Após escândalo, governo suspende acordos do INSS com entidades
Casa arrombada, ferrolho na porta. O governo federal publicou nesta terça-feira um despacho suspendendo todos os acordos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) com entidades, dias depois de a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal revelarem uma fraude de bilhões envolvendo descontos irregulares em benefícios. As fraudes aconteciam por meio de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), pelos quais o INSS descontava diretamente das pensões e aposentadorias contribuições não autorizadas as entidades. A ação da PF levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento de diretores e procuradores da instituição. (Metrópoles)
As reclamações e denúncias à Ouvidoria do INSS dispararam a partir de 2022, ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL) e seguiram crescendo no governo Lula (PT), indica levantamento. De 2018 a 2021, o número anual de queixas à Ouvidoria estava numa média de 20 mil, mas saltou 221,5% em 2022, chegando a 198,2 mil reclamações. O pico aconteceu em 2023, com 220,3 mil registros, recuando para 201,9 mil no ano passado. Apesar da redução nas queixas, o total de descontos de benefícios em 2024 foi o maior registrado, atingindo R$ 2,848 bilhoes. (Poder360)