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Centrão resiste a Flávio; Tarcísio diz que ‘ainda é cedo’

Foto: Saulo Cruz/Ag. Senado e Paulo Guereta/Gov. SP

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Decidida de forma isolada dentro da superintendência da Polícia Federal em Brasília, a candidatura presidencial do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) enfrenta isolamento fora das acomodações em que o pai está preso. O Centrão, que deu sustentação política ao governo de Jair Bolsonaro, resiste a apoiar a iniciativa do clã, avaliando que Flávio não seria capaz de unir a oposição contra a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de apresentar forte rejeição nas pesquisas de intenção de voto. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que comandou a Casa Civil no governo Bolsonaro, afirmou que os nomes competitivos para a direita são os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Cria do bolsonarismo, Tarcísio saiu pela tangente, dizendo apoiar o senador fluminense, mas avaliando que “ainda é cedo” para a direita escolher seu candidato. (Globo)

Enquanto isso... O senador/candidato recuou do recuo. Nesta segunda-feira, menos de 24 horas depois de dizer que poderia desistir da disputa “por um preço” (a anistia e revogação da inelegibilidade de seu pai), mudou de ideia. “É irreversível. Minha candidatura não está à venda”, disse. Flávio também afirmou que seu sobrenome lhe dá vantagem em relação ao governador Tarcísio de Freitas. No meio político, o movimento reforçou a percepção de que Tarcísio segue sem autonomia e não controla o próprio destino, conta Mônica Bergamo. Para dirigentes de diferentes partidos, a movimentação expôs que ele continua submetido às decisões da família do ex-presidente. (Folha)

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de lei da Dosimetria, afirmou que seu parecer não incluirá qualquer forma de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro ou a investigados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. Segundo Paulinho, a pressão por uma anistia ampla voltou a crescer dentro da oposição após o lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República. “O pessoal do PL voltou a falar nessa história de anistia. Desde o início eu estou dizendo que não tem nenhuma possibilidade de ter anistia no meu relatório”, declarou o deputado em vídeo divulgado nas redes sociais. (Metrópoles)

Dora Kramer: “Se insensatez e afobação fossem fatores primordiais na escala do eleitorado para a escolha de governantes, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) poderia se considerar eleito presidente”. (Folha)

Pedro Doria: “A estranhíssima candidatura-chantagem de Flávio Bolsonaro e as crises abertas por Gilmar Mendes e José Antonio Dias Toffoli são a ponta do iceberg num país apodrecendo”. A análise completa no Ponto de Partida. (Meio)

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Em meio ao mal-estar criado pela viagem de Dias Toffoli para ver o Palmeiras e Flamengo em Lima, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, quer criar um código de ética destinado a disciplinar a conduta de magistrados de tribunais superiores. Fachin quer atuar em duas frentes: uma voltada exclusivamente ao STF, para normatizar a atuação dos ministros da Corte; e outra, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para estabelecer regras de conduta a integrantes dos demais tribunais superiores. Fachin já discutiu o projeto com colegas do Supremo e com presidentes de outras cortes. Segundo um interlocutor próximo, ele trabalha na ideia desde o primeiro dia de seu mandato e se inspira no código adotado pelo Tribunal Constitucional Federal da Alemanha, que restringe remunerações e presentes recebidos por juízes para evitar dúvidas sobre independência e imparcialidade. Para magistrados próximos a Fachin, um código específico é necessário porque o atual Código de Ética da Magistratura não contempla ministros de cortes como STF, STJ, TST e STM. Na prática, esses juízes são frequentemente convidados a participar de eventos organizados por grandes atores econômicos, muitas vezes remunerados. (Estadão)

Fachin levou a proposta para alguns colegas da Corte e de outros tribunais superiores. A ideia é estabelecer limites para a participação de magistrados em eventos privados — prática que vem gerando críticas ao Judiciário. A iniciativa, porém, irritou alguns ministros, sobretudo os da ala mais garantista, que costumam organizar ou frequentar encontros externos. (Globo)

Nesta segunda-feira, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu revogar a prisão do presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão ocorreu poucas horas após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) dar aval ao projeto, por 4 a 3. Bacellar havia sido preso no dia 3, na Operação Unha e Carne, sob suspeita de vazar informações sigilosas da Operação Zargun ao ex-deputado TH Joias, ligado ao Comando Vermelho e detido por tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro. Com a decisão, a Alerj deve publicar o projeto de resolução no Diário Oficial e comunicar o Supremo Tribunal Federal, responsável pela ordem de prisão. Embora o Legislativo tenha votado pela soltura, o ministro Alexandre de Moraes poderá impor medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica, entrega de passaporte, proibição de contato com investigados, recolhimento noturno ou até afastamento de funções públicas. Essas medidas são prerrogativas exclusivas do Judiciário e podem ser aplicadas independentemente da decisão da Alerj. Veja como votou cada deputado. (g1)

E o União Brasil decidiu expulsar do partido o ministro do Turismo, Celso Sabino. A executiva nacional aprovou a medida por 24 votos, em votação secreta, sob o argumento de que o ministro cometeu infidelidade partidária ao permanecer no cargo contra determinação da cúpula da sigla. Sabino participou remotamente da reunião e, em rede social, afirmou ter “ficha limpa”, dizendo que foi expulso por optar por aquilo que considera “o melhor projeto para o Brasil”. (g1)

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Cotidiano Digital

A Paramount reacendeu a disputa pela Warner Bros. Discovery ao lançar uma oferta hostil pela companhia, movimento que acontece quando um comprador ignora a direção da empresa e leva a proposta direto aos acionistas. O estúdio quer pagar os mesmos US$ 30 por ação rejeitados pela Warner, e por US$ 54 bilhões em compromissos de dívida. A ideia seria reverter a derrota para a Netflix, que fechou na sexta o acordo de US$ 72 bilhões pelos estúdios e pelo streaming HBO Max, mas que já enfrenta ceticismo regulatório por unir duas plataformas dominantes. (CNBC)

Inclusive, o presidente americano, Donald Trump, disse que o acordo da Netflix para comprar os estúdios da Warner Bros pode enfrentar problemas, porque a empresa já tem uma participação “muito grande” do segmento. O presidente afirmou que pretende se envolver pessoalmente na decisão e citou o risco de concentração no streaming. O negócio ainda depende do aval do Departamento de Justiça. (BBC)

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que assinará ainda esta semana um decreto presidencial para impedir que cada estado do país tenha sua própria regra sobre inteligência artificial. Ele afirmou que o país precisa de “uma única regra” para continuar liderando a tecnologia e que não faz sentido exigir que empresas busquem aprovações em 50 estados para avançar projetos. Informações ainda apontam que a Casa Branca avalia um texto que permitiria anular legislações estaduais por meio de ações judiciais e da retenção de verbas federais. (Financial Times)

A União Europeia obrigou a Meta a mudar a maneira como exibe anúncios no Facebook e no Instagram. A partir de janeiro, usuários poderão escolher se compartilham todos os dados para publicidade personalizada ou só o mínimo para anúncios menos direcionados. A medida encerra meses de atrito, depois de Bruxelas alertar a empresa sobre descumprimento da Lei dos Mercados Digitais e aplicar uma multa de 200 milhões de euros por violações registradas entre 2023 e 2024, mas essa mudança evita novas penalidades diárias e força a Meta a adotar um modelo de consentimento considerado “efetivo” pelos reguladores. (Reuters)

Cultura

Representante do Brasil no Oscar, O Agente Secreto segue em alta, ao receber, nesta segunda-feira, três indicações ao Globo de Ouro. O longa de Kleber Mendonça Filho foi nomeado nas categorias de melhor filme de drama, feito inédito para uma produção brasileira, melhor filme em língua não-inglesa e melhor ator para Wagner Moura, o primeiro do país a disputar a categoria. Apontado como favorito nas principais premiações, Uma Batalha Após a Outra, de Paul Thomas Anderson, lidera o número de indicações, com nove, seguido por Valor Sentimental, com oito, e Pecadores, com sete. A cerimônia de premiação acontece no dia 11 de janeiro, em Los Angeles. (Globo)

Indicado ao Globo de Ouro por sua atuação em Uma Batalha Após a Outra e vencedor do Oscar por seu papel em O Regresso, Leonardo DiCaprio foi eleito Artista do Ano de 2025 pela revista Time. Em sua escolha, a publicação afirma que o ator “construiu uma carreira que muitos de seus pares invejariam”. Analisando sua trajetória desde o primeiro papel, aos 16 anos, a revista diz que “o público ainda quer vê-lo, talvez mais agora do que nunca”. No longa de Paul Thomas Anderson, ele interpreta um ex-revolucionário decadente que vive em um estado de paranoia induzida por drogas, até que seu antigo inimigo (Sean Penn) ressurge após 16 anos e as batalhas começam. (Time)

Um estudo realizado pela Câmara Brasileira do Livro revela que o mercado editorial gera 70 mil empregos diretos no país, com cerca de 54 mil empresas entre editoras, livrarias, distribuidoras e gráficas. O levantamento aponta que 83% dos CNPJs registrados são microempresas e 59% das empresas são compostas por apenas uma pessoa. Isso explica a criação de 3 mil novas firmas do ano passado para cá, enquanto os empregos ficaram estáveis, com oscilação de 1% nos últimos três anos. O Sudeste é a região que mais emprega no setor, sendo responsável por 56% das vagas no comércio varejista e 60% no atacado. (Folha)

Viver

O pesquisador brasileiro Luciano Moreira está entre as dez pessoas que marcaram a ciência em 2025, segundo uma lista divulgada nesta segunda-feira pela prestigiada revista científica Nature. Ele lidera no Brasil uma iniciativa que pretende eliminar doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. O mosquito é contaminado com a bactéria chamada Wolbachia, que bloqueia a infecção do inseto por essas doenças e impede a transmissão para humanos que sejam picados. Neste ano, a maior biofábrica do mundo de mosquitos com a Wolbachia foi inaugurada em Curitiba, produzindo mais de 100 milhões de ovos por semana. (Folha)

Uma tecnologia desenvolvida por cientistas da Universidade de Brasília (UnB) pretende reduzir pela metade o número de amputações por diabetes no país. Chamada de Rapha, a invenção é um curativo de látex natural junto com luzes de LED que evita complicações causadas por feridas e infecções nos pés de quem adquire a doença. O látex ajuda o corpo a criar pequenos vasos sanguíneos, enquanto o LED ativa as células da pele, fazendo com que as feridas cicatrizem muito mais rápido. O Brasil realiza, em média, 50 mil amputações por ano causadas por pé diabético. A novidade, que já tem aprovação de segurança do Inmetro, aguarda apenas o aval da Anvisa para chegar ao SUS. (g1)

O presidente Lula deu 60 dias aos ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente, Fazenda e Casa Civil para que sejam estabelecidas diretrizes que resultem na elaboração do “mapa do caminho”, para reduzir gradativamente a dependência de combustíveis fósseis. O despacho publicado no Diário Oficial da União estipula que a proposta seja apresentada, em caráter prioritário, ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O documento deve propor mecanismos de financiamento adequados à implementação da política de transição energética, incluindo um fundo que será financiado com recursos vindos da exploração de petróleo e gás natural. (Globo)

Panelinha no Meio. Começou a temporada de receitas natalinas. E nada de dizer que o bolinho de bacalhau servido na ceia é de “batatalhau”. Este aqui é feito com inhame.

Quer ter acesso a uma obra de arte? Fernanda Montenegro: a Luz e o Mistério é a mais nova produção do Meio Premium. Uma conversa rara com a maior atriz do Brasil compartilhando memórias, confidências e reflexões sobre a arte, o tempo e tudo o que ela atravessou. Um filme delicado e profundo, produzido pelo Meio. Disponível em nosso streaming.

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