Conferência da Nvidia promete lançamento de nova geração de GPUs
A conferência GTC 2025 da Nvidia, o maior evento do ano para a empresa de tecnologia, começou neste domingo em San José, na Califórnia, e vai até sexta-feira (21) com mil sessões e 2 mil palestrantes. A expectativa é que a Nvidia anuncie a nova geração de suas Unidades de Processamento Gráfico, as GPUs, incluindo a linha Blackwell Ultra (B300), que promete mais memória (288GB) e maior desempenho, além da linha Rubin, prevista para 2026. O CEO Jensen Huang deve revelar os novos produtos na terça-feira às 18h (horário de Brasília), quando também falará sobre computação acelerada, robótica, “inteligência artificial soberana” e setor automotivo. A conferência abordará ainda os avanços da Nvidia em computação quântica, com um “dia quântico” dedicado ao tema.
O DeepSeek se tornou um fenômeno global no primeiro trimestre de 2025, gerando especulações sobre seu impacto na Nvidia. Em entrevista ao TecMundo, Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da empresa na América Latina, destacou que a IA chinesa usa GPUs da Nvidia, o que torna sua ascensão “extremamente estratégica e positiva”. Os embargos dos EUA restringiram a venda das GPUs mais avançadas para a China, obrigando empresas chinesas a utilizarem modelos de menor desempenho. Ainda assim, a Nvidia apoia o DeepSeek, fornecendo suporte técnico e ferramentas para otimização (fine-tuning). “A Nvidia oferece suporte ao DeepSeek abertamente, inclusive com opções para lapidar a IA do jeito que preferir”, afirma Aguiar.
Apesar da valorização da IA chinesa, a Nvidia sofreu uma desvalorização de R$ 3,5 trilhões no mercado financeiro, algo que Aguiar atribui à especulação de investidores. “O mercado ganha muito dinheiro com as ações oscilando, e não com ações somente crescendo.” Apesar dos desafios, como problemas de superaquecimento em GPUs Blackwell e preocupações com exportações dos EUA, a Nvidia mantém um domínio de 82% no mercado de GPUs e registrou um trimestre recorde com US$ 39,3 bilhões em receita, além de uma projeção de US$ 43 bilhões em receita para o trimestre. (TechCrunch e TecMundo)