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A milícia jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS) e seu líder Abu Mohammed al-Julani, foram os responsáveis pela derrubada do regime de Bashar al-Assad, na Síria. O grupo começou uma iniciativa rebelde em novembro, que resultou na captura de cidades chaves da Síria, num dos mais violentos avanços nos 13 anos de guerra civil do país. Mas outros grupos rebeldes também se levantaram contra o regime sírio e foi, muito provavelmente, essa sensação de que toda a Síria se voltava contra Assad, que levou à sua queda acelerada.

Quando o HTS foi fundado, sob um nome diferente, Jabhat al-Nusra, em 2011, o grupo era filiado direto da Al-Qaeda. O líder do autodenominado grupo Estado Islâmico, EI, Abu Bakr Al-Baghdadi, também esteve envolvido em sua formação. Os EUA e a ONU designam o HTS como uma organização terrorista. O líder al-Julani e seu grupo assumiram a responsabilidade por atentados mortais, prometeram atacar forças ocidentais, confiscaram propriedades de minorias religiosas e enviaram a polícia religiosa para impor vestimentas às mulheres. Al-Julani rompeu publicamente com a Al-Qaeda, dissolveu o Jabhat al-Nusra e criou uma nova organização, o HTS, uma fusão de vários outros grupos semelhantes. O fim do governo Assad não altera, por enquanto, as divisões dentro da Síria, onde diferentes grupos mantiveram vários territórios fora do controle governamental. (Estadão e BBC)