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A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,16% em janeiro após alta de 0,52% em dezembro (leia na íntegra). Segundo o IBGE, é a menor taxa para um mês de janeiro desde o Plano Real, em 1994. A taxa de 0,16% ficou em linha com mediana das projeções de 34 instituições financeiras e consultorias. Segundo o gerente do IBGE Fernando Macedo, responsável pelo índice, o resultado reflete principalmente a queda do preço da energia elétrica, que despencou 14,21% em janeiro, redução mais intensa desde fevereiro de 2013, quando cedeu 15,17%. O recuo reflete a incorporação do bônus de Itaipu, uma espécie de crédito que reflete a conta de comercialização de energia da usina. Nos 12 meses até janeiro, o IPCA teve alta de 4,56% e fechou 2024 com elevação de 4,83%, acima do teto da meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Três dos nove grupos avaliados apontaram aceleração entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025: transportes (de 0,67% para 1,30%); saúde e cuidados pessoais (de 0,38% para 0,70%) e educação (de 0,11% para 0,26%). Houve deflação de 3,08% nos preços de habitação – puxada pela queda no preço de energia – e desaceleração da alta de alimentos. No mês final de 2024, esse grupo registrou baixa de 0,56%. (Valor)