Déficit externo cresce com queda no superávit comercial, diz BC
Segundo o Banco Central, o Brasil registrou um déficit de US$ 8,7 bilhões nas transações correntes em janeiro de 2025, quase o dobro do saldo negativo de US$ 4,4 bilhões no mesmo período do ano passado. Esse resultado foi impactado pela queda no superávit comercial, que encolheu US$ 4,3 bilhões, e pelo aumento do déficit na conta de serviços, que subiu mais de US$ 1 bilhão. O superávit da balança comercial caiu para US$ 1,2 bilhão, puxado por uma redução de 5,9% nas exportações e um aumento de 12,8% nas importações. Já o déficit na conta de serviços subiu 28,9% no ano, refletindo o avanço dos gastos com transporte, telecomunicações e propriedade intelectual. Os investimentos diretos no país somaram US$ 6,5 bilhões no mês, abaixo dos US$ 9,1 bilhões de janeiro de 2024. No acumulado de 12 meses, os aportes externos representam 3,16% do PIB. Uma revisão metodológica do Banco Central também alterou os números da conta de viagens internacionais, resultando em um aumento de US$ 4,8 bilhões no déficit de 2024. A mudança realocou gastos antes registrados como depósitos no exterior, ajustando os valores para refletir melhor as despesas de turistas brasileiros no exterior. Com isso, o déficit externo nos últimos 12 meses subiu para US$ 65,4 bilhões (3,02% do PIB), acima dos US$ 24,5 bilhões (1,11% do PIB) registrados um ano antes. (Meio)