Herdeiros e ex-colegas de Chorão brigam por direitos sobre Charlie Brown Jr.
Criadores de riffs e melodias que marcaram época, os guitarristas Marcão Britto e Thiago Castanho, ex-Charlie Bown Jr., vieram a público acusar Alexandre Lima Abrão, herdeiro de Chorão, de falsidade ideológica em documentos relativos ao processo judicial de disputa sobre a marca da banda. De acordo com os músicos, Abrão apresentou documentos falsos à Justiça e ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). O nome “Charlie Brown Jr.” é uma referência ao Charlie Brown, dos desenhos, garoto apresentado nas histórias em quadrinhos e na TV pela Peanut Worldwide. Depois que estourou, a banda firmou uma parceria para o uso do nome, e, para qualquer novo acordo, é preciso ciência da empresa que detém a propriedade do cartum. Ao UOL, Alexandre reconheceu que as assinaturas da diretoria da Peanut são falsas, mas afirma ter caído num golpe. Segundo a nota, ele pediu desistência dos pedidos feitos ao INPI após atestar a falsidade da documentação.
No processo judicial, Alexandre tenta impedir que Britto e Castanho, fundadores da banda ao lado de Chorão e Champignon — também morto em 2013 —, de se apresentarem com o nome do grupo. Apesar das alegações da mãe de Alexandre, Thais Lima, os guitarristas afirmam à Justiça que jamais receberam dinheiro ou celebraram acordos pela venda das parcelas a que ambos teriam direito em relação à marca CBJR. Na mais recente liminar sobre o caso, o magistrado considerou que o filho do músico é o legítimo dono do registro no INPI, mas que os ex-colegas do pai têm direito a explorar a marca subsidiariamente. Para esquentar ainda mais a sucessão de Chorão, a viúva do cantor, com quem passou 20 anos, acusa em processo que Alexandre a negligenciou no registro dos direitos no INPI, já que, conforme decisão à época do inventário, ela também foi classificada como legítima herdeira do músico e teria direito a 45% na representação da marca. (g1 e UOL)