ArtRio toma a cidade, e Massari Fest é alternativa em SP: o melhor do fim de semana
Depois de semanas com grandes eventos de arte em São Paulo, agora é a vez da maior feira carioca. A ArtRio ocupa a Marina da Glória até domingo. Em sua 15ª edição, a feira traz, além dos tradicionais estandes de galerias, alguns programas com ares mais curatoriais. O primeiro é o Solo_Duo, com projetos desenvolvidos por um ou dois artistas, com curadoria de Ademar Brito. Já o Brasil Contemporâneo reu?ne artistas cujas pra?ticas privilegiam tecnologias manuais e tem curadoria de Paula Borghi e o Jardim de Esculturas, como o próprio nome diz, traz obras de grandes dimensões, sob curadoria de Christiane Laclau. Um último destaque é o programa Mira, de videoarte, com curadoria da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Pela primeira vez, o evento conta com a participação dos restaurantes. Ingressos a R$ 90.
Uma das minhas festas preferidas, e que acho que casa perfeitamente com o clima do Rio, tem edição neste sábado na D-Edge. É a Selvagem, cujas edições carnavalescas na cidade são épicas. Neste fim de semana, além do criador Trepanado, comandam o som Bernardo Campos, Paulete Lindaselva, Leo Janeiro, Nepal, Nana Kohat, Gaspar Muniz e Juntos Com Certeza. Começa às 18h e os ingressos custam de R$ 80 a R$ 110.
No Teatro Poeira, Eduardo Moscovis leva o monólogo O Motociclista no Globo da Morte, com texto de Leonardo Netto e direção de Rodrigo Portella. O grande desafio desse monólogo é lidar com a gênese da violência, que parte de um homem pacato, que confrontado com seu antagonista, comete um ato extremo. Fica em cartaz de quinta a domingo, até 26 de outubro.
Indo para São Paulo, tem quem vá curtir a mega aglomeração do The Town, que chega ao segundo fim de semana no Autódromo de Interlagos, com shows de Backstreet Boys, Marah Carey e Kat Perry, só pra falar dos headliners desses dias mais pop. O ingresso é salgado: R$ 975 a inteira.
Mas, pra este velho frequentador de festivais que tem uma preguiça enorme do que é mega — e quase sempre mega óbvio —, o festival que me tira de casa é o Massari Fest, que rola no domingo no Fabrique Club. Celebrando o aniversário do reverendo, são apenas quatro shows, mas que são perfeitos pra um bom açoite sonoro. Começa às 17h com Retrato + Oruã, segue às 18h15 com o jazz de Bufo Borealis, às 19h3 com os meus heróis do Violeta de Outono e fecha às 20h45 com noise genial do americanos A Place to Bury Strangers. E ainda tem de quebra uma feira de editoras independentes. E o preço do ingresso é R$ 260.
O terceiro destaque em São Paulo é uma mostra de um dos meus cineastas preferidos. O russo Andrei Tarkovski tem seus filmes reunidos no Reag Belas Artes, e são longas que ganham muito na telona. Na sexta, passa Stalker (1979), no sábado, Andrei Rublev (1966) e, no domingo, O Espelho (1975).
Mais dicas do que ver em São Paulo na edição desta semana da Ladrilho Hidráulico.