados públicos da internet para treinar o modelo. (The Verge)

Meio em vídeo. Você já ouviu falar em “figital”? A união do físico com o digital no mundo da moda é um dos projetos da artista Lilli Kessler, entrevistada de Pedro Dora e Cora Rónai. A carioca está lançando a primeira marca de moda com roupas reais e virtuais, para serem usadas em avatares 3D, criados a imagem e semelhança do consumidor. Conheça tudo sobre o projeto e sobre a indústria da moda no mundo digital nesta edição do nosso programa de tecnologia. (YouTube)

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