Facebook

Meta criou ferramentas para capitalizar vulnerabilidades de adolescentes, mostram documentos

Plataformas da Meta, como Instagram e Facebook, projetaram ferramentas nas redes sociais que exploram vulnerabilidades conhecidas nos cérebros de usuários jovens. As informações são do jornal Wall Street Journal, que acessou documentos internos da empresa. Os relatórios faziam parte de uma ação conjunta de 41 estados americanos contra a gigante de tecnologia, que acusa a Meta de explorar ferramentas nas redes sociais que eram prejudiciais à saúde mental e física de jovens, além de intencionalmente viciantes. Nos documentos constam detalhes de uma apresentação interna da dona do Facebook, de 2020, que mostra que a empresa projeta seus produtos levando em consideração características de adolescentes, como o de serem "predispostos a impulsos, pressão dos colegas e comportamentos arriscados potencialmente prejudiciais". Além disso, funcionários da big tech ligados ao tema demonstraram preocupações sobre os efeitos, especialmente do Instagram, na saúde dos jovens. Outra ação aberta por procuradores-gerais de 33 estados dos EUA acusa a Meta de recolher informações pessoais de crianças. A companhia teria recebido mais de 1,1 milhão de denúncias de perfis de menores de 13 anos no Instagram desde 2019, mas só desativou uma pequena porcentagem deles. (Wall Street Journal e NYT)

Meta paga multa de R$ 6 milhões por descumprir ordens judiciais no caso Marielle

A Meta pagou uma multa de R$ 6,1 milhões por descumprimento de decisões judiciais no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. Em 2018, a Justiça do Rio de Janeiro obrigou a dona do Facebook a fornecer aos investigadores do caso dados telemáticos de pessoas que visitaram, na rede social, alguns perfis ou páginas relacionadas à vereadora. Em 2020, a plataforma foi multada em R$ 5 milhões por não cumprir as ordens judiciais. O valor, no entanto, ainda não havia sido pago por conta de uma série de recursos e tentativas de acordo. Em setembro deste ano, o Ministério Público do RJ pediu à Justiça a cobrança da multa que, corrigida pela inflação, chegou aos R$ 6.094.092,83. O valor foi pago pela Meta. (g1)

Meta ainda lucra com anúncios falsos do Desenrola Brasil e Black Friday

Levantamentos do jornal O Globo e NetLab identificaram que, apesar de estar na mira do Ministério da Justiça, a Meta continua veiculando anúncios falsos em suas plataformas. O jornal identificou peças publicitárias divulgando golpes financeiros envolvendo programas do governo federal e ofertas da Black Friday. O programa Desenrola Brasil, voltado para a renegociação de dívidas bancárias, também é usado por criminosos para a publicação de anúncios falsos no Facebook e Instagram. Em julho, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, chegou a publicar uma medida cautelar para a retirada desses conteúdos, que também atingiu o Google. Prática proibida no país, o jogo do bicho também é exibido em campanhas fraudulentas no Facebook. Um dos sites divulgados promete ganhos de até R$ 5 mil com o jogo. Os casos expõem as dificuldades das big techs em moderar conteúdos, inclusive aqueles que são impulsionados e, em tese, estão sujeito à fiscalização mais rigorosa antes de entrarem no ar. Segundo a Senacon, o órgão aplicaria uma multa diária no valor de R$ 150 mil para o caso de descumprimento de medidas determinadas pela secretaria. O valor pode ultrapassar R$ 16 milhões. (O Globo)

Threads ganha função para ocultar postagens no Instagram e Facebook

Desde o seu lançamento, em julho deste ano, o Threads, nova rede social da Meta, vem anunciando novos recursos. Desta vez, a plataforma lançou um controle sobre o cruzamento de conteúdo entre o app rival do X e o Instagram e Facebook. A novidade chega após a reclamações dos próprios usuários de que a Meta estava, de certa forma, forçando a visualização das publicações do Threads em outras plataformas. A tática era usada pela companhia para impulsionar o engajamento na rede social. Com o novo recurso, é possível evitar que postagens do Threads apareçam em outras plataformas da Meta. A nova função está sendo liberada gradativamente nas configurações de privacidade. (Olhar Digital)

Senacon notifica Google e Facebook por anúncios falsos do programa Voa Brasil

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou hoje o Google e o Facebook por veiculação de anúncios falsos do programa Voa Brasil. A iniciativa do governo federal, que ainda não foi lançada, vai disponibilizar passagens aéreas a preços acessíveis a determinados segmentos da população. De acordo com a Senacon, golpistas estão solicitando dados e pagamento dos usuários por meio de anúncios monetizados nas redes sociais da Meta e plataformas do Google. Os anúncios falsos redirecionam os consumidores aos sites em que serão operacionalizadas as fraudes, fazendo com que eles acreditem que vão se beneficiar do programa. A Secretaria determinou que as empresas removam os anúncios fraudulentos e apresentem um relatório de transparência sobre as medidas adotadas para limitar a propagação desses materiais, além de identificar os anunciantes e o número de visualizações. O descumprimento de quaisquer das medidas vai culminar em multa diária de R$ 150 mil. (O Globo)

Meta pode lançar plano de assinatura sem anúncios na UE

A Meta estuda cobrar uma assinatura mensal para que usuários da União Europeia (UE) acessem o Instagram e Facebook sem anúncios. Segundo informações do Wall Street Journal, a versão para acesso às redes sociais apenas no smartphone custará € 13 (R$ 69). A opção para acesso no desktop custará € 10 (R$ 53), sendo que a empresa ainda cobrará € 6 (R$ 31) por conta adicional do usuário. Para as pessoas que desejam continuar na versão gratuita, será necessário concordar com a publicidade personalizada nas plataformas. A oferta de uma opção paga sem anúncios vale inicialmente apenas para a UE seria uma resposta da Meta para atender às regulamentações de privacidade e coleta de dados do bloco europeu. A dona do Facebook e Instagram já sofreu várias acusações de violação de privacidade e coleta massiva de dados dos usuários. (The Wall Street Journal e Tudo Celular)