Morre Nana Caymmi, uma das vozes mais importantes da música brasileira, aos 84 anos
Morreu Nana Caymmi, aos 84 anos, uma das vozes mais importantes da música brasileira. Nana estava internada desde agosto de 2024, quando deu entrada na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, com arritmia cardíaca. Segundo seu irmão Danilo Caymmi contou ao Globo, a cantora sofreu esta semana uma “overdose de opioides”. Nascida Dinahir Tostes Caymmi, em 29 de abril de 1941, no Rio, Nana foi a primogênita de Dorival Caymmi com a cantora Stella Maris. Quando nasceu, seu pai já era conhecido no rádio. Foi seguida por Dori em 1943 e Danilo em 1948, e todos acabariam virando músicos. Em 1960, ainda na adolescência, gravou pela primeira vez como cantora, em disco do pai, na faixa Acalanto, que ele compôs em sua homenagem quando ela ainda era criança. Ainda em 1960, lançou seu primeiro compacto solo, um 78 rpm, contendo as músicas Adeus e Nossos Beijos. Após separar-se do marido, um médico venezuelano com quem teve seus três filhos, namorou por um ano com Gilberto Gil. Em 1975, lançou o LP que a projetaria nacionalmente, Nana Caymmi, quando mergulhou no repertório do Clube da Esquina. Distante dos palcos desde 2016, depois de remover um câncer no estômago, não deixou de gravar, lançando Nana Caymmi canta Tito Madi e Nana, Tom, Vinícius, ambos indicados ao Grammy Latino. (Globo)
Do samba-canção ao bolero, passando por toda a obra do pai, Nana eternizou seu nome na música brasileira também com trilhas sonoras em novelas e séries da TV Globo. Foram muitos sucessos entre as novelas Roque Santeiro (1985) e Tempo de Amar (2017). Um dos principais foi Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, na abertura de Hilda Furacão, em 1998. Relembre outras canções na voz de Nana na televisão. (g1)
Caetano Veloso: “Não me cansava de pedir a ela que cantasse para eu ouvir. Às vezes com Gil ao violão, às vezes à capela. Eu pensava que ela era a mais profunda intérprete que se podia imaginar. Isso só fez crescer com o passar dos anos, das décadas. Irmã do inigualável Dori e do luminoso Danilo, ela foi, era, é, será um alumbramento do ato de cantar”. (Instagram)