Consumo de energia é recorde em meio a PL das eólicas e risco de apagão
O calor extremo registrado em 2024 impulsionou o consumo de energia, mas um novo recorde foi atingido no dia 24 de janeiro deste ano, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O número reflete, sobretudo, o aumento no uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores. Especialistas alertam que, diante das temperaturas elevadas, o consumo deve seguir em alta, o que pode gerar episódios localizados de falta de energia, especialmente devido a gargalos na distribuição. Paralelamente, a geração distribuída, impulsionada principalmente por sistemas solares residenciais, deve crescer 50% até 2029, alcançando 49,5 GW. Mas o ONS alerta que o aumento do chamado “fluxo reverso”, quando o excedente de energia é enviado das casas para a rede elétrica, pode sobrecarregar subestações em 11 estados. Para evitar apagões, o órgão propôs a criação de um operador específico para gerenciar os recursos distribuídos e planeja R$ 7,6 bilhões em investimentos em novas linhas de transmissão. Além da pressão sobre a infraestrutura, o custo da eletricidade também pode subir nos próximos anos. Um estudo da Frente Nacional de Consumidores aponta que os “jabutis” incluídos na Lei das Eólicas Offshore, caso sejam mantidos pelo Congresso, adicionariam um custo equivalente à bandeira vermelha 2 — a mais cara, usada em crises hídricas — por 25 anos. O impacto previsto é de R$ 550 bilhões até 2050, com aumento médio de 9% nas tarifas. (CNN Brasil, Valor e Folha)