Em nova nota conjunta, Brasil e Colômbia exigem atas eleitorais para reconhecer vitória de Maduro

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Em nova declaração conjunta divulgada neste sábado, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, reafirmaram que o reconhecimento do resultado das eleições venezuelanas depende da publicação das atas de cada sessão eleitoral. Lula e Petro mantiveram conversas telefônicas durante a sexta e neste sábado.

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A posição dos dois países ocorre após o anúncio feito pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela declarando a vitória de Nicolás Maduro nas eleições do último dia 28 de julho..

Em nota, o governo informou que tanto Lula, quanto Petro, permanecem convencidos de que a “credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis”. Além disso, Lula e Petro se colocaram contrários à aplicação de sanções unilaterais à Venezuela como instrumento de pressão. “Sanções unilaterais são contrárias ao direito internacional e prejudicam a população dos países sancionados, em especial as camadas mais vulneráveis”, destaca o documento.

“A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade”, diz a nota.

Leia a íntegra da nota conjunta:

Declaração conjunta de Brasil e Colômbia

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro mantiveram ontem e hoje (23 e 24/8) conversas telefônicas sobre a questão das eleições presidenciais na Venezuela. 

Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis.

A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade.

Os dois presidentes conclamam todos os envolvidos a evitar recorrer a atos de violência e à repressão.

Como países vizinhos diretamente interessados na estabilidade da Venezuela e da região, e testemunhas dos Acordos de Barbados, Brasil e Colômbia mantêm abertos seus canais de comunicação com as partes e reiteram sua disposição de facilitar o entendimento entre elas.

Brasil e Colômbia tomam nota da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela sobre o processo eleitoral. Reiteram que continuam a aguardar a divulgação, pelo CNE, das atas desagregadas por seção de votação. E relembram os compromissos assumidos pelo governo e pela oposição mediante a assinatura dos Acordos de Barbados, cujo espírito de transparência deve ser respeitado.

Manifestam também sua total oposição à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão. Compartilham o entendimento de que sanções unilaterais são contrárias ao direito internacional e prejudicam a população dos países sancionados, em especial as camadas mais vulneráveis.

 

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