Inadimplência dispara no agronegócio
A Caixa Econômica Federal registrou forte aumento da inadimplência do agronegócio em seu balanço do segundo trimestre. Entre abril e junho, os atrasos acima de 90 dias chegaram a 7,02%, contra 4,3% no trimestre anterior e 2,11% no mesmo período de 2024. O salto ocorre mesmo em um ano de previsão de safra recorde e em que o setor é apontado como motor do PIB. Especialistas atribuem o avanço do calote a três fatores: produtores que se endividaram na época da Selic em 2% e agora enfrentam a taxa a 15% ao ano; a queda nos preços das commodities; e a alta de pedidos de recuperação judicial. O tarifaço imposto por Donald Trump também afeta produtos agrícolas como o café, agravando a situação. No Banco do Brasil, responsável por financiar quase metade do setor, a inadimplência rural também atingiu recorde: 3,94% no segundo trimestre, ante 2,45% no mesmo período de 2024 e 0,96% no fim do ano passado. (Globo)