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Presidente do BC tenta calar diretor ligado a Lula

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tentou impedir que o novo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, se manifestasse publicamente. Galípolo defende que já tenha passado da hora de os juros, hoje em 13,75% ao ano, caírem. Campos Neto se incomoda com a opinião distinta. Como revela Mônica Bergamo, um documento interno do BC sugere que “assuntos afetos à comunicação com os órgãos de imprensa fiquem subordinados diretamente ao presidente” e sua assessoria de imprensa. A “lei da mordaça”, no entanto, está sendo questionada — diretores do BC têm mandato, independência e autonomia garantidos por lei, o que lhes dá liberdade para falar com jornalistas. A iniciativa é vista internamente e no governo como tentativa de censura ao novo diretor e foi apelidada de “voto Galípolo”. Em nota, o BC afirmou que “não existe e jamais existirá censura ou cerceamento de qualquer espécie à livre manifestação dos dirigentes”. (Folha)

Alvaro Gribel: “A interlocutores, Galípolo tem dito que não há razão para que diretores do banco tenham de se submeter à assessoria de comunicação do órgão, ligada à presidência. A referência que ele tem citado é o BC americano, o Fed, que é composto por vários presidentes regionais, e todos têm autonomia para se expressar, independentemente do que pensa Jerome Powell, que comanda a instituição.” (Globo)

Meio em vídeo. No Conversas Com o Meio, o economista André Perfeito avalia as ações do governo Lula para que o Banco Central inicia a redução da Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Mas ainda há muito a ser feito. A etapa mais desafiadora da reforma tributária, por exemplo, ainda está por vir. O Brasil vai ter maturidade para taxar os mais ricos e desonerar os mais pobres, mantendo o nível da arrecadação? Assista. (YouTube)

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Discurso de improviso é sempre um risco. Numa parada para reabastecimento do avião presidencial em Cabo Verde, o presidente Lula visitou seu colega José Maria Neves e agradeceu à África por “tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”. Segundo ele, uma forma de retribuir ao continente pode ser por meio de transferência tecnológica e ajuda com capacitação de profissionais. Para o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, Lula se expressou mal, mas não errou. “Penso que ele tentou traduzir que, em tudo o que nosso Brasil tem de destacado, de constituinte, é necessário obrigatoriamente o que veio da África, com os africanos”, avaliou. (Folha e UOL)

Sem margem para interpretações foi a fala de Lula sobre Gabriel Boric. Para o brasileiro, o presidente do Chile foi “sequioso” e “apressado” ao criticar a falta de uma posição mais firme contra a invasão da Ucrânia pela Rússia no documento final da cúpula UE-Celac em Bruxelas, atribuindo a opinião do colega à falta de experiência em reuniões internacionais. Boric respondeu ter “respeito infinito e muito carinho” por Lula, mas reiterou sua posição. “Creio que temos que ser muito claros em dizer que estamos em uma guerra de agressão inaceitável”, afirmou. (Globo)

Enquanto isso... Lula vem fazendo um jogo de “morde e assopra” com a Venezuela. Ao mesmo tempo em que posa para fotos com Nicolás Maduro, encabeça um movimento por “eleições justas” que permitam o fim das sanções ao país vizinho. Por um lado, há a preocupação com a própria imagem, tisnada pelo apoio ao regime de Caracas, por outro, a expectativa do pagamento de uma dívida de R$ 6 bilhões que a Venezuela tem com o Brasil. (UOL)

Meio em vídeo. Pela primeira vez, o presidente Lula cavou um espaço para marcar um golaço no cenário internacional. Ser o principal mediador que garanta a realização de eleições limpas na Venezuela. Se sair e Lula estiver envolvido, seu nome, e com ele o do Brasil, muda de estatura no mundo. Confira a opinião de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

O pedido de busca e apreensão da Polícia Federal em endereços do trio acusado de agredir o ministro do Supremo Alexandre de Moraes e seu filho no aeroporto de Roma faz menção a “possível relação” com as investigações de atos antidemocráticos, conta Sarah Teófilo. O delegado que fez a solicitação, Hiroshi Sakaki, integra a equipe que trabalha com Moraes nos inquéritos que estão sob a relatoria do ministro. A operação dividiu opiniões. Foi considerada exagerada por alguns e há quem veja com preocupação o avanço dos “superpoderes” de Moraes. No Twitter, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu a ação da PF: “A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados. Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos”. (Metrópoles)

Há divergências nos relatos dos três suspeitos de agressão e no de Moraes. Mas, segundo Lauro Jardim, já se sabe que as imagens do aeroporto mostrarão que Roberto Mantovani Filho deu um tapa em Alexandre Barci de Moraes, filho do ministro. “Um integrante da PF que conhece o teor do material gravado no aeroporto diz que as cenas capturadas pelo circuito interno de câmeras ‘confirmam a versão do ministro’, que vem sendo contestada pela família Mantovani.” (Globo)

Já a defesa da família entregou à PF um vídeo de Moraes no aeroporto da capital italiana que mostraria o magistrado dizendo que haveria consequências para o grupo ao chegar ao Brasil. Ao ser questionado se estaria ameaçando o trio, o ministro teria chamado o empresário Mantovani de “bandido”, segundo o advogado Ralph Tórtima Filho. (Estadão)

Um grupo de parlamentares da oposição protocolou ontem, na Secretaria-Geral da Mesa do Senado, pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se de uma reação à recente fala do ministro em evento da União Nacional dos Estudantes. “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse Barroso na ocasião, esclarecendo posteriormente que se referia ao “voto popular” e não “à atuação de qualquer instituição”. Entre os 14 senadores e 63 deputados federais que assinaram o documento de 93 páginas estão os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS). (CNN Brasil)

Viver

headset é compatível com mais de 500 jogos e aplicativos, além de outras aplicações de realidade virtual e realidade mista, que serão lançados em breve. O produto chega ao mercado a partir de 10 de outubro por US$ 499 – não há previsão de lançamento no Brasil. E a big tech deixa o metaverso para investir mais em inteligência artificial, ao anunciar o Meta AI, que funciona como uma espécie de ChatGPT e será integrado a WhatsApp, Instagram e Messenger. O recurso terá outros 28 assistentes inteligentes com diferentes personas para ajudar os usuários em situações específicas. Uma nova versão dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta também foi lançada com melhorias em áudio e câmera. (TechTudo)">

Qual a diferença entre um deputado cego e um cego deputado? Saiba a resposta em Sempre uma Escolha, livro de Felipe Rigoni, onde ele conta sua trajetória política, da inusitada proposta de uma candidatura (vitoriosa) como summer project em uma universidade inglesa aos bastidores de sua atuação no Congresso. Primeiro deputado federal cego do Brasil, Rigoni mistura momentos empolgantes de sua história de superação com a defesa, na prática, de conceitos liberais sobre educação, saúde, meio ambiente e economia. Saiba como essas ideias podem mudar o país lendo Sempre uma Escolha.

A Anvisa publicou ontem uma nota técnica proibindo novas importações de cannabis in natura, flores ou partes da erva para fins medicinais. Um dos motivos apontados é o desvio para fins recreativos e ilícitos. A partir de hoje, o órgão regulador não concederá mais permissões para compra no exterior e, nos próximos 60 dias, deve concluir as importações e autorizações que já estavam em andamento. Desde que a Anvisa regulamentou a importação de produtos à base de cannabis medicinal, em 2015, o número de autorizações para compra não parou de aumentar. Foram 80.258 só em 2022, quase o dobro das 40.165 do ano anterior. (Folha)

Uma nova versão da Constituição Federal foi lançada ontem no idioma nheengatu. É a primeira vez que a Carta Magna é traduzida para uma língua indígena. O texto foi escrito por um grupo de 15 nativos bilíngues do Alto Rio Negro e Médio Tapajós, e apresentado em São Gabriel da Cachoeira (AM). O idioma foi escolhido devido à sua importância para a região amazônica e por ser considerada a única língua viva do tronco tupi-guarani. Participaram do lançamento a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a presidente da Funai, Joenia Wapichana, e a presidente do STF, ministra Rosa Weber. (Agência Brasil)

Panelinha no Meio. Massa à bolonhesa é tudo de bom, mas esse molho é mais versátil, dando alma a arroz, polenta, purê ou mesmo pão. E a receita autêntica é muito mais rica e saborosa que simplesmente carne moída e massa de tomate.

Cultura

Em que pese ser um crime, falsificar uma obra de arte, especialmente renascentista, requer talento. Em homenagem a esses gênios da vida torta, o Museu do Prado, em Madri, inaugurou a exposição Nos limites da criatividade: cópias, versões, pastiches e falsificações, reunindo obras fajutas produzidas entre os séculos 15 e 20. Era comum que nobres mandassem fazer cópias de quadros e esculturas cujos originais seriam presenteados ou aceitar reproduções. Da mesma forma, copiar grandes mestres era tarefa regular nas academias e escolas de pintura, daí a grande quantidade dessas falsificações. (Globo)

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Um banho de tecnologia para melhorar a qualidade, mas sem acrescentar qualquer coisa que macule a essência do original. Essa é uma boa definição para a versão remixada de Cinema Mudo (Spotify da versão original), álbum de estreia dos Paralamas do Sucesso, que chega ao mercado este ano em comemoração ao 40º aniversário de seu lançamento. Segundo o baterista João Barone, o trabalho do remix é “colocar tudo no lugar com um pouco mais de recursos técnicos”. “A gente não quer descaracterizar o som, e sim melhorar o som. E o resultado foi esse”, diz Barone. (Folha)

Conquanto para públicos talvez distintos, dois dos mais esperados filmes do ano estreiam hoje nos cinemas. Dirigido por Christopher Nolan, Oppenheimer (trailer) conta a história da criação da bomba atômica pelos olhos do cientista que comandou o projeto. Cillian Murphy e Emily Blunt lideram o elenco. No outro canto do ringue, com todos os tons de rosa possíveis, Margot Robbie estrela Barbie (trailer), que ri com e da lendária boneca. Ryan Gosling faz um improvável e elogiado Ken. Para fugir dos blockbusters, a opção é o português Fogo-Fátuo (trailer), inusitada comédia musical futurista LGBTQIA+ (sim, isso tudo ao mesmo tempo).

Confira a programação completa dos cinemas em sua cidade. (AdoroCinema)

Cotidiano Digital

O WhatsApp passou por uma instabilidade global na tarde de ontem. Por volta das 17h, usuários não conseguiam enviar mensagens tanto na versão web quanto no app. O mensageiro voltou a funcionar cerca de meia hora depois. A Meta, empresa dona do aplicativo, disse que resolveu o problema, mas não explicou o que teria causado a falha. Usuários do Instagram também relataram dificuldades para acessar a rede social na manhã de ontem. Segundo as queixas, o problema afetou usuários do Brasil e de outros países, como Estados Unidos, Espanha, França, Itália e Colômbia. (g1)

Depois de lançar um novo plano de assinatura com anúncios em vários países, incluindo o Brasil, a Netflix decidiu acabar com o plano básico nos Estados Unidos e no Reino Unido. Nos dois países, o plano padrão com anúncios começou a ser vendido no fim de junho — nos EUA, o serviço fica por US$ 6,99 e, no Reino Unido, o pacote sai por £ 4,99. A empresa afirmou que os assinantes que já possuem o plano básico vão continuar aptos a utilizá-lo. Para novos clientes, porém, a opção já não pode ser escolhida. Com isso, o plano mais barato sem anúncios nos dois países fica em torno de US$ 15,49, nos EUA, e £ 10,99, no Reino Unido, um aumento de mais de 50%. (Estadão)

E a repressão no compartilhamento de senhas e aumento no nível de publicidade trouxeram bons frutos à Netflix. O lucro da empresa cresceu 3,3% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Já a receita foi de US$ 8,2 bilhões, um aumento de 3% em relação aos US$ 7,97 bilhões do mesmo período do ano anterior. A expectativa era de US$ 8,3 bilhões. Em três meses, a gigante do streaming adicionou 5,9 milhões de clientes, atingindo a marca de 238,3 milhões de assinantes. (Poder360)

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