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Ponto de Partida

Pedro Doria em análises profundas e didáticas sobre a política do Brasil e do mundo.

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Descomplicando ideologias

No Ponto de Partida desta sexta-feira (16), Yasmim Restum e Pedro Doria começam o papo questionando o simbolismo da presença de Lula ao lado de 29 líderes mundiais - na sua maioria ditadores - na parada cívico-militar em celebração pelo Dia da Vitória, em Moscou.

O que pensa um liberal?

Você tem um segundo para ouvir a palavra do liberalismo? Brincadeira. Isso aqui não vai ser sobre proselitismo político. Mas vai ser sobre ideologias, porque a gente precisa falar sobre ideologia. Neste arco da história, a maioria da população brasileira está fortemente assentada no conservadorismo. Existe um grupo menor, mas presente, de socialistas. Liberais, e eu sou liberal, somos a franca minoria. Veja, não tem nenhum problema ser uma coisa ou ser outra. Numa democracia, porque o regime é liberal, as três correntes têm espaço no debate público. Devem ter. Só que a gente precisa ter vocabulário para falar sobre política e, quando dividimos tudo em direita ou esquerda, a gente perde esse vocabulário. Existem três grandes ideologias. Uma muito diferente da outra. Quando falamos de esquerda e direita, não cabem três opções. Se falamos de esquerda, centro e direita, muitos ficam com a impressão de que o centro é algo no meio, algo que não se posiciona. Que está em cima do muro. E não é. É um terceiro jeito de ver. Na verdade, nem é um terceiro. A primeira ideologia moderna a nascer foi o liberalismo. O conservadorismo apareceu em oposição àquele conjunto de ideias novas. E o socialismo veio depois, como uma oposição ao liberalismo pelo outro lado.

Lula foi passear com ditadores

Todo ano, em 9 de maio, os russos celebram com uma parada militar a vitória na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas. É assim desde 1946. Nos anos de jubileu, o hábito é fazer uma celebração maior, convidando os representantes dos Estados aliados. Foi assim nos 50 anos da vitória, em 1995, nos 60, em 2005. E, sim, na última sexta-feira, os oitenta anos. O presidente Lula estava lá. Das Américas, além de Lula, foram só outros dois. Miguel Díaz-Canel, ditador de Cuba, e Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. Mas a lista de chefes de Estado é maior do que essa. O chinês Xi Jinping foi. Os líderes da Belarus, Armênia, Azerbaijão, Mongólia. Umas ex-repúblicas soviéticas ali da Ásia Central. Tinham ainda alguns africanos também. É mais fácil listar quem eram os líderes de países democráticos na parada deste ano. Chefe de Governo tinha um monte. Democratas, só dois. Robert Fico, premiê da Eslováquia, e Lula. 29 chefes de Estado ou de governo. Só dois democratas. Foi uma festa de ditaduras.

Brasil pode aprender com a Alemanha?

No Ponto de Partida desta sexta-feira (9), Yasmim Restum e Pedro Doria falam sobre a recente classificação oficial do AfD (Alternativa para a Alemanha) como uma organização de extrema direita, e debatem sobre o que o Brasil pode aprender com a maneira como os alemães se mantêm alertas aos extremismos.

Lula subiu no telhado

É hora de quem é de esquerda abrir o olho. Este escândalo do INSS pode ser muito maior do que o Petrolão. Pior porque o rombo na Petrobras, dinheiro desviado por corrupção, por roubo, foi de 42 bilhões de reais. Agora estamos falando dum total que pode chegar a 90 bilhões. Pode chegar. Não sabemos o valor e é importante não se precipitar. Mas está claro que o número é nas dezenas de bilhões. Só que não é só isso. O prejuízo, no caso da Petrobras, são os investidores que compraram ações da empresa e, em última análise, o povo brasileiro. O povo é uma abstração. Ninguém viu dinheiro sumir da sua carteira, foi o Estado que geriu mal o que é estatal. Agora é muito diferente. Estamos falando de aposentados e pensionistas. Pessoas pobres, pessoas frágeis, pessoas às vezes em desespero, pessoas para quem cada centavo conta, gente que muitas vezes tem dificuldades cognitivas por conta da idade. E esse dinheiro que foi desviado saiu diretamente do bolso delas.

A lição da Alemanha

A gente já está há tantos anos discutindo sobre como salvar democracias que às vezes a conversa cansa um pouco. Só que algo muito interessante está acontecendo na Alemanha. E, veja, na real existem três maneiras de olhar para a decisão que o Departamento de Proteção da Constituição tomou de considerar a AfD, o partido que levou 21% dos votos na eleição de fevereiro agora, de classificá-lo como extrema direita.

A direita já de olho em 2026

No Ponto de Partida desta sexta-feira (2), Yasmim Restum e Pedro Doria analisam as movimentações da direita brasileira para disputar o pleito de 2026. A conversa passa pelo nascimento do novo 'partidão' chamado União Progressista, fusão do União Brasil com o Partido Progressista, que detém não só a maior bancada na Câmara, com 109 deputados, mais de mil prefeituras e 4 ministérios; e eles falam também da articulação do ex-presidente Michel Temer com o governador gaúcho Eduardo Leite para formar uma nova direita - ainda mais competitiva.

O maior partido do Brasil

Essa federação União Progressista, que junta o União Brasil e o Partido Progressista num grupo partidário só, explica muito sobre como precisamos começar a reler a maneira como a política brasileira está funcionando. De cara, já é o maior partido do país.

A direita democrática?

Chegamos àquela fase da pré-campanha eleitoral em que as pessoas olham para os números, descobrem que mais de metade dos brasileiros realmente preferiam que Lula e Bolsonaro sumissem do mapa político e, logo concluem, é hora de uma terceira via.

A batata quente do escândalo no INSS

No Ponto de Partida desta sexta-feira (25), Yasmim Restum e Pedro Doria falam sobre o escândalo de corrupção no INSS revelado pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. Apesar da investigação ter mostrado que os desvios começaram em 2019, ainda no governo Bolsonaro, Pedro Doria explica como essa batata quente pode cair no colo do governo Lula. Ainda neste papo, os jornalistas falam sobre a ideia de "quarto poder" atribuída à imprensa, e os desafios na cobertura do governo e em investigações sobre entes públicos. Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido