O Lado B do Rock in Rio

Quando se fala em Rock in Rio, principalmente neste período pré-festival, é comum as atenções se voltarem para as grande atrações e os ídolos pop. Mas por trás do óbvio, tem muita coisa interessante espalhada pelo lineup do festival. Fizemos cá uma pequena seleção.

O King Crimson talvez seja o maior representante dessa categoria. Liderada por Robert Fripp e com muita influência de jazz, a formação da banda foi se alterando à medida que Fripp ia experimentando sons: da psicodelia do final dos anos 60 ao mergulho no progressivo da década de 70, do flerte com o pop na trilogia dos anos 80 ao profundo experimentalismo nos anos 90 e seus discos de nomes estranhos. A apresentação, que fecha o palco Sunset no dia 6/10, é parte da turnê de 50 anos da banda. Na formação, surpreendentes 3 bateristas na frente do palco e Tony Levin, que deu uma boa entrevista ao Globo, de volta ao baixo.

Na pista eletrônica, no mesmo domingo, vão se apresentar Flow & Zeo, o casal carioca que começou a tocar junto nas festinhas do underground do Rio de Janeiro, no início dos anos 2000, e seguiu com uma sólida carreira em clubs nacionais e internacionais, como contam nesta entrevista para a revista especializada Phouse. Seu som de batidas elegantes e grooveadas pode ser uma grata surpresa para quem acha que música eletrônica só vive de pop.

Enquanto isso, na quinta feira, dia 3/10, o palco Sunset vai presenciar a primeira e provavelmente única apresentação do Hip Hop Hurricane, que vai juntar uma orquestra de 45 integrantes com 4 dos principais expoentes do Hip Hop por aqui: Rincon Sapiência, cujo disco de estréia, Galangra Livre, foi escolhido pela Rolling Stone como o melhor disco brasileiro em 2017; Baco Exu do Blues, que já andou frequentando ediçõesdo Meio e lançou no final do ano passado um filmete de divulgação de seu último disco, Blvesman; o também brasileiro Rael, que traz para o rap o som de Angola; e o português Agir com seu inconfundível sotaque cantando sobre quando Madonna chegou a Portugal.

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O liberalismo ausente

15/05/24 • 11:09

Nas primeiras semanas de 2009, o cientista político inglês Timothy Garton Ash publicou no New York Times um artigo sobre o discurso de posse de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. “Faltava apenas”, ele escreveu, “o nome adequado para a filosofia política que ele descrevia: liberalismo.” A palavra liberalismo, sob pesado ataque do governo Ronald Reagan duas décadas antes, passou a representar para boa parte dos americanos uma ideia de governo inchado e incapaz de operar. Na Europa continental e América Latina, segue Ash, a palavra tomou o caminho contrário, representando a ideia de um mercado desregulado em que o poder do dinheiro se impõe a um Estado fraco. Não basta, sequer, chamar a coisa só de liberal. É preciso chamá-la neoliberal. Desde final dos anos 1970, já são quarenta anos de um trabalho de redefinição forçada do que é liberalismo, uma filosofia política de três séculos e meio pela qual transitaram algumas dezenas de filósofos e economistas de primeiro time. O sentido do termo se perdeu de tal forma no debate público, que mesmo muitos dos que se dizem liberais não parecem entender que conjunto de ideias representam.

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