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Zanin nega ‘atuação pessoal’ que possa afetar julgamento de Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin disse não estar impedido de julgar Jair Bolsonaro (PL) sobre a trama golpista, que será apreciada pela Primeira Turma da Corte. E afirmou que não há “qualquer sentimento negativo” que possa afetar sua atuação no caso. “Não vislumbro atuação pessoal minha que envolva a hipotética participação do ex-presidente da República nas imputações contidas na denúncia”, disse. O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, pediu a Zanin e Flávio Dino que se manifestassem em relação ao pedido feito pela defesa de Bolsonaro, que alega que eles não estariam aptos a julgar o caso. Os advogados do ex-presidente destacam que Zanin já se recusou a julgar Bolsonaro anteriormente, em um processo sobre as eleições de 2022. Zanin era advogado do presidente Lula durante o pleito presidencial e, por isso, segundo a defesa de Bolsonaro, existiria conflito de interesse nessa avaliação específica. “Naquela oportunidade atuei fundamentalmente em questões eleitorais que tramitaram perante o Tribunal Superior Eleitoral. Naturalmente, a atuação também abarcou impugnações relacionadas às diversas candidaturas suportadas por outras federações de partidos políticos, inclusive aquela envolvendo o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, lembrou Zanin. “Diante do exposto, respeitosamente, não compreendo existir hipótese que possa configurar o meu impedimento para participar do julgamento.” No caso de Dino, o pedido de impedimento foi feito porque, quando governador do Maranhão, em 2021, o atual ministro protocolou uma queixa-crime contra Bolsonaro. Na última segunda-feira, Dino também disse não ter “desconforto, nenhum incômodo, nada desse tipo” para avaliar o caso. (CNN Brasil)

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