Nelson Motta lança livro inspirado em cartas românticas trocadas há 60 anos
O escritor, compositor e produtor musical Nelson Motta lança nesta terça-feira o livro Corações de Papel, publicado pela Editora Record. O romance é baseado em cartas escritas pelo autor durante um romance à distância com Ana Luísa, que ocorreu entre os anos de 1964 e 1965, enquanto ela residia na Europa e ele no Rio de Janeiro. A troca de cartas havia se perdido, mas foi reencontrada durante a mudança do autor para Lisboa. Para além do namoro, o livro revela os debates culturais, contexto político durante o golpe militar e a visão do jovem que se tornaria uma figura importante na música, cinema e televisão brasileira. Com 160 páginas, o livro tem o preço na faixa dos R$ 64,90. (Globo)
Comunidade cinematográfica critica decisão de estrear ‘Rust’ na Polônia
O anúncio da estreia do filme de faroeste Rust no Festival de Cinema Camerimage, na Polônia, gerou controvérsia entre a comunidade cinematográfica. A exibição teria como objetivo homenagear a diretora de fotografia Halyna Hutchins, frequentadora assídua do evento focado em cinematografia, e morta por um disparo acidental durante os ensaios do longa pelo astro Alec Baldwin. Muitos ex-colegas de Hutchins questionam se é adequado o festival servir de plataforma para o lançamento. “Sou totalmente a favor de homenagear Halyna e seu lindo trabalho, mas não exibindo e, assim, promovendo o filme que a matou”, disse Rachel Morrison, diretora de fotografia indicada ao Oscar por Pantera Negra. A opinião é apoiada por outros diretores de fotografia em um grupo de WhatsApp usado por centenas de delegados regulares do Camerimage, que considera a reprodução de Rust como sendo “de mau gosto”. “Eu me pergunto por que eles decidiram exibir este filme em vez de exibir os filmes anteriores dela se isso é para homenagear o trabalho dela”, escreveu um deles. (Deadline)
Produções da Netflix: quem vê tanto filme e série?
Para ler com calma. A Netflix transformou a indústria cinematográfica quando mudou a maneira como as pessoas veem filmes e séries, alterando seus hábitos de consumo, enquanto gastava massivamente em novas produções para atrair novos clientes. O volume de conteúdo da plataforma é tão extenso - mais de 16 mil títulos, sendo milhares deles originais, criados para ou adquiridos pela Netflix - que os mais recentes acabam enterrando os mais antigos para o fundo do catálogo. Para se ter uma ideia, considerando que cada título dura, em média, duas horas, levaria três anos e meio de visualização ininterrupta para alguém experimentar toda a biblioteca, cinco anos e meio se você parar para dormir oito horas por dia. Se consumir a média americana de cerca de três horas diárias, serão necessários 29 anos para ver tudo. (New York Times)
Tarsila do Amaral ganha retrospectiva em Paris com quase 150 obras
Quase cem anos após a primeira exposição em Paris, Tarsila do Amaral, icônica pintora modernista brasileira, recebe sua primeira grande retrospectiva no Museu de Luxemburgo, na capital francesa. A partir de 9 de outubro, a exposição apresentará quase 150 obras da artista, incluindo 49 quadros, até 2 de fevereiro de 2024. A curadora da exposição, Cecilia Braschi, destacou que a trajetória de Tarsila é marcada pela troca cultural entre o Brasil e Paris. Entre suas obras mais icônicas, estão A Negra, inspirada em uma ex-escravizada de sua infância, e A Cuca, que retrata um monstro do folclore brasileiro. Após sua primeira exposição individual em Paris, em 1926, Tarsila retornou ao Brasil, onde sua arte passou a refletir questões sociais, como no quadro Operários. (Globo e AFP)
Leandra Leal irá dirigir filme baseado em livro de Milly Lacombe
A atriz e diretora Leandra Leal irá dirigir um filme baseado no livro O Ano em que Morri em Nova York, da jornalista Milly Lacombe. A trama gira em torno de uma mulher que suspeita ter sido traída pela esposa durante uma viagem de negócios. O roteiro será de Patrícia Andrade, e o longa terá participação de Nanda Costa, que recentemente encerrou seu contrato de 15 anos com a Globo. Mais conhecida por seu trabalho como atriz, Leal tem experiência como diretora, tendo comandado a série A Vida pela Frente, do Globoplay, e o documentário Divinas Divas. (Globo)
48ª Mostra de Cinema de SP: biopic de Maria Callas, lançamento de Walter Salles e atrações infantis
A maior soprano da história do estilo lírico e a intérprete de ópera mais famosa do século XX chegará à Sala São Paulo no dia 16, às 20h. Embora não trate-se de um evento musical. Essa noite marca a abertura da 48ª edição da tradicional Mostra Internacional de Cinema, que ocorrerá entre 17 e 30 de outubro na capital. Renata de Almeida e Serginho Groisman comandarão a cerimônia, que exibirá o biopic Maria Callas, cujo título original é apenas Maria, dirigido por Pablo Larraín e protagonizado por Angelina Jolie. O filme, aclamado no Festival de Veneza, é ambientado na Paris da década de 70 e acompanha a trajetória da diva da música lírica, desde o estrelato até seus últimos dias. Além da sessão de abertura, o longa terá mais exibições abertas ao público. Mas não será o único a capturar a atenção da plateia. Longe disso.
Coringa: Delírio a Dois não convence público e críticos
"Eu achava que minha vida era uma tragédia, mas agora eu entendi que é uma comédia". Essa é uma das frases mais icônicas proferidas pelo protagonista de Coringa, lançado em 2019. Sua sequência, no entanto, tem deixado de lado a parte da comédia, experienciando uma verdadeira tragédia nas bilheterias e nas críticas. No seu primeiro final de semana, Coringa: Delírio a Dois arrecadou apenas US$ 40 milhões na bilheteira americana, valor que corresponde à metade do que o primeiro longa conquistou nesse mesmo período. As expectativas iniciais projetavam o faturamento mínimo de US$ 50 milhões nos Estados Unidos. Globalmente, o filme abocanhou US$ 121,1 milhões. Ainda assim, o resultado ficou aquém do esperado para uma estreia em um período tão movimentado.
Documentário mostra processo de criação do recente álbum de Paul Simon
Era janeiro de 2019 quando o cantor e compositor Paul Simon sonhou com uma voz lhe dizendo: “Você está trabalhando em um álbum chamado Seven Psalms”. Nas semanas e meses seguintes, acordava nas primeiras horas do dia com letras que, segundo ele, chegavam do mundo onírico. O processo de criação do álbum Seven Psalms foi acompanhado por Alex Gibney no documentário In Restless Dreams, que estreia nos cinemas do Reino Unido no próximo dia 13. Durante o trabalho em seu estúdio numa cabana de madeira no Texas, Simon perdeu repentinamente a maior parte da audição do ouvido esquerdo. “Foi assustador”, admite. Ele está encontrando maneiras de se apresentar acusticamente após a perda auditiva. Semanas atrás, tocou sete músicas com dois guitarristas em uma arrecadação de fundos para a Stanford Initiative to Cure Hearing Loss. “Espero eventualmente conseguir fazer um show completo”, disse. (Guardian)
Morre Emiliano Queiroz, o eterno ‘Dirceu Borboleta’
Morreu nesta sexta-feira, aos 88 anos, vítima de uma parada cardíaca, o ator Emiliano Queiroz, eternizado por seu papel como “Dirceu Borboleta” na novela O Bem-Amado (1973), de Dias Gomes, e na série homônima exibida entre 1980 e 1984. Sua carreira, porém, não se restringiu à TV. Interpretou o honesto Tonho de Dois Perdido Numa Noite Suja, de Plínio Marcos, tanto no teatro quanto na adaptação cinematográfica de 1970, dirigida por Braz Chediak. Em 1978, deu vida à hilariante e maquiavélica Geni, capanga homossexual do bando de Max Overseas na Ópera do Malando – sim, Emiliano foi o primeiro a cantar Geni e o Zepelim.
Mais diversa, academia do Grammy adiciona 3 mil mulheres votantes e supera meta
Um dia antes da abertura da primeira rodada de votação para o 67º Grammy Awards, a Recording Academy divulgou um relatório mostrando que incluiu mais de 3 mil mulheres votantes desde 2019, superando a meta de adicionar 2,5 mil até 2025. A academia integrou 66% do eleitorado da premiação nos últimos cinco anos. Foram 8.700 novos membros, alcançando um crescimento entre votantes negros de 90%, latinos (43%) e asiáticos (100%). Apesar do esforço, o órgão ainda enfrenta dificuldades para se tornar mais diversa: 62% homens, 32% mulheres e os demais são não binários ou outros gêneros. “Ainda não chegamos ao nosso destino final, mas a associação à Recording Academy nunca foi tão reflexiva da comunidade musical quanto hoje”, disse o CEO da Recording Academy, Harvey Mason Jr. A votação do primeiro turno para o Grammy Awards acontece entre 4 e 15 de outubro. (Variety)