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Edição de Sábado: O caminho de Kamala

Kamala Harris for the people”. Pelo povo. Foi resgatando o slogan de sua frustrada campanha presidencial de 2020 — e a frase que usava para se apresentar como procuradora de Justiça — que a vice-presidente aceitou a indicação para ser, agora sim, a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos. O que pode parecer uma apresentação requentada de Kamala é, na verdade, uma contraposição certeira à imagem de seu adversário, o republicano Donald J. Trump. Os democratas buscaram, ao longo da Convenção Nacional do Partido Democrata (DNC, na sigla em inglês) nesta semana, em Chicago, frisar o quanto Trump serve somente a si mesmo, age apenas em prol de seus próprios interesses e de seus amigos bilionários e está pronto a sacrificar o povo americano para lucrar e se safar. É uma mensagem bastante desconfortável, especialmente quando comparada à trajetória de uma mulher negra, descendente de imigrantes, nascida na classe média baixa, que emergiu para construir uma carreira, para dizer o mínimo, digna de nota. Sem contar que lembra ao eleitorado que essa disputa é entre uma procuradora versus um criminoso.

Kamala prega união, liberdade e patriotismo contra o ‘risco de Trump’

“Não vamos voltar para trás!”, disse a vice-presidente ao aceitar a indicação democrata para concorrer à Casa Branca, em um discurso que destacou a liberdade de amar, ter um meio ambiente seguro e não temer a violência das armas. Controlada por chavistas, Suprema Corte da Venezuela confirma vitória de Maduro e põe em xeque a diplomacia dos países vizinhos. População brasileira vai começar a encolher antes do que se imaginava. Sistema de senhas para autógrafos na Bienal do Livro de São Paulo provoca reclamações. E a GM promete incorporar seus carros-robô ao Uber já no ano que vem.

Senado vota medida que abranda Lei da Ficha Limpa

Na prática, o texto reduz o tempo que um político condenado ou cassado fica impedido de disputar eleições. Se aprovada no plenário, a mudança beneficia Eduardo Cunha, pai da autora do projeto. Na véspera do discurso de Kamala Harris, democratas apostam na “volta da alegria” à campanha eleitoral. Amazônia tem a pior temporada de queimadas em 17 anos. Sem novos métodos de verificação, bots de IA podem dominar a internet. E confira as estreias da semana.

Quem decide o que é democrático?

O que estamos defendendo quando defendemos a “democracia”? O que organiza a resposta a essa pergunta é a distinção entre a democracia como um método para processar quaisquer conflitos que possam surgir em uma determinada sociedade e a democracia como uma personificação de valores, ideais ou interesses que diferentes grupos de pessoas querem que a democracia realize. Essa é uma distinção entre concepções minimalistas e maximalistas de democracia e, por “concepção”, refiro-me a uma definição que tem conotações normativas, como todas as definições de democracia.

Acordo entre Poderes traz de volta emendas Pix

Executivo e Legislativo terão dez dias para apresentar medidas que aumentem a transparência e facilitem o rastreio das verbas. Barack e Michelle Obama sobem ao palco da convenção democrata para apoiar Kamala Harris. Marcapasso cerebral pode reduzir em até 50% os sintomas da doença de Parkinson. Brasil tem 62 álbuns na lista de 600 discos mais significativos da música latino-americana. E a inteligência artificial vira ferramenta para criação de start ups.

Em tom de despedida, Biden passa o bastão para Kamala

Muito aplaudido na convenção democrata – em parte por ter desistido da campanha –, o presidente afirmou que o eventual governo de sua vice vai deixar “uma marca da América”, enquanto Donald Trump inicia maratona de comícios para conter a arrancada da adversária. Sem citar o X, Barroso diz que plataformas que desobedecerem à Justiça devem ser impedidas de operar. Fumaça de queimadas na Amazônia e no Pantanal chegam ao Sul e Sudeste. Festival de Veneza vai transmitir palestras com astros do cinema. E autoridades exigem que a Meta libere relatórios sobre uso de dados de brasileiros.

Supremo enfrenta retaliações de Lira e Musk

De um lado, o presidente da Câmara desengaveta PECs para limitar decisões da Corte em vingança pela suspensão de emendas. De outro, o bilionário anuncia o fechamento do braço brasileiro do X para não ter de cumprir ordens judiciais. Convenção que vai sacramentar a candidatura de Kamala Harris começa hoje em Chicago. O Brasil diz adeus a Silvio Santos. Antiga fazenda dos tempos da escravidão vai virar centro de cultura afro-brasileira. E os riscos para crianças do uso excessivo de telas.

Edição de Sábado: ‘Democracia na Venezuela depende de Lula’

Um regime “muito desagradável”. Foi assim que o presidente Lula escolheu definir o que acontece hoje na Venezuela, em vez de usar o termo “ditadura”. “Não acho que seja uma ditadura. É um governo autoritário, mas é diferente de uma ditadura como as que a gente conhece.” Pressionado desde 28 de julho sobre como lidar com a eleição presidencial e o fato de que Nicolás Maduro foi proclamado vencedor sem apresentar as atas das urnas, e mesmo com as abundantes provas da oposição de que ele perdeu, o governo brasileiro vem agindo diplomaticamente antes de decretar apoio a algum dos lados. Enquanto exige de Maduro as tais atas, coisa que o próprio Lula voltou a fazer, busca respaldo de outros países para uma saída menos traumática diante da resistência do venezuelano de deixar o poder. Contava com México e Colômbia na empreitada, mas a nova presidente mexicana já sinalizou um recuo. A nova proposta brasileira é a de que a Venezuela realize novas eleições — o que Maduro refutou prontamente.

Barroso mantém liminar de Dino e acirra crise com Congresso

Decisão, que está agora no plenário virtual do STF, proíbe a execução de emendas impositivas até que o Legislativo adote medidas de transparência. Parlamentares veem interferência do Executivo na decisão e prometem vingança. Lula diz que “ainda não reconhece” vitória de Maduro e pede abertamente novas eleições na Venezuela. Suécia confirma primeiro caso do tipo mais grave de Mpox fora da África. Estudo mostra que diversidade de gênero caiu nas séries de TV. E a Meta desativa ferramenta que permitia a observadores verificar o conteúdo de suas redes.

Suspensão de emendas eleva conflito entre Congresso e STF

Parlamentares reagem boicotando MP que aumenta o orçamento do Judiciário. Alexandre Moraes defende cruzamento informal de dados entre STF e TSE em ações contra bolsonaristas, e cúpula do Senado descarta impeachment do ministro. OMS classifica a mpox como emergência de saúde pública internacional. Apple vai autorizar outras empresas a usarem o chip de pagamento do iPhone para transações. E confira as estreias de hoje nos cinemas.