Prezadas leitoras, caros leitores —
O que gera riqueza de maneira constante para pessoas, empresas e nações? Inovação, tentativa e erro, criação (e destruição criativa), liberdade para investir e competir e educação contínua para que o resultado desse processo não se perca. Essas são as respostas dos três vencedores do Nobel de Economia deste ano, um com o olhar no passado e dois pensando no futuro.
Na Edição de Sábado, exclusiva para assinantes premium, a economista Deborah Bizarria, colunista do Meio e da “Folha de S.Paulo”, nos explica os trabalhos e pensamentos de Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt e os caminhos que eles apontam para que países como o Brasil cresçam e progridam de forma sólida.
E mais. Animais de estimação são lindos e fofos, mas dão trabalho e exigem cuidados. Para quem não pode ou não quer lidar com bichos de verdade, empresas têm oferecido diversas opções de robôs pet, que simulam em certa medida as funções dos reais. Adriano Oliveira nos mostra algumas das principais versões atualmente no mercado. E Guilherme Werneck entrevista Renata de Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que chega à sua 49ª edição, discutindo os destaques deste ano e o papel político da mostra.
Assine o Meio Premium e tenha informação com profundidade.
Os editores.
Vieira e Rubio preparam encontro de Lula e Trump

Receba as notícias mais importantes no seu e-mail
Assine agora. É grátis.
O tão esperado encontro entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, acabou tratando mais das preparações para o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump do que de discussões práticas acerca do tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil. Desde que Trump decidiu sancionar o país, esta foi a primeira reunião entre representantes de alto escalão dos dois governos. De acordo com Mauro Vieira, o encontro durou mais de uma hora e, na maior parte do tempo, os dois estiveram acompanhados de assessores técnicos. Rubio e Vieira, no entanto, ficaram sozinhos por cerca de 20 minutos. O chanceler brasileiro afirmou que as conversas foram “produtivas” e disse que Lula e Trump devem se encontrar pessoalmente em novembro. (Metrópoles)
Havia uma grande expectativa por parte da comitiva brasileira sobre como seria o tratamento dispensado ao chanceler Mauro Vieira por Marco Rubio, um dos assessores de Trump com fortes ligações com o movimento Maga, base de apoio do presidente americano. Ao longo dos últimos meses Rubio tem sido especialmente vocal nas críticas ao governo brasileiro e aos rumos do julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão. O encontro entre os dois foi “extremamente cordial”, segundo relatos de assessores que participaram da reunião. Temas práticos sobre negociações a respeito do tarifaço acabaram ficando fora da pauta, mas houve o acordo de que técnicos dos dois países vão analisar as questões para levar à mesa de negociações. (g1)
Um dos temas que entrarão na pauta de negociações entre Brasil e Estados Unidos são as chamadas terras raras, um conjunto de 17 minerais fundamentais para o processo de transição energética. No Ministério de Minas e Energia, técnicos já preparam estudos para municiar o presidente Lula durante as negociações que devem ocorrer daqui para frente. Nesta quinta-feira, Lula participou da primeira reunião do Conselho Nacional de Política Mineral, comandado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. (CNN Brasil)
Por 19 votos a 11, os aliados do governo barraram os requerimentos que pediam a convocação de José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula, na CPMI do INSS. Ele é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), apontado pela Polícia Federal como uma das entidades que mais lucraram com os descontos indevidos em benefícios previdenciários — esquema que teria desviado cerca de R$ 6 bilhões, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU). Apesar de o Sindnapi estar no centro do escândalo, Frei Chico não é, até o momento, alvo das investigações. Na semana passada, o presidente do sindicato, Milton Baptista de Souza Filho, afirmou à comissão que a atuação do irmão de Lula sempre foi política, não administrativa. (Meio)
Às vésperas do anúncio do nome que irá ocupar a vaga deixada pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, o clima esquentou na Corte. Mais uma vez os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux entraram em atrito. Em meio a uma discussão acalorada na sala de lanches ao lado do plenário, Gilmar chamou o colega de “figura lamentável” e disse que ele “precisa de terapia para superar traumas”, segundo testemunhas. O desentendimento teria começado quando Gilmar criticou o voto de Fux no julgamento sobre a tentativa de golpe, em que o ministro divergiu da maioria e absolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro. Irritado, Fux rebateu que o colega não tinha legitimidade para comentar sua decisão, já que não integra a Primeira Turma, responsável pelo caso. Procurados, Gilmar e Fux preferiram não se manifestar. (Globo)
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), cancelou a sessão conjunta do Congresso Nacional que ocorreria nesta quinta-feira para analisar os vetos do presidente Lula à proposta que altera as regras de licenciamento ambiental. Segundo Alcolumbre, o adiamento atendeu a um pedido da liderança do governo no Congresso. Ainda não há nova data para a votação. O governo tenta ganhar tempo e evitar que o Legislativo derrube os vetos, o que poderia enfraquecer as normas ambientais às vésperas da COP30 — a conferência da ONU sobre clima, marcada para novembro, no Pará. A proposta aprovada pelos parlamentares é classificada por ambientalistas como o “PL da Devastação”. O texto flexibiliza o licenciamento de obras e empreendimentos, incluindo a possibilidade de autodeclaração para atividades com médio potencial poluidor, como barragens de rejeitos. Em agosto, Lula vetou 63 trechos do projeto. (g1)
Meio errou. O governante do Panamá deposto pelos Estados Unidos em 1989 foi Manuel Noriega, não Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, como publicado na edição de quinta-feira. Pedimos desculpas pelo erro.
Um dia após Donald Trump autorizar a CIA a realizar operações letais em solo venezuelano, o almirante Alvin Holsey, responsável pelo comando militar das operações dos Estados Unidos nas Américas Central e do Sul, anunciou que deixará o cargo. Holsey chefiava o Comando Sul das Forças Armadas (U.S. Southern Command), órgão que supervisiona todas as operações militares na região. Sob sua direção, o Pentágono mobilizou cerca de 10 mil militares no Caribe em uma operação descrita oficialmente como uma missão de combate ao narcotráfico e ao terrorismo. A saída do almirante ocorre menos de um ano após assumir o posto — um mandato que normalmente dura três anos — e no auge da maior operação de seus 37 anos de carreira. As razões para sua saída não foram esclarecidas. No entanto, segundo fontes no governo americano, Holsey teria expressado preocupações com a natureza da missão e com os ataques a barcos supostamente ligados ao tráfico. (New York Times)
Se você gosta do nosso olhar, vai adorar nossas séries e documentários. São produções originais sobre os mais diversos temas, como Democracia – Uma História Sem Fim, Ponto de Partida – A Série e Presença de Espírito, disponíveis no nosso streaming. Lá você também encontra documentários da PBS, como Crianças Trans, Putin e os Presidentes, Woodstock – Três Dias que Mudaram uma Geração e outros, mas eles ficam disponíveis só até o fim do mês. Assine o Meio Premium e aproveite.
Viver
Cumprir os atuais compromissos firmados pelos países para reduzir as emissões de gases do efeito estufa pode evitar 57 dias extras de calor extremo por ano, em comparação às previsões climáticas do planeta sem o Acordo de Paris. É o que revela um relatório da Atribuição Climática Global (WWA, em inglês) e da Climate Central, divulgado nesta quinta-feira. Atualmente, o calor causa meio milhão de mortes por ano, além de o aumento das temperaturas ameaçar ecossistemas críticos, como os recifes de corais nos oceanos. O estudo aponta um ganho de 0,3°C nos termômetros desde a adoção do Acordo de Paris e 11 dias extras de calor extremo por ano. (DW)
Cientistas brasileiros desenvolveram um papel feito a partir de fibras vegetais e látex natural capaz de substituir o plástico em embalagens. O produto é reciclável e biodegradável, enquanto combina resistência mecânica, impermeabilidade e ação antibacteriana. O material, criado por pesquisadores do Laboratório Nacional de Nanotecnologia em parceria com Unicamp e UFABC, é produzido a partir da interação eletrostática entre nanocelulose catiônica, extraída do bagaço da cana-de-açúcar, e látex natural da seringueira. Quando combinados, os componentes formam camadas que dão resistência e estabilidade ao papel. (g1)
Uma espécie desconhecida de dinossauro, que viveu há cerca de 230 milhões de anos, foi descoberta pela equipe de paleontologia do instituto científico estatal Conicet, na Argentina. O fóssil foi localizado na província de La Rioja, a 3 mil metros acima do nível do mar. A espécie de pescoço longo foi batizada de Huayracursor jaguensis em um artigo na revista Nature. Os pesquisadores afirmam que a espécie remonta ao período Triássico Superior, quando surgiram os primeiros dinossauros e os ancestrais dos mamíferos. Quando adulto, o animal teria mais de 1,5 metro de comprimento e pesaria 18 quilos. (Folha)
Meio em vídeo. Você já deu risada em uma hora que não deveria? E se acabou de chorar no banho? No novo episódio de Dou-lhe Duas, Flávia Tavares e Pietra Príncipe compartilham seus momentos de alegrias e tristezas e como lidam com seus sentimentos mais extremos, do choro às gargalhadas. Além disso, dividem sua paixão pelo universo da Turma da Mônica. (YouTube)
Cultura
O Museu de Arte do Rio (MAR) recebe neste fim de semana uma exposição com mais de 300 itens de Vinicius de Moraes, incluindo manuscritos raros de poemas e letras de música, quadros, objetos e documentos originais. Já o CCBB traz mais uma edição da Virada Sustentável, com exposições, feiras, performances, oficinas e shows. Em São Paulo, segue a Mostra Internacional de Cinema com seus 374 títulos, entre longas, curtas e séries de 80 países. Para quem é de música, o Sesc Jazz volta com uma programação incrível que vai até 2 de novembro. Leia todas as sugestões no site do Meio.
O rock está triste. Morreu nesta quinta-feira, aos 74 anos, Paul “Ace” Frehley, guitarrista-solo fundador do Kiss (Spotify), onde usava a maquiagem de “homem do espaço”. Frehley tinha 21 anos quando, graças a um anúncio de jornal, uniu-se a Paul Stanley (vocal e guitarra), Gene Simmons (vocal e baixo) e Peter Criss (bateria e vocal) no Kiss, que três anos depois se tornaria uma das bandas de maior sucesso do rock. Mas um certo instinto autodestrutivo, somado a álcool e drogas, sempre o acompanharam, envolvendo-se em diversos acidentes de carro ao longo da vida. Compôs algumas canções clássicas do Kiss e seu disco solo de 1978 foi considerado o melhor entre os dos colegas. Deixou a banda em 1982, tirou a maquiagem e engrenou uma carreira solo (Spotify) que, embora tenha rendido bons álbuns, não repetiu o sucesso do Kiss, ao qual retornou entre 1996 e 2001. Segundo a família, Ace morreu em casa, devido a complicações por uma queda há um mês. (Variety)
A organização do Globo de Ouro anunciou que realizará um evento no Rio de Janeiro, em março de 2026, para celebrar os talentos brasileiros do audiovisual, incluindo cinema e televisão. O tributo vai ocorrer cerca de dois meses após a cerimônia oficial de premiação, que será realizada em Los Angeles no dia 11 de janeiro. Artistas nacionais têm chamado a atenção internacional para suas produções, principalmente depois da repercussão do longa Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, reconhecido em algumas das principais premiações, como Oscar, Festival de Veneza e o Globo de Ouro de melhor atriz concedido à Fernanda Torres. (Globo)
O Spotify fez parceria com as gravadoras Sony Music, Universal Music e Warner Music para desenvolver produtos de IA “responsáveis” para capacitar artistas e compositores, com investimentos em pesquisa de IA e desenvolvimento de produtos. A plataforma pretende envolver mais distribuidores e detentores de direitos autorais ao longo do tempo. Entre as áreas de foco da iniciativa, estão ofertar aos artistas e detentores de direitos autorais a possibilidade de optar pelo uso de ferramentas de música generativa e desenvolver produtos para gerar novas fontes de receita. (Variety)
Cotidiano Digital
A Microsoft lançou uma série de melhorias no Windows 11 que deixam o Copilot de IA mais integrado e funcional. Agora, basta dizer “Hey Copilot” para ativar o assistente em qualquer PC com Windows 11. Os recursos Vision, que leem o conteúdo da tela para responder perguntas, estão sendo liberados globalmente. Também foi anunciado um modo experimental “Ações do Copiloto”, que permite ao assistente executar tarefas práticas, como reservar restaurantes ou fazer pedidos, desde que o usuário conceda permissão explícita. No universo gamer, foi lançado o Xbox Ally, versão do Copilot para dar suporte em tempo real durante jogos. (Reuters)
Nos Estados Unidos, a Uber começou a testar um novo modelo em que motoristas e entregadores podem realizar microtarefas para treinar modelos de IA, desde gravar áudio, capturar imagens, até traduzir documentos e ganhar pequenas quantias em troca. A empresa também está reformulando o aplicativo para dar mais tempo para motoristas aceitarem viagens, mostrar mapas de calor de demanda e simplificar entregas múltiplas. As mudanças fazem parte da estratégia da Uber de se tornar uma plataforma de “trabalho flexível”. (The Verge)
Meio em vídeo. No Pedro+Cora, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai falam sobre o anúncio de Sam Altman que irá ter um controle melhor da idade dos usuários do ChatGPT a partir de dezembro de 2025. No papo, comentam sobre conversas adultas dentro da inteligência artificial, o alerta em relação às paixões que as pessoas desenvolvem por computadores e IAs e a privacidade dentro do chat das inteligências artificiais. Não perca. (YouTube)