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Flávio Bolsonaro diz que tem ‘preço’ para desistir de candidatura presidencial

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Durou até menos do que costumam durar os balões de ensaio políticos. Anunciado oficialmente por si mesmo na sexta-feira como o escolhido por Jair Bolsonaro para ser candidato ao Planalto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez sua primeira aparição pública em pré-campanha neste domingo em Brasília. Em entrevista depois de um culto evangélico, admitiu que pode não levar a empreitada a cabo. “Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso, que eu vou negociar. Eu tenho um preço, só que eu só vou falar para vocês amanhã.” Em seguida, indicou o que pode ser o pedágio. “Espero que a gente paute essa semana a anistia. Espero que os presidentes da Câmara e do Senado cumpram o que prometeram, que pautariam a anistia, e deixem o pau cantar no voto no plenário – que é o que a gente sempre quis”, confessou, referindo-se ao projeto de anistia aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela trama golpista, o que beneficiaria diretamente seu pai, que está preso. Na sexta, o anúncio da candidatura de Flávio abalou o mercado financeiro. (g1)

Flávio já insinuou quem deve ser o beneficiário de sua possível desistência. “Tarcísio [de Freitas] é o principal cara do nosso time hoje”, declarou o senador, contando que telefonou para o governador de São Paulo ainda na sexta-feira. Tarcísio, do Republicanos, teria, de acordo com Flávio, recebido a notícia do ungido por Jair de “peito aberto”. O governador, que vem hesitando entre a candidatura presidencial e à reeleição ao Bandeirantes, ainda não se manifestou publicamente. (UOL)

O recuo prematuro pode ter relação com a pesquisa Datafolha divulgada na noite de sábado. O levantamento aponta que Flávio ficaria 15 pontos atrás do presidente Lula se um eventual segundo turno fosse hoje. Outros nomes da direita, como os governadores Tarcísio e Ratinho Jr. (PSD-PR), marcam 5 e 6 pontos de desvantagem, respectivamente. Além disso, o senador só é visto como ideal para ser lançado por Jair Bolsonaro por 8% dos eleitores brasileiros; enquanto 22% preferem a ex-primeira-dama Michelle; e 20% escolheriam Tarcísio. A pesquisa foi a campo entre os dias 2 e 4 de dezembro, antes do anúncio de Flávio. (Folha)

Tarefa ainda mais difícil parece ser a de convencer o Centrão da viabilidade da candidatura do senador. Líderes dos partidos de direita e centro-direita manifestaram ceticismo, ainda que reservadamente. Para reverter a resistência, ou apenas negociar seus termos, Flávio inicia hoje uma série de reuniões com os presidentes do próprio PL, Valdemar Costa Neto; do União Brasil, Antonio Rueda; e do Progressistas, Ciro Nogueira. Parte da estratégia de convencimento está em se vender como um “Bolsonaro diferente”. “Vocês terão a possibilidade de conhecer um Bolsonaro diferente. Um Bolsonaro muito mais centrado na política, que conhece Brasília”, declarou Flávio depois do culto. (Poder360)

Mesmo dentro do clã e do próprio PL de Valdemar a persuasão está custosa e dependendo de Jair. O ex-presidente avisou Michelle que escolheria Flávio como sucessor na quinta-feira, em sua visita à sala da Polícia Federal onde ele está preso, e pediu que ela não se opusesse, depois da briga pública de ambos em torno do imbróglio com Ciro Gomes no Ceará. Jair pediu também a Valdemar que contivesse a ala mais avessa aos Bolsonaros no partido e os unificasse em torno do filho. Logo depois do anúncio de Flávio, o presidente da legenda soltou uma nota dizendo que “se Bolsonaro falou, está falado!”. (Globo)

O Datafolha também aponta que a anistia como chantagem pode ter pouco fôlego, se depender do apoio popular à prisão de Bolsonaro. Isso porque para 54% dos entrevistados ela foi justa, embora 40% a considerem injusta. São favoráveis à prisão domiciliar 34% dos ouvidos. (Folha)

Não que essa indefinição na direita seja garantia de caminho fácil para o presidente Lula, mas alguns de seus números seguem apresentando leve melhora. Ainda no Datafolha, sua aprovação subiu de 46% em julho para 49% em dezembro. Já a desaprovação, que era de 50% em julho, se manteve em 48% agora. A avaliação do governo está estável: em abril, 29% avaliavam o governo Lula como ótimo ou bom. Em setembro, chegou a 33%. Ficou em 32% em dezembro. O índice de ruim/péssimo era de 40% em junho e, agora, está em 37%. (Jornal Nacional)

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