Petrobras reduz preço do diesel nas refinarias em R$ 0,17
A Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,17 no preço do óleo diesel nas refinarias. Com o corte, o litro passa a custar, em média, R$ 3,55, uma queda de 4,6%. É a primeira redução do ano e o segundo ajuste no preço do combustível em 2025, após um aumento em janeiro. Nas bombas, o diesel já acumulava alta de 5,36% nos dois primeiros meses do ano, segundo o IBGE. O anúncio foi feito pela presidente da estatal, Magda Chambriard, durante um evento ambiental com o BNDES. Apesar do alívio no diesel, Magda foi categórica ao descartar uma redução nos preços da gasolina por ora. Atualmente, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras está cerca de 2% acima da média do mercado internacional, enquanto a gasolina está 2% abaixo, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Com essa nova queda, os preços da Petrobras acumulam, desde 2023, recuos de 29% no diesel, 11,7% na gasolina e 36,4% no querosene de aviação, todos descontada a inflação. (Globo)
Mercado reduz expectativa para o dólar e PIB em 2025, revela Focus
Pela terceira semana seguida, o mercado financeiro, por meio do Boletim Focus, voltou a revisar para baixo a projeção do dólar neste ano. A moeda americana, que estava cotada a R$ 5,95 nas previsões anteriores, agora deve fechar 2025 em R$ 5,92. Em 2026, o câmbio deve voltar aos R$ 6. Já a expectativa para o PIB também cedeu levemente, de 1,98% para 1,97%. No próximo ano, a economia tem previsão de crescimento de 1,6%. Quanto a inflação, não houve reajuste com relação à semana passada. Os preços devem acelerar 5,65% neste ano e 4,5% no próximo, no limite do teto da meta. Além disso, o mercado manteve pela 12ª semana consecutiva a previsão dos juros em 15% até dezembro e em 12,65% no final do ano que vem. (Meio)
Geração Z investe mais cedo que os pais, diz estudo
Um estudo do Fórum Econômico Mundial revela que a geração Z (nascidos entre 1997 e 2010) começa a aprender sobre investimentos e a investir mais cedo que as gerações anteriores. Enquanto 36% dos jovens poupam desde antes de começar a trabalhar, apenas 17% dos millenials (1981 a 1996), 10% da geração X (nascidos entre 1965 a 1980) e 8% dos baby boomers (1946 e 1964) fazem o mesmo. Uma das razões tem a ver com a pandemia, que impulsionou a poupança entre os mais jovens, com mais tempo em casa e menos gastos. Os dados fazem parte da Global Retail Investor Outlook 2024, desenvolvida em parceria com a Robinhood Markets e o Boston Consulting Group. A pesquisa foi feita em setembro com 13 mil pessoas maiores de 18 anos de 13 países (Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Irlanda, Japão, Singapura, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos). (Folha)
Operação entre Master e BRB surpreende mercado
Foi o assunto do fim de semana na Faria Lima. O Banco Regional de Brasília (BRB) anunciou a aquisição de 58% do capital do Banco Master por aproximadamente R$ 2 bilhões, em operação que mobilizou o mercado financeiro devido à situação do banco, controlado por Daniel Vorcaro desde 2017. O Master enfrentava críticas por seu modelo de negócios: pagava até 140% do CDI em CDBs (índice mais alto que o comum), dependia excessivamente de plataformas digitais e RPPS para captação, e mantinha exposição a precatórios e empresas problemáticas. Seus depósitos somavam cerca de R$ 50 bilhões em 2023 – quase metade da liquidez do Fundo Garantidor de Crédito, que tinha R$ 107,8 bilhões de reais –, situação que exigiu aportes de R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre do mesmo ano, após tentativa frustrada de captação internacional via bonds. O Banco Central já demonstrava preocupação, alterando em 2023 as regras para precatórios e CDBs – medidas interpretadas como resposta aos riscos do Master. A transação com o BRB ainda aguarda aprovação regulatória. Além de 58% do capital total, o BRB ficará com 49% das ações ordinárias. O BRB informou também que o pagamento será dividido, com metade feita no fechamento da operação. Em nota, o Banco Central disse que, “quando protocolado o pedido pelo Banco Master”, irá avaliá-lo “tecnicamente quanto ao cumprimento dos requisitos aplicáveis”. Segundo fontes do Valor, uma das dúvidas é qual será a saída para o Master caso a operação não seja aprovada pelo BC, que deve analisar a transação com muito rigor. (Valor)
Aneel mantém bandeira tarifária verde, mas deve mudar para amarela em maio
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária continuará verde em abril, sem cobrança extra na conta de luz. É o quinto mês consecutivo com alívio para o bolso do consumidor. Segundo o órgão, mesmo com o fim do período chuvoso e a transição para a estação seca, os reservatórios seguem em níveis estáveis, o que mantém a geração hidrelétrica dentro do planejado. O cenário, no entanto, pode mudar já em maio. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) vem projetando a volta da bandeira amarela em todos os cenários avaliados, impulsionada pela piora nas previsões de chuva e pelo risco hidrológico. (Meio)
Bolsa fecha em queda e acumula semana negativa; dólar volta a subir
O Ibovespa encerrou a sexta-feira com recuo de 0,94%, aos 131.902 pontos, pressionado por um movimento de realização de lucros e pela cautela externa diante dos dados de inflação nos EUA. Com isso, o principal índice da B3 teve sua primeira semana negativa após três de alta, acumulando perda de 0,33%. No câmbio, o dólar comercial subiu 0,13%, a R$ 5,76. Além da inflação americana, os investidores digeriram uma bateria de dados no Brasil, como a taxa de desocupação, que subiu para 6,8%, mas o Caged, ao mesmo tempo, surpreendeu positivamente com a criação de 432 mil vagas formais em fevereiro, recorde da série histórica. Em contrapartida, a dívida pública federal aumentou 3,3% em fevereiro, chegando a R$ 7,49 trilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda firme, em compasso de espera até quarta-feira, quando Donald Trump apresentará novas tarifas mundiais. Nasdaq caiu 2,61%, S&P 500 recuou 1,97% e Dow Jones perdeu 1,69%. (InfoMoney)
‘Inflação do aluguel’ recua 0,34% em março, puxada por minério de ferro
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a “inflação do aluguel”, registrou queda de 0,34% em março, revertendo a alta de 1,06% vista em fevereiro, segundo dados divulgados pela FGV. Com o resultado, o indicador acumula alta de 0,99% no ano e 8,58% em 12 meses. A retração foi puxada principalmente pela queda nos preços do minério de ferro e pelo alívio nas tarifas aéreas e mensalidades escolares. O IPA, que mede os preços no atacado, caiu 0,73% no mês, enquanto o IPC, que reflete os preços ao consumidor, subiu 0,80%, apesar das quedas em Educação e Transportes, enquanto Alimentação e Habitação puxaram a alta. Já o INCC, que mede o custo da construção, desacelerou para 0,38%, com destaque para a menor pressão nos serviços e na mão de obra. (Meio)
Valor do ouro bate recorde histórico e se consolida como ativo de proteção
A cotação do ouro acumula alta de quase 20% em 2025, impulsionado pelas incertezas econômicas e geopolíticas. Os contratos futuros de ouro chegaram a superar os US$ 3.061 na última quinta-feira, maior nível já registrado. Mas o recorde durou pouco, pois no dia seguinte o ouro chegou a US$ 3.094,90 por onça-troy durante a sessão, renovando o topo histórico. Segundo o World Gold Council, essa foi a disparada mais rápida da história entre os patamares de US$ 2.500 e US$ 3.000. Especialistas apontam a política comercial dos EUA, especialmente as ameaças de novas tarifas por parte de Donald Trump, como um dos motores da valorização, pois o ativo é visto como uma forma de proteção de patrimônio em momentos de incertezas ou alta volatilidade. Além disso, os próprios bancos centrais têm liderado a demanda, com destaque para a China, que sozinha respondeu por 48% das compras globais. Turquia e Polônia também intensificaram aquisições. A tendência, segundo analistas, é que o metal siga em alta, a não ser que haja uma melhora abrupta em crises como a guerra na Ucrânia. (Money Times)
Dívida pública federal sobe para R$ 7,49 trilhões
A dívida pública federal cresceu 3,3% em fevereiro, somando R$ 7,49 trilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Tesouro Nacional. O avanço foi puxado principalmente pela emissão de novos títulos públicos e pela incorporação de juros, só em fevereiro, o governo emitiu R$ 155,9 bilhões líquidos e acumulou R$ 70,8 bilhões em juros. A maioria dessa dívida está dentro do país, a dívida interna representa R$ 7,18 trilhões do total, enquanto a externa, atrelada a contratos internacionais e títulos emitidos fora do Brasil, soma R$ 314,3 bilhões. Com o aumento, também subiu o custo de carregar essa dívida. A taxa média em 12 meses avançou de 11,40% para 11,57% ao ano. A dívida interna também ficou mais cara: de 10,88% para 11,06%. O Tesouro, por outro lado, reforçou seu colchão de liquidez, que é a reserva que garante o pagamento da dívida nos próximos meses, subindo de 19,47% em fevereiro e chegou a R$ 888,7 bilhões. O montante é suficiente para cobrir os vencimentos pelos próximos 6,6 meses, segundo o governo. (Veja)
Empresas veem inflação mais alta e economia mais fraca, aponta BC
As expectativas das empresas não-financeiras para a economia pioraram. Segundo a Pesquisa Firmus, divulgada nesta sexta-feira pelo Banco Central, as companhias elevaram de 4,2% para 5,5% a projeção para a inflação de 2025, bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. Para 2026, a mediana também subiu, de 4% para 4,5%. A previsão para o dólar em seis meses também aumentou e passou de R$ 5,70 para R$ 6. Já a projeção de crescimento do PIB para 2025 foi mantida em 2%. O levantamento, ainda em fase piloto, ouviu 156 empresas entre os dias 10 e 28 de fevereiro. Segundo o BC, os dados apontam uma deterioração na percepção sobre a economia, com predomínio do sentimento “discretamente negativo”. Também caiu o otimismo das empresas em relação ao desempenho dos seus setores. A pesquisa pretende captar a visão do setor produtivo sobre o cenário econômico e pode se tornar uma ferramenta complementar às tradicionais expectativas de mercado, medidas sobretudo pelo Boletim Focus. (CNN Brasil)