Pausa no conflito em Gaza começa na manhã de quinta-feira

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O cessar-fogo de quatro dias acordado entre Israel e o grupo terrorista Hamas deve entrar em vigor na manhã desta quinta-feira, segundo fontes ligadas às duas partes. Ao longo desse período, 50 dos 240 reféns tomados pelo Hamas nos atentados de 7 de outubro serão trocados por 150 palestinos detidos em Israel – os dois grupos devem ser formados majoritariamente por mulheres e menores. Mais um dia de trégua será acrescentado para cada grupo de dez reféns israelenses devolvido. Tel Aviv diz, porém, que retomará os bombardeios e combates caso o Hamas faça algum movimento hostil durante a vigência do acordo. (AP)

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O Hezbollah, milícia islâmica libanesa financiada pelo Irã, anunciou nesta quarta-feira que vai aderir ao cessar-fogo para a troca de reféns, embora não tenha participado das negociações. Desde os atentados e do início da ação israelense em Gaza, o Hezbollah vem lançando mísseis contra o norte de Israel, que responde bombardeando posições do grupo no sul do Líbano. (Haaretz)

Esperança e incerteza. Esses sentimentos marcam as famílias dos reféns em poder do Hamas. Ainda não se sabe quais reféns serão libertados, mas é certo que nem todas as famílias poderão se reunir. “Primeiro, temos de trazer os mais frágeis. Bebês, crianças e idosos não vão sobreviver [no cativeiro]. Depois devemos trazer todos os outros”, diz Hadas Kalderon, cujo ex-marido, o filho de 16 anos e a filha de 12 foram levados do kibutz Nir Oz. Ela e as demais famílias prometem manter a pressão sobre o governo mesmo que seus entes queridos estejam na lista de reféns devolvidos. (Times of Israel)

Embora generalizadamente aplaudido, o acordo não agradou a todos. O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, o classificou como “imoral” e favorável ao Hamas. Ele e a bancada de seu partido, o Otzma Yehudit, votaram contra a medida. Israel vive hoje uma situação insólita. O país é governado por uma coalizão de extrema direita com forte presença religiosa, incluindo legendas como o Otzma Yehudit, que defende a anexação total dos territórios palestinos. Já o conflito com o Hamas é gerenciado por um Gabinete de Guerra sem a presença da ultradireita. (Jerusalem Post)

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