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Vídeo de Felca adia pressão por fim de foro no Congresso

Fotos: Reprodução/Youtube e Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Fotos: Reprodução/Youtube e Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

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O vídeo do youtuber Felipe Bressanim, o Felca, sobre a “adultização” e a sexualização de crianças e adolescentes na internet ganhou tanta popularidade nos últimos dias que está alterando a agenda do Congresso Nacional. Pressionado pela oposição e pelo Planalto por acordos fechados à sua revelia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), aproveitou a repercussão do vídeo e anunciou que, nesta semana, a discussão ficará centrada no tema abordado por Felca. Com isso, conseguiu escapar da pressão bolsonarista e de parte do Centrão, que exigiam que o projeto de lei que acaba com o foro privilegiado entrasse na pauta. Por outro lado, Motta também se esquivou de atender ao pedido do Planalto para acelerar a votação do projeto de lei que amplia a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. Ávidos para entrar no debate que toma conta do país, deputados apresentaram, apenas nesta terça-feira, 32 projetos tratando do assunto. (Folha)

Mas a rara rapidez dos parlamentares em apresentar propostas para se tornarem os pais da já chamada “Lei Felca” não deve adiantar muita coisa. Motta determinou a criação de uma comissão geral na Câmara e de um grupo de trabalho para elaborar uma proposta unificada contra a adultização de crianças e adolescentes na internet. Ele determinou que os trabalhos ocorram em “um prazo exíguo, para trazer uma proposta para proteger as nossas crianças”. (Metrópoles)

Nem toda a oposição, no entanto, embarcou na onda Felca. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), ameaçou retomar a obstrução das votações em protesto ao fato de Hugo Motta não ter colocado o projeto que prevê o fim do foro privilegiado na pauta. (Globo)

O Planalto também quer aproveitar o momento para finalmente enviar, ainda hoje, um projeto de lei para regulamentar as redes sociais para o uso de crianças e adolescentes. De acordo com o presidente Lula em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo na BandNews, o tema já está em discussão há dois meses na Casa Civil e nesta quarta deve ser finalizado em uma reunião com diferentes ministros do governo. (g1)

Veja a íntegra da entrevista de Lula. (BandNews)

Meio em vídeo. O vídeo de Felca escancarou uma realidade incômoda — e a reação política expôs ainda mais hipocrisia. Enquanto a extrema direita grita contra “censura”, sabota iniciativas que protegeriam crianças, como a regulação das redes e até projetos de lei de sua própria autoria quando convém. Mistura pânico moral, algoritmos e interesses eleitorais. Já deu, né? A opinião de Flávia Tavares no Cá entre Nós. (YouTube)

Associar erosão democrática com atuação do Legislativo não é um caminho comum na ciência política. Mas relações disfuncionais entre Executivo e Legislativo, vistas inicialmente como uma “bênção disfarçada” por impedir presidentes de concentrarem poder demais, passaram a ser interpretadas como diluição do poder ou “esvaziamento democrático”. O Meio Político desta quarta-feira esmiúça esse fenômeno na América Latina — e, embora olhe mais detidamente para o caso do Peru, apresenta uma análise que se aplica de várias formas ao Brasil. A íntegra do artigo será publicada na edição de outubro do Journal of Democracy em Português, da Plataforma Democrática (Fundação FHC e Centro Edelstein de Pesquisas Sociais). Faça uma assinatura premium do Meio e receba o Meio Político hoje, às 11h.

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Adultização

Orlando

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar hoje uma medida provisória criando uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas exportadoras que estão sendo afetadas pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos. Em entrevista à rádio BandNews, Lula disse que o valor é apenas o começo do plano de contingência e que poderá ser ampliado de acordo com as necessidades das empresas. O presidente afirmou que, neste primeiro momento, irá concentrar ações voltadas para companhias de pequeno e médio porte, que serão mais duramente impactadas pelas tarifas. “Estamos pensando em ajudar, sobretudo, as pequenas empresas, o pessoal que exporta tilápia, frutas, mel, máquinas. As grandes têm mais poder de resistência”, disse ele. Lula ainda afirmou que estuda aplicar medidas de reciprocidade contra os Estados Unidos e que está estabelecendo “um certo padrão de fazer uma briga na Organização Mundial do Comércio (OMC)”. (Estadão)

A expectativa era de que o anúncio do pacote de auxílio aos exportadores fosse feito na terça-feira. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente Lula preferiu assinar a medida provisória nesta quarta, quando pretende fazer um anúncio formal do pacote em uma cerimônia em Brasília. Além da linha de crédito, a MP também deve trazer alívio tributário para os exportadores, com o adiamento na cobrança de impostos, e uma ampliação das compras governamentais de produtos de setores que foram mais atingidos pelo tarifaço. (g1)

Vera Magalhães: “Trata-se de um clássico em momentos de emergência como este: o clamor para que o governo corte gastos e seja rigoroso no cumprimento da meta fiscal sempre dá lugar a pedidos igualmente eloquentes por socorro generoso. Até aqui, Fernando Haddad parece ter tido êxito ao convencer Lula e o resto do governo a circunscrever as medidas principalmente à concessão de crédito subsidiado, condicionando o socorro à manutenção de empregos”. (Globo)

Uma operação do Ministério Público de São Paulo para desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais prendeu, nesta terça-feira, o dono e fundador da Ultrafarma, Sidney OIiveira, e o diretor estatutário do grupo Fast Shop, Mario Otávio Gomes. Também foi detido Artur Gomes da Silva Neto, um auditor da Diretoria de Fiscalização da Fazenda estadual, apontado pela investigação como principal operador do esquema de fraudes em créditos tributários que teria arrecadado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Ele coletava a documentação necessária da Fast Shop e da Ultrafarma para pedir o ressarcimento de créditos de ICMS junto à Secretaria da Fazenda. Ultrafarma não se manifestou e Fast Shop disse colaborar com as autoridades. (g1)

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Beleza Essencial

O Brasil retomou em 2023 o posto de 3º maior mercado global em higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, atrás apenas de EUA e China. Com consumidores fiéis e exigentes, 72% afirmam que não deixam de comprar cosméticos mesmo em crises. A diversidade estética impulsiona inovações, como a identificação de 55 das 66 tonalidades de pele no país. A estética masculina ganha espaço, quebrando tabus e ampliando portfólios. Nesse sentido, produtos multifuncionais, veganos e com ativos da biodiversidade reforçam a imagem exportadora criativa e sustentável do país, que em 2023 vendeu cosméticos a 176 países. Por isso, o Brasil não apenas cresce, mas dita tendências globais no setor. (Meio)

Meio em vídeo. Beleza no Brasil é muito mais que estética: é economia, inovação e diversidade que influenciam o mercado global. Estamos entre os maiores mercados do mundo, com bilhões em movimentação e milhões de empregos gerados. Entender esse setor é entender parte importante da nossa cultura e do nosso futuro. O que beleza significa para você? (Instagram)

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Mulheres brasileiras acima dos 45 anos estão mudando a forma como encaram procedimentos estéticos, trocando a busca por rejuvenescimento radical por cuidados que valorizam sua vitalidade. Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética mostram que mais de um quarto das intervenções faciais no país já é feito por esse público, que cresce mais rápido nos consultórios. Técnicas como minilifting facial, cirurgias discretas nos olhos, reposição de volume com gordura autóloga e aparelhos que estimulam colágeno são usadas para suavizar marcas, sem apagar traços. (Portal Tela)

Viver

O Brasil perdeu, em média, 2,9 milhões de hectares de áreas naturais por ano entre 1985 e 2024, num total de 111,7 milhões de hectares. Essa área corresponde a 13% do território nacional e é maior que a Bolívia. Os dados são do MapBiomas e marcam os 10 anos de atividades do projeto. O tipo de cobertura que mais sofreu perdas foi a formação florestal, com uma redução de 62,8 milhões de hectares (-15%), ou uma área pouco maior que a Ucrânia. Em seguida, vem o Cerrado, com perda de 37,4 milhões de hectares (-25%), área maior que a Alemanha. A contrapartida está no agronegócio: a área ocupada com pastagem cresceu 68% (62,7 milhões de hectares) e a agricultura, 236% (44 milhões de hectares). (UOL)

Maior medalhista olímpica brasileira, a ginasta Rebeca Andrade surpreendeu ao anunciar que não competirá mais nas provas do solo. Durante uma palestra na Rio Innovation Week, ela disse que o alto impacto que sofre nessas competições pode prejudicar sua preparação para os próximos mundiais. “Foram cinco cirurgias no joelho. Parar de fazer solo vai me fazer continuar treinando por mais tempo. Temos pelo menos mais uma Olimpíada pela frente”, disse a atleta. Em Paris 2024, Rebeca conquistou quatro medalhas, sendo uma de ouro no solo, superando Simone Biles e Jordan Chiles. (Metrópoles)

Para ler com calma. Por 20 anos, os crânios de Lampião e Maria Bonita — abatidos numa emboscada em 1938 e exibidos como troféus — ficaram guardados, longe de qualquer olhar, dentro de um armário na casa de parentes. Em setembro de 2021, os dois crânios foram encaminhados ao Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Depois de um intenso trabalho de reconstrução, os fragmentos devem ganhar um novo destino: o acervo de um futuro museu sobre o cangaço. (g1)

Cotidiano Digital

A Perplexity AI fez uma oferta não solicitada de US$ 34,5 bilhões pelo navegador Chrome, após o Google perder um processo antitruste nos EUA que pode obrigá-lo a vender o produto. A proposta é quase o dobro da avaliação de US$ 18 bilhões que a startup recebeu em julho e teria apoio de investidores. Conhecida por seu buscador de IA e pelo recém-lançado navegador Comet, a Perplexity busca ampliar sua presença na disputa da IA generativa, onde concorre com gigantes como OpenAI e Meta. O Departamento de Justiça argumenta que a venda do Chrome reduziria o monopólio do Google nas buscas, já que o navegador é peça central na coleta de dados para anúncios. (Wall Street Journal)

O Brasil é o terceiro país que mais usa o ChatGPT semanalmente, atrás apenas de Estados Unidos e Índia, segundo estudo inédito conduzido pela própria OpenAI. São 140 milhões de mensagens diárias enviadas por brasileiros, em um total de 2 bilhões no mundo. Redação e comunicação respondem por 20% das interações e aprendizado, por 15%. A ferramenta foi mais usada entre jovens de 18 a 34 anos. (g1)

Meio em vídeo. No novo episódio de Pedro+Cora, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai falam sobre o anúncio da OpenAI com o lançamento do GPT-5. No papo, discutem sobre os dispositivos que suportam o novo modelo de inteligência artificial da OpenAI, as novidades do GPT-5 e como ele pode revolucionar o mercado da IA. Assista. (YouTube)

Cultura

Taylor Swift anunciou seu 12º álbum de estúdio, The Life of a Showgirl, em uma prévia do podcast New Heights ao lado de seu namorado e apresentador do programa, Travis Kelce. No vídeo, a capa do disco retirado de uma case aparece desfocada, devendo ser revelada no programa. O episódio de Swift do podcast vai estrear às 20h no horário de Brasília e estará disponível no YouTube. Após a revelação, o site oficial da cantora começou a pré-venda do álbum em CD, vinil e fita cassete (sim, fita cassete), que será “enviado antes de 13/10/25”, com a observação de que “esta não é a data de lançamento”. (Rolling Stone)

Morreu na segunda-feira a lendária cantora de jazz Sheila Jordan, aos 96 anos, em Nova York. A informação foi divulgada nesta terça-feira. Jordan se apaixonou pelo jazz depois de ouvir Charlie Parker em uma jukebox no ensino médio, de quem mais tarde se tornaria amiga. Foi a primeira vocalista a lançar um álbum pelo renomado selo de jazz Blue Note com seu Portrait of Sheila (Spotify), em 1963. Ela cantou com alguns dos nomes mais conhecidos do ritmo, como Charles Mingus, Herbie Nichols e Parker. (Variety)

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