Israel sinaliza que invasão terrestre deve ocorrer em breve
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O gabinete de Israel se reuniu na noite desta segunda-feira para discutir se e quando lançará uma grande operação terrestre no Sul do Líbano, a primeira em quase duas décadas. Israel ocupou a região entre 1982 e 2000 e invadiu novamente o país em 2006, durante um confronto de um mês contra o Hezbollah. Yoav Gallant, ministro da defesa de Israel, deu sinais de que envio das tropas terrestres é iminente ao dizer aos prefeitos das cidades da fronteira com o Líbano que “a próxima etapa da guerra contra o Hezbollah começará em breve”. Em comunicado, ele afirmou que essa próxima fase “constituirá um fator significativo de mudança na situação de segurança”, permitindo que dezenas de milhares de israelenses que fugiram dos disparos de foguetes do grupo xiita no ano passado regressem a suas casas. Autoridades israelenses disseram aos EUA que estão conduzindo “operações limitadas focadas na infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira”, disse Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado. “Israel tem o direito de se defender contra o Hezbollah”, disse Miller, acrescentando que os EUA buscam “uma resolução diplomática para o conflito, que permita aos cidadãos de ambos os lados da fronteira regressar às suas casas”. Já o Hezbollah disse que suas forças enfrentarão as tropas israelenses se houver uma invasão total. (New York Times)
Se necessário, os EUA vão enviar “alguns milhares” de soldados ao Oriente Médio para reforçar a segurança e defender Israel, afirmou o Pentágono nesta segunda-feira. Com as forças adicionais, o número total de tropas americanas na região pode subir para até 43 mil. Também serão enviados caças e aeronaves de ataque, segundo a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh. (Los Angeles Times)
Já o presidente Lula decidiu nesta segunda-feira iniciar a operação de resgaste dos brasileiros que vivem no Líbano, conta Kennedy Alencar. Os trabalhos de resgate da Força Aérea Brasileira devem começar nos próximos dias, provavelmente no fim de semana. O governo estima que 3 mil brasileiros sejam repatriados. (UOL)
No México, onde está para a posse da presidente Claudia Sheinbaum, Lula condenou os ataques de Israel e afirmou que há uma “chacina” em curso na Faixa de Gaza. O presidente afirmou que o governo de Benjamin Netanyahu está “atacando e matando pessoas inocentes” na tentativa de atingir o Hezbollah e o Hamas no Líbano e na Faixa de Gaza. “A guerra é a prova da insanidade do ser humano. A guerra é a prova da incapacidade civilizatória do cidadão, que acha que ele pode, na explicação de que ele precisa se vingar de um ataque, fazer matança desnecessária com pessoas que não tem nem como se defender. O Brasil quer ser uma zona de paz.” (Poder360)
Fawaz A. Gerges: “Tal como os EUA aprenderam tanto no Afeganistão como no Iraque, derrotar uma insurgência ou um movimento de resistência empenhados é quase impossível. Enquanto organização paramilitar não estatal, o Hezbollah pode continuar a utilizar a guerra assimétrica em seu próprio benefício, travando uma campanha de guerrilha sustentada que impede Israel de devolver os residentes do norte em segurança às suas casas”. (New York Times)