Cultura

Oito das dez músicas mais ouvidas no Brasil são sertanejo, mostra levantamento

O sertanejo segue liderando entre os gêneros musicais mais ouvidos no Brasil. Um levantamento da Pro-Música, que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, mostra que oito das dez músicas mais tocadas no país no primeiro semestre de 2024 eram desse ritmo. Lauana Prado foi a mais ouvida com seu pout pourri de Me Leva Pra Casa / Escrito Nas Estrelas / Saudade (Ao Vivo), seguida por Barulho Do Foguete (Ao Vivo), da dupla Zé Neto & Cristiano. As outras duas faixas do Top 10, que fogem do padrão, são os funks Let's Go 4, de Mc IG, Mc PH, Mc Ryan SP & Mc Luki, na terceira colocação, e Pocpoc, de Pedro Sampaio, em quarto lugar. A pesquisa considera as músicas mais executadas no país somando as plataformas Spotify, Youtube, Deezer, Apple Music, Amazon Music e Napster.

Adoniran Barbosa terá canção inédita sobre metrô de SP gravada por amigo

Conhecido pelo clássico do samba paulista Trem Das Onze (Spotify), Adoniran Barbosa também já escreveu sobre o metrô em Triste Margarida (Spotify). Mas a composição inédita Vou Pegar o Metrô vai ser gravada somente agora, 42 anos após a morte do artista, com interpretação de Eduardo Gudin, seu grande amigo e colaborador, e o Conjunto João Rubinato, em um single que será lançado em 6 de agosto pela gravadora Biscoito Fino. A letra foi publicada em maio de 1977 no extinto jornal Notícias Populares, e encontrada no acervo de Adoniran em 2022 pelo produtor Cássio Pardini. O músico não deixou a melodia da canção, tendo de ser composta por Gudin. A música fala sobre um rapaz, que não poderá mais mentir para o patrão ou a namorada sobre o atraso do trem, após a construção da linha azul do metrô, inaugurada em 1974. (Folha)

‘Divertida Mente 2’ se torna a maior bilheteria da história do Brasil

Divertida Mente 2, animação da Pixar, bateu Vingadores - Ultimato e se tornou o filme com maior bilheteria da história do Brasil: já são R$ 355 milhões de reais arrecadados contra R$ 353 milhões do épico desfecho da saga da Marvel, lançado em 2019. Globalmente, o longa de animação segue fazendo sucesso com quase US$ 1,3 bilhão nas bilheterias - é o filme mais rápido da história a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão. Os números fazem de Divertida Mente 2 a terceira animação mais lucrativa da história do cinema, atrás somente de Frozen 2 e Super Mario Bros. Na trama, Riley, agora uma pré-adolescente de 13 anos, precisa lidar com novas emoções enquanto vive desafios. (TecMundo)

Morre Shannen Doherty, estrela dos seriados ‘Barrados no Baile’ e ‘Charmed’

Morreu nos EUA, aos 53 anos, a atriz Shannen Doherty, que alcançou fama mundial com os seriados Barrados no Baile e Charmed. Ela lutava desde 2015 contra um câncer que começou no seio e se alastrou para outras partes do corpo. Doherty começou a carreira ainda na infância, participando de séries de sucesso como Os Peregrinos e Our House, mas se tornou uma estrela em 1990, ao ser escalada para o papel principal de Barrados no Baile. Ela vivia Brenda, jovem que se mudava com os pais e o irmão para Beverly Hills, área rica de Los Angeles. A atriz tinha fama de difícil e acabou demitida após cinco temporadas devido a brigas com colegas. Em 1998, estrelou outra série de sucesso, Charmed, como Prue, a mais velha de três irmãs bruxas, mas também se indispôs com colegas e acabou cortada em 2001, ao fim da terceira temporada. Desde então, participou de filmes, realities e séries, inclusive uma continuação de Barrados. Artistas, alguns dos quais se estranharam com ela ao longos dos anos, foram a público lamentar a morte da atriz. (Deadline)

Morre o jornalista Sérgio Cabral, fundador do ‘Pasquim’

Jornalista, escritor, compositor, pesquisador musical, político bissexto e acima de tudo um apaixonado pela cultura brasileira. Esse era Sérgio Cabral, que morreu na manhã deste domingo no Rio de Janeiro, onde estava internado. A notícia foi dada nas redes sociais pelo filho dele, o ex-governador Sérgio Cabral Filho, que não informou a causa da morte. O jornalista sofria há anos com a doença de Alzheimer. Nascido no subúrbio de Cascadura, ele começou a carreira aos 20 anos no Diário da Noite, mas se notabilizou ao escrever sobre música, em particular sobre samba, no Jornal do Brasil. “Trabalho com o samba. Trabalho e gosto. Com o samba, com a música popular, com o futebol. Com as coisas bem cariocas”, disse nos anos 1980. Em 1969, foi um dos fundadores do Pasquim, junto com Tarso de Castro e Jaguar, o que lhe custou algumas passagens pelas prisões da ditadura. Escreveu mais de 20 livros, incluindo biografias de nomes como Nara Leão, Tom Jobim e Pixinguinha. Na política, foi vereador no Rio pelo PMDB entre 1983 e 1993. (g1)

Morre Bill Viola, o ‘Rembrandt da videoarte’

Cada vez que alguém entra em um galeria de arte e aprecia uma instalação com elementos de vídeo e áudio, está prestando – mesmo sem saber – uma homenagem ao novaiorquino Bill Viola, que morreu neste fim de semana, aos 73 anos, em sua casa na Califórnia. Segundo a família, o artista teve complicações decorrentes da doença de Alzheimer. Chamado pela crítica de o ‘Rembrandt da videoarte’, Viola se formou em Belas Artes em 1973 e se mudou para Florença, na Itália, onde trabalhou no art/tapes/22, um dos primeiros estúdios de videoarte do mundo. Ao longo de cinco décadas, expandiu os limites da videoarte em um casamento constante com a arte clássica, além de levar suas instalações a apresentações de música erudita e rock, como as do grupo Nine Inch Nails. “Cheguei à conclusão de que o lugar mais importante no qual meu trabalho existe não é na galeria de um museu, numa sala de projeção, numa TV ou mesmo na tela do vídeo, e sim na mente de quem o vê”, disse Viola em 1989. (Guardian)

Por retenção de evidências, juíza encerra caso de homicídio contra Alec Baldwin

Em um final surpreendente, uma juíza do Novo México rejeitou o caso contra o ator Alec Baldwin nesta sexta-feira depois de descobrir que o estado americano havia retido evidências que poderiam ter esclarecido como balas reais chegaram ao set de filmagem de Rust, onde a diretora de fotografia Halyna Hutchins foi morta a tiros em 2021. “Não há como o tribunal corrigir esse erro”, disse a juíza Mary Marlowe Sommer no tribunal enquanto Baldwin chorava. A rejeição é final, o que significa que o processo de homicídio culposo contra Baldwin está encerrado. O ator poderia ser condenado a até 18 meses de prisão por homicídio culposo, sem intenção de matar. Os advogados de Baldwin pediram que o caso fosse arquivado, acusando o estado de não divulgar que havia recebido um lote de cartuchos supostamente ligados ao caso quando a defesa pediu para revisar todas as evidências balísticas. A não divulgação das novas provas representou um grande problema jurídico porque o estado é obrigado a entregar provas importantes como esta à defesa. (New York Times)

FLIP 2024 confirma a participação do escritor francês Édouard Louis

A organização da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) confirmou nesta sexta-feira que a edição de 2024 do evento terá a presença escritor francês Édouard Louis, considerado um dos expoentes da autoficção. O gênero, que rendeu um Nobel de Literatura à também francesa Annie Ernaux, consiste em criar narrativas ficcionais a partir de fatos e personagens reais da vida do autor. Louis, de 31 anos, aproveitará a FLIP para lançar no Brasil seu mais novo trabalho, Monique se Liberta, uma continuação de Lutas e Metamorfoses de uma Mulher, publicado no ano passado, ambos tendo sua mãe como personagem central. O escritor não tem medo de se expor, tendo revelado em A História da Violência ter sido estuprado por um imigrante árabe. A FLIP 2024 acontecerá entre os dias 9 e 13 de outubro. (Globo)

Os 100 melhores livros do século

O New York Times lançou uma ambiciosa lista com aqueles que considera os 100 melhores livros do século 21. As obras foram escolhidas por 503 romancistas, escritores de não-ficção, poetas, críticos, amantes de livros e editores do jornal, que pediu a esse grupo – entre eles Stephen King, James Patterson, Sarah Jessica Parker, Roxane Gay, Karl Ove Knausgaard e Marlon James, para citar alguns – para escolher os dez melhores livros publicados desde 1º de janeiro de 2000. Em primeiro no ranking ficou A Amiga Genial, de Elena Ferrante, primeiro de quatro livros que deu início à “febre Ferrante” no mundo – e a muitas elocubrações sobre quem assina com este pseudônimo, surgido em 1992 com o romance italiano L'Amore Molesto (lançado no Brasil 25 anos depois como Um Amor Incômodo). Em segundo lugar aparece Isabel Wilkerson, primeira mulher negra a vencer o Pulitzer de jornalismo, com seu The Warmth of Other Suns (algo como O Calor de Outros Sóis, em tradução livre, ainda não lançado no Brasil), sobre a grande migração de negros americanos do sul para o norte e oeste dos Estados Unidos entre 1915 a 1970. Completa o top 3 Wolf Hall, da britânica Hilary Mantel, primeira mulher a ganhar duas vezes o Booker Prize, principal premiação literária da Inglaterra, que inaugurou a trilogia de ficção histórica sobre Thomas Cromwell, dando vida ao primeiro-ministro do rei Henrique 8º no século 16. Duas curiosidades: Knausgaard, autor norueguês da série de romances autobiográficos Minha Luta, emplacou seis de suas dez escolhas entre os 100 melhores – um deles 2666, livro póstumo de Roberto Bolaño, em sexto lugar no ranking –, enquanto King, o “rei do horror”, escolheu um livro de sua própria lavra, mas que acabou fora da lista. O top 100 (veja todos os escolhidos) inclui obras de Chimamanda Ngozi Adichie, Joan Didion, Jonathan Franzen, Kazuo Ishiguro e, entrou outros, Philip Roth. (New York Times)

Os 68 filmes mais sexy da história do cinema

"Amor à Flor da Pele" ("In the Mood for Love"), um dos filmes mais bonitos de Wong Kar-wai, entrou na lista

Os editores da Esquire, a célebre revista masculina que mistura moda, cultura e política, fizeram uma lista com os 68 filmes mais sexy da história do cinema. Há obras mais recentes, como Love Lies Bleeding (2024), suspense da A24 estrelado por Kristen Stewart e lançado há poucos meses, Really Love (2020), uma história de amor preto entre uma estudante de direito e um artista plástico, e Me Chame pelo Seu Nome (2007), com Timothée Chalamet, dirigido por Luca Guadagnino e produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, uma jornada romântica e de descoberta entre o jovem Elio e o doutorando Oliver. Entre os clássicos, há filmes sempre lembrados, como A Primeira Noite de um Homem (1967), com Dustin Hoffman e trilha sonora de Simon & Garfunkel, o japonês O Império dos Sentidos (1976), que a revista reconhece beirar a pornografia legítima, e Amor à Flor da Pele, uma pérola da melancolia de Wong Kar-wai segundo os editores, o filme mais sexy já feito onde ninguém faz sexo. Veja a lista completa. (Esquire)