Meta criou ferramentas para capitalizar vulnerabilidades de adolescentes, mostram documentos
Plataformas da Meta, como Instagram e Facebook, projetaram ferramentas nas redes sociais que exploram vulnerabilidades conhecidas nos cérebros de usuários jovens. As informações são do jornal Wall Street Journal, que acessou documentos internos da empresa. Os relatórios faziam parte de uma ação conjunta de 41 estados americanos contra a gigante de tecnologia, que acusa a Meta de explorar ferramentas nas redes sociais que eram prejudiciais à saúde mental e física de jovens, além de intencionalmente viciantes. Nos documentos constam detalhes de uma apresentação interna da dona do Facebook, de 2020, que mostra que a empresa projeta seus produtos levando em consideração características de adolescentes, como o de serem “predispostos a impulsos, pressão dos colegas e comportamentos arriscados potencialmente prejudiciais”. Além disso, funcionários da big tech ligados ao tema demonstraram preocupações sobre os efeitos, especialmente do Instagram, na saúde dos jovens. Outra ação aberta por procuradores-gerais de 33 estados dos EUA acusa a Meta de recolher informações pessoais de crianças. A companhia teria recebido mais de 1,1 milhão de denúncias de perfis de menores de 13 anos no Instagram desde 2019, mas só desativou uma pequena porcentagem deles. (Wall Street Journal e NYT)
Enquanto isso, o governo da Rússia colocou o porta-voz da Meta, Andy Stone, na lista de criminosos procurados pelas autoridades do país. A lista inclui pessoas acusadas de transgredir o Código Criminal da Federação Russa. No ano passado, a Rússia passou a considerar a Meta uma “companhia extremista”, abrindo o precedente para investigações criminais contra a empresa. (Valor)