Vendas no varejo caem 0,3% em julho, mas sobem 1% em relação a 2024
As vendas no varejo caíram 0,3% em julho frente a junho, quarta queda seguida e em linha com o consenso. Apesar do recuo na base mensal, o indicador subiu 1% em relação a julho do ano passado, acumulando alta de 1,7% no ano e 2,5% em 12 meses. No mês, as quedas mais relevantes vieram do setor de informática e comunicação (-3,1%), vestuário (-2,9%) e supermercados (-0,3%), enquanto móveis e eletrodomésticos avançaram 1,5%, livros e papelaria 1% e artigos farmacêuticos 0,6%. No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, houve alta de 1,3% no mês, mas queda de 2,5% em um ano, com tombo de 9% em veículos, 2,6% em material de construção e 7,5% no atacado de alimentos. Regionalmente, 16 estados tiveram retração, com destaque para Rondônia (-2,2%), Minas Gerais (-1,1%) e Paraíba (-1%), enquanto Amapá (3,9%), Distrito Federal (0,9%) e Sergipe (0,8%) lideraram as altas. (Meio)
Aliás, com a Selic em 15% ao ano, a inadimplência de empresas e consumidores bateu recorde em julho. Segundo a Serasa Experian, 8 milhões de companhias, um terço do total, tinham dívidas em atraso, somando 58,6 milhões de compromissos não honrados, dos quais 90% pertencem a pequenas e microempresas, responsáveis por 70% dos empregos formais. Entre pessoas físicas, 78,2 milhões de brasileiros, quase metade da população adulta, estão negativados, cada um com quatro dívidas em média. Nos financiamentos de crédito livre, a taxa de calote chegou a 5,2% do saldo, maior patamar desde 2017, sendo 6,5% entre consumidores e 3,3% entre empresas. (Estadão)