Rebeca Andrade conquista ouro surpreendente no solo em Paris
Depois de vencer uma medalha de bronze por equipe e outra de prata no salto, Rebeca Andrade conquistou o lugar mais alto do pódio no solo. Com 14.166 pontos, superou Simone Biles, que pisou duas vezes fora do tablado e, apesar disso, ficou apenas 0.033 atrás da brasileira, nova campeã olímpica do aparelho. Ela disse que essa pode ter sido sua despedida do solo, pois é a modalidade da ginástica artística que mais desgasta seu corpo – ela já fez três cirurgias no joelho. A vitória rendeu uma das cenas mais memoráveis dos Jogos – Simone e a também americana, Jordan Chiles (que venceu o bronze), reverenciando Rebeca, no primeiro pódio só com atletas negras na história da ginástica artística – e veio após um resultado frustrante e polêmico na final da trave, na qual Rebeca acabou em quarto lugar e Simone em quinto. (Meio)
Indústria brasileira se recupera e cresce 4,1% em junho
Boa notícia na economia: a indústria brasileira cresceu 4,1% em junho na comparação com o mês anterior, resultado surpreendente após dois meses seguidos de perdas. Em maio, o tombo havia sido de 0,9%, repetindo a queda de abril. É a maior alta mensal desde junho de 2020 – os analistas esperavam crescimento de 2,4%. A alta foi puxada pelas atividades de produtos químicos (6,5%), derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%). Frente a junho de 2023, a indústria registrou crescimento de 3,2%. No ano, o setor acumula alta de 2,6% e, nos últimos 12 meses, de 1,5%. Os dados (leia na íntegra), divulgados neste sexta-feira pelo IBGE, são da Pesquisa Industrial Mensal.
Milei agradece ao governo brasileiro por assumir embaixada argentina em Caracas
Não deixa de ser surpreendente o gesto de aproximação do presidente Javier Milei em relação ao governo brasileiro. O argentino postou em sua conta no X que agradece “imensamente a disposição do Brasil em assumir a custódia da Embaixada da Argentina na Venezuela”. O agradecimento se estendeu à “representação momentânea dos interesses da República Argentina e dos seus cidadãos” no dia em que todo o corpo diplomático do país teve que deixar a Venezuela após ser expulso pelo governo Maduro como retaliação. Além de não reconhecer a reeleição de Nicolás Maduro, Milei o chamou de ditador – adjetivo que repetiu hoje. “Os laços de amizade que unem a Argentina ao Brasil são muito fortes e históricos”, disse a nota de Milei. Uma bandeira brasileira foi hasteada na embaixada argentina nesta quinta-feira após o governo Lula aceitar o pedido da chanceler Diana Mondino para assumir a embaixada e os serviços consulares provisoriamente. (Meio)
‘Somos palhaças no circo’: o desabafo das atletas sobre nadar no Sena poluído
Nadadoras mergulham no rio Sena: comitê manteve provas de triatlo apesar de protestos dos atletas
Foram dois treinos cancelados, mas o comitê organizador dos Jogos de Paris decidiu fechar os olhos – e o nariz – para a poluição no rio Sena e manter as provas de triatlo no local. A atleta espanhola Miriam Casillas revoltou-se e protestou após terminar em 33º lugar. “Somos como palhaças no circo”, afirmou a competidora, que também é médica. “Eles pensaram sobre o cenário, em fazer com que parecesse bonito e vendesse o Sena. É o que queriam desde o início. Não pensaram sobre a saúde dos atletas.” Também espanhola, Anna Godoy, 17ª colocada, concorda. “O que temos passado não pode acontecer. Não podem nos tratar assim. Tiveram muitos anos para preparar isso bem e ter alternativas”, disse. A França investiu mais de US$ 1,5 bilhão na despoluição do Sena, mas a própria equipe de sustentabilidade do comitê admitiu não haver condições de competição no local, como o Meio antecipou na semana passada. A equipe recomendou ao comitê organizador e também ao Comitê Olímpico Internacional que as competições de triatlo virassem duatlo, sem a prova nas águas do Sena, mas a sugestão foi ignorada. (Metro e Meio)
Os melhores livros do ano até agora, segundo a Economist
The Economist, uma das revistas mais respeitadas do mundo, indicou para seus leitores aqueles que considera os melhores livros do ano até agora, lançados nos Estados Unidos e na Inglaterra. Uma das biografias da lista é Monet: The Restless Vision, de Jackie Wullschläger, autora de obras premiadas sobre Hans Christian Andersen e Marc Chagall, primeiro livro em língua inglesa sobre a vida e a obra do impressionista francês que constrói um “homem contraditório e difícil”. Um dos livros de ficção recomendados é Hard by a Great Forest, do escritor Leo Vardiashvili, radicado desde os 12 anos na Inglaterra, sobre um homem que volta à Geórgia após duas décadas de exílio e então desaparece. Seu filho começa uma emocionante perseguição em busca do pai. (The Economist)
‘Deus me livre!’, desabafam profissionais de Paris 2024 sobre nadar no Sena
Apesar do investimento de US$ 1,5 bilhão, Rio Sena continua poluído e talvez não receba competições olímpicas
A prefeita Anne Hidalgo mergulhou em suas águas e celebrou um novo Sena a poucos dias dos Jogos Olímpicos. Mas pessoas da equipe de sustentabilidade do Comitê Organizador Local estão decepcionadas com o nível de poluição. Em um grupo de WhatsApp, ao qual o Meio teve acesso, profissionais que dedicaram seus últimos anos ao projeto olímpico confessam: “Eu nem tenho coragem para nadar. Deus me livre!”, diz um deles. Outro responde: “E adivinhe quem tem que lidar com isso. A qualidade da água é pior que a do Rio”, afirma, com muitos emojis de preocupação. Nesta sexta-feira, as delegações irão desfilar de barco no rio, em uma cerimônia de abertura diferente de todas. Nas mensagens em inglês, a equipe de estrangeiros desabafa porque havia muita expectativa pela limpeza. Prometendo a Olimpíada mais sustentável da história, a organização de Paris 2024 tinha na despoluição do Sena a coroa de um projeto ambicioso, que inclui camas e mesas de papelão, poucas instalações novas e a pegada de carbono mais baixa da história dos Jogos – metade do que foi em Londres, em 2012, e também no Rio. Mas este era também o maior desafio, reconhecido desde o início no Plano de Legado e Sustentabilidade.
Em primeiro discurso após desistência de Biden, Kamala enaltece o presidente
Kamala em primeira aparição pública, na Casa Branco, após tornar-se favorita para concorrer à presidência
Diante de membros do Congresso, da administração Biden e de atletas universitários campeões na última temporada, Kamala Harris fez seu primeiro discurso, nesta segunda-feira, após o presidente democrata desistir da corrida eleitoral e indicá-la para o seu lugar. A vice-presidente disse que Joe Biden está “muito melhor” em sua recuperação da Covid-19 e, logo no início de seu pronunciamento no jardim da Casa Branca, declarou: “Quero dizer algumas palavras sobre nosso presidente: o legado de realizações de Biden nos últimos três anos é inalcançável na história moderna [dos Estados Unidos]. Em um mandato, ele superou o legado da maioria dos presidentes que tiveram dois mandatos”, disse Kamala em breve fala de cinco minutos. Ela também enalteceu Biden por seu “grande coração” e “amor pelo nosso país”, e disse que os americanos são “profundamente agradecidos por seu serviço à nação”. (Meio)
Kamala faz sucesso com dancinhas e memes nas redes sociais
Em uma campanha presidencial na qual os dois candidatos eram vistos como velhos demais para o cargo, a vice-presidente Kamala Harris, favorita para substituir Joe Biden, surge com grande potencial de comunicação entre os jovens – e já começou a ganhar apoiadores no TikTok com centenas de vídeos virais. Ela não tem uma conta oficial nesta rede social, mas nem precisa, pois seus fãs fazem o trabalho de editar e postar os vídeos, e vários têm atraído atenção para a provável candidata. Em um dos mais recentes, Kamala “prevê” que se tornará presidente ao consultar uma bola de cristal. Mas nenhum, até o momento, fez tanto sucesso quanto ela dançando na chuva em 2020 (já são 5,2 milhões de visualizações). Seu potencial para conquistar a internet atravessa as redes sociais. No Instagram, horas antes de Biden retirar sua candidatura, Kamala compartilhou uma entrevista feita por uma estudante de 13 anos. A vice-presidente conta na conversa que malha todos os dias e que adora cozinhar para sua família aos domingos. (Meio)
Maior ação judicial do país em proteção de dados cobra R$ 1,7 bilhão do WhatsApp
Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo e Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) ajuizaram uma ação contra o WhatsApp por danos morais coletivos, por agir de forma contrária às leis brasileiras e violar direitos dos usuários no país desde que a empresa mudou suas políticas de privacidade em 2021. Na ocasião, houve coleta e compartilhamento de dados com outras empresas, entre elas Instagram e Facebook, também do grupo Meta. O MPF e o Idec pedem R$ 1,733 bilhão em indenização, que seria destinada a grupos e projetos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos. O valor torna esta a maior ação judicial do país em proteção de dados pessoais – e é semelhante ao que a União Europeia cobrou da Meta por violações na lei da política de privacidade da rede social. Resultado de uma petição encaminhada pela organização global Ek? ao MPF em abril de 2021, a ação pretende que o WhatsApp respeite as leis brasileiras, assim como fez na Europa, e ofereça a opção do usuário de decidir quais dados quer fornecer para a empresa. Os órgãos pedem a interrupção imediata do compartilhamento de dados do WhatsApp. O processo também questiona a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) pela atuação insuficiente e opaca no caso. Com cerca de 150 milhões de usuários, o Brasil é o terceiro maior mercado do WhatsApp no mundo – 99% dos brasileiros que usam celular têm o aplicativo. A Meta disse que ainda não foi notificada. (Meio)
Pesquisa Ipsos indica empate técnico entre Biden e Trump
A primeira pesquisa após o atentado contra Donald Trump indica que a tentativa de assassinato e o anúncio de seu companheiro de chapa, J.D. Vance, não mudaram as intenções de voto para presidente. De acordo com os dados da Ipsos, empresa francesa que atua em 90 países, houve oscilação dentro da margem de erro (veja os números). Trump aparece com 43% e o presidente Joe Biden, com 41%. No levantamento anterior, dos dias 1 e 2 de julho, ambos tinham 40%. Os pesquisadores entrevistaram 992 norte-americanos no dia em que Vance foi anunciado como vice de Trump. Em um primeiro momento, a nomeação não parece ajudar o ex-presidente na corrida, pois o senador republicano não é conhecido por 44% dos entrevistados. Entre aqueles que o conhecem, 30% não gostam dele, 24% o veem “favoravelmente” e 19% o veem “muito desfavoravelmente”. A enquete analisou como seria um eventual desempenho de Kamala Harris como candidata – a atual vice-presidente empataria com Trump, ambos com 44%. (Meio)