Mercado financeiro volta a reduzir projeções para inflação, dólar e PIB
Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, o mercado financeiro voltou a ajustar para baixo as expectativas para os principais indicadores em 2025. A projeção para a inflação caiu levemente de 5,66% para 5,65%, mas subiu de 4,48% para 4,50%, o teto da meta de inflação, para o próximo ano. Enquanto isso, o câmbio passou de R$ 5,98 para R$ 5,95 no final do ano e voltou a ficar em R$ 6 para 2026. Já o PIB voltou a ter correção negativa, com previsão de crescimento reduzida de 1,99% para 1,98% em 2025 e deve crescer, segundo os analistas, 1,60% no ano seguinte. A taxa básica de juros, a Selic, foi a única projeção que ficou inalterada pela 11ª semana seguida. O mercado manteve a previsão em 15% ao ano para 2025 e 12,50% para 2026. (Meio)
‘Nunca houve tantas vagas abertas’, diz presidente da Associação Paulista de Supermercados
"Nunca houve tantas vagas abertas." A fala é de Erlon Ortega, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Em entrevista ao Estadão, ele revelou que as 24 mil lojas de supermercados no Estado de São Paulo estão em busca urgente de trabalhadores. Com o setor representando quase um terço do faturamento nacional, cerca de R$ 300 bilhões em 2023, a falta de mão de obra se tornou um obstáculo significativo. Atualmente, há 30 mil vagas não preenchidas, o que impacta diretamente na expansão das redes. Segundo Ortega, há lojas prontas para abrir, mas que não conseguem operar devido à escassez de funcionários. Outro grande entrave é o desafio da inflação de alimentos. O plano dos supermercadistas, pondera Ortega, envolve negociações com o governo para reduzir taxas e evitar que os aumentos de custos sejam repassados diretamente ao consumidor. Embora a inflação ainda gere incertezas, há sinais de desaceleração, trazendo um otimismo cuidadoso para o setor. Confira a entrevista na íntegra.
Donos de Teslas estão vendendo seus carros em número recorde
A atuação política cada vez mais radical de Elon Musk não está sendo boa para a Tesla. Após a queda das vendas na Europa e do valor da ações e até de episódios de vandalismo em concessionárias, a montadora esta vendo um movimento anormal de clientes se desfazendo de seu veículos. Segundo o site de venda de veículos Edmunds, até o último dia 16, modelos da Tesla correspondiam a 1,4% das vendas em março de carros usados fabricados após 2017 – no mesmo mês do ano passado a fatia era de 0,4%. O movimento vem se acentuando desde a posse de Donald Trump e a entrada de Musk no governo, saltado para 0,8% em janeiro e 1,2% em fevereiro. Na outra ponta, o percentual de clientes buscando um novo Tesla na plataforma caiu de 3,3% em novembro de 2024 para 1,8% em fevereiro deste ano. (Washington Post)
Montadoras enviam carros às pressas para os EUA antes de novas tarifas
Montadoras na Europa e na Ásia entraram em uma corrida desenfreada com o objetivo de enviar veículos e peças para os Estados Unidos antes que Donald Trump anuncie, como prometido, uma nova leva de tarifas comerciais. Em fevereiro, o volume de embarques de carros para a os EUA a partir da União Europeia subiu 22% em relação ao mesmo mês do ano passado. As montadoras japonesas elevaram seus embarques em 14%, e as sul-coreanas em 15%. Trump anunciou que “tarifas recíprocas” entrarão em vigor no dia 2 de abril. Quem está faturando e sofrendo com isso são companhias de navegação especializadas em transporte de automóveis, cujos navios estão sendo despachados com frequência inédita para buscar essas cargas, forçando-as a alugar embarcações extras. (Financial Times)
Ibovespa encerra semana com alta de 2,63%, enquanto dólar acumula queda de 0,51%
O Ibovespa encerrou nesta sexta-feira com leve alta de 0,30%, aos 132.344,88 pontos. Pela terceira vez seguida, a semana terminou com valorização, de 2,63%. No ano, a alta acumulada já passa de 10%. Já o dólar comercial subiu 0,73%, a R$ 5,717. Na semana, porém, a divisa acumulou baixa de 0,51%, na terceira queda semanal consecutiva. Em Wall Street, Dow Jones e S&P500 fecharam praticamente estáveis, com variação positiva de 0,08%, enquanto o Nasdaq subiu 0,52%. (InfoMoney)
Em meio a ataques a Tesla, fãs de Musk compram ações
Os ataques a carros e concessionárias da Tesla em represália a Elon Musk não vão ficar sem resposta. O governo do presidente Donald Trump prometeu processar os envolvidos em atos de violência. Em meio a isso, há milhões de clientes cujos veículos elétricos são cada vez mais vistos como símbolos políticos. As demonstrações públicas de raiva, decorrentes do protagonismo de Musk na administração republicana, levaram os apoiadores do presidente a intensificar sua resposta. O próprio Trump recentemente fez uma demonstração, exibindo a compra de um dos veículos do lado de fora da Casa Branca. Em sua plataforma X, Musk tem criticado a “violência” e disse na quinta-feira que a Tesla ativou um recurso de segurança em todos os veículos em seus showrooms. E também pediu a seus funcionários que “mantenham suas ações” depois de caíram à metade em três meses. As ações da Tesla estão em queda livre. Suas vendas estão despencando em todo o mundo. Até mesmo os mais ávidos defensores da empresa em Wall Street estão se tornando cautelosos. Mas um grupo está comprando as ações da fabricante de veículos elétricos como nunca antes: os fãs de Musk. Os investidores individuais foram compradores líquidos das ações da Tesla por 13 sessões consecutivas até a última quinta-feira, injetando US$ 8 bilhões em papéis da empresa. Esse é o maior fluxo de entrada em qualquer sequência de compras desde 2015. (Bloomberg Línea)
Governo federal vai lançar linha de crédito para reformas
De olha na recuperação da popularidade, o governo Lula finaliza os detalhes para o lançamento de uma nova linha de crédito para pequenas reformas com o nome provisório de Melhorias, além de uma nova faixa do Minha Casa Minha Vida para famílias de classe média com renda de até R$ 12 mil mensais. A nova linha de crédito para pequenas reformas contará com R$ 3 bilhões e a taxa de juros deve ser de 3% ao ano. O programa deve mirar quem tem casa própria, mas o governo também estuda a possibilidade de incluir pessoas que moram de aluguel, segundo apurou a reportagem. Os dois programas terão R$ 18 bilhões em recursos, que serão remanejados de outras faixas do Minha Casa Minha Vida para bancar as novas modalidades. Por sua vez, as faixas existentes hoje passarão a ser financiadas pelo Fundo Social do pré-sal, conforme já reservado no Orçamento deste ano, aprovado na última quinta-feira. A medida é mais uma iniciativa de o governo Lula se aproximar da classe média, principalmente a chamada classe média baixa ou classe C, em momento de baixa popularidade. (Estadão)
Simulações para consignado CLT superam 15 milhões no primeiro dia
O Ministério do Trabalho e Emprego informou que 15.098.810 simulações de pedidos de empréstimos consignados ao setor privado com garantia do FGTS foram feitas até as 18h desta sexta-feira. E um total de 1.584.436 solicitações de proposta e 1.494 contratos foram fechados no aplicativo da Carteira do Trabalho Digital nas primeiras horas de oferta do consignado a trabalhadores do setor privado. “O trabalhador precisa ter cautela, analisar as melhores propostas, e não fazer um empréstimo desnecessário. Essa é uma oportunidade para migrar de um empréstimo com taxas de juros alta para um o consignado com juros mais baixos”, afirmou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Quem já tem um consignado ativo poderá migrar para a nova linha a partir de 25 de abril. A portabilidade entre bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho. Segundo o governo, o país tem 47 milhões de trabalhadores formais, o que inclui 2,2 milhões de trabalhadores domésticos, 4 milhões de trabalhadores rurais e empregados do MEI, até então excluídos dos empréstimos consignados. (g1)
Senado convida presidente da Previ para explicar rombo bilionário em fundo
A Comissão de Transparência, Governança e Defesa do Consumidor do Senado aprovou um requerimento de convite ao presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, para prestar esclarecimentos sobre o déficit de R$ 14 bilhões registrado no Plano 1 do fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil até novembro de 2024. O pedido foi feito pelo senador Sergio Moro (União-PR), que afirmou que os números contrastam com os superávits de mais de R$ 5 bilhões registrados nos anos anteriores. A audiência com Fukunaga ainda não tem data definida, mas Moro pediu que ela ocorra no prazo de duas semanas. Caso o presidente da Previ não compareça, o senador prometeu apresentar um novo requerimento para convocar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o parlamentar, o objetivo é obter uma “apresentação esclarecedora sobre os fatores que contribuíram para o prejuízo reportado, bem como as estratégias e medidas que estão sendo implementadas para reverter esse quadro”. O Plano 1 é o maior da Previ, fundo que atende cerca de 200 mil participantes e administra R$ 200 bilhões — o que o torna o maior da América Latina. O prejuízo acumulado ocorre em um momento de juros elevados, cenário que, em tese, deveria favorecer os ativos de renda fixa, justamente onde está concentrada a maioria da carteira do fundo. João Luiz Fukunaga assumiu a presidência da Previ em 2023 e tem mandato até maio de 2026. (CNN Brasil)
Ibovespa cai 0,38% e dólar avança a R$ 5,68
Acompanhando o mercado americano, cujos investidores ainda estão reagindo às decisões de política monetária divulgadas na véspera, o Ibovespa encerrou em queda de 0,38%, aos 132.008 pontos. Em Wall Street, Dow Jones recuou 0,03%, S&P500 teve baixa de 0,22% e Nasdaq caiu 0,33%. Já o dólar voltou a subir após chegar ao menor patamar em cinco meses na sessão anterior. A moeda americana avançou 0,5% ante o real, a R$ 5,68, acompanhando o movimento global de fortalecimento do dólar devido à volatilidade do mercado de ações americano. (Bloomberg Línea)