Funcionários da Amazon foram vítimas tráfico de mão de obra na Arábia Saudita, diz jornal
Uma reportagem do jornal britânico The Guardian revelou que dezenas do pessoas do Nepal contratadas para trabalhar em armazéns da Amazon na Arábia Saudita foram vítimas de tráfico de mão de obra. Os trabalhadores, que foram recrutados por agências, estariam vivendo em condições de miséria e exploração como funcionários temporários nos depósitos da varejista no país árabe. Com base nos relatos de 48 funcionários, a reportagem afirma que eles foram obrigados a pagar taxas que variam de US$ 830 a US$ 2.300 para serem contratados – valor acima do que é permitido pelo governo do Nepal e contra os padrões americanos e da ONU. Além dos baixos salários, os imigrantes viviam em acomodações superlotadas com acesso limitado à água e higiene precária. Eles também foram proibidos de retornar para seus países de origem, a menos que pagassem novas taxas. Muitos também foram demitidos e transferidos para “moradias ainda piores”. A Amazon chegou na Arábia Saudita em 2017, após a compra da gigante do varejo online no Oriente Médio Souq.com. Mais tarde, rebatizou as operações sauditas como Amazon.sa e aumentou a sua força de trabalho trazendo pessoas do Paquistão, Índia, Bangladesh e Nepal. A companhia emprega atualmente cerca de 1.500 pessoas na Arábia Saudita. Em resposta à reportagem, a Amazon reconheceu que alguns trabalhadores teriam sido maltratados nos depósitos sauditas e garantirá que aqueles que pagaram taxas de recrutamento recebam seu dinheiro de volta. (The Guardian)