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Quaest mostra empate entre Lula e Tarcísio em eventual segundo turno

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A maré não anda boa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Levantamento divulgado há pouco pela Genial/Quaest mostra que, caso o segundo turno das eleições presidenciais de 2026 acontecesse hoje, ele estaria em empate técnico com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 41% a 40% das intenções de voto. Lula teria um pouquinho mais de folga se o adversário fosse o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 40% a 38%; ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 43% 39% — em todos esses casos a diferença está dentro da margem de erro. A maioria dos entrevistados, 66%, considera que o presidente não deveria concorrer à reeleição. Em março, esse número estava em 62%. “Pela primeira vez a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. O eleitor passou a conhecer melhor nomes como Tarcísio, Ratinho e [Romeu] Zema, e começa a tê-los como opção na eleição presidencial”, avalia o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest. (Meio)

Não foi a única má notícia. Após mais de uma semana de crise irresoluta com o Congresso em torno do aumento do IOF, outra pesquisa da Genial/Quaest, divulgada ontem, mostra que 57% dos brasileiros desaprovam o terceiro mandato de Lula na Presidência da República. O levantamento aponta que o índice de rejeição ao governo no Sudeste — onde está quase metade do eleitorado brasileiro — é o maior do país: 66%. Entre os evangélicos, a reprovação chega a 64%. (Globo)

A pesquisa, que ouviu mais de 2 mil brasileiros em 120 municípios, também mostrou que a popularidade do presidente segue em baixa, com 43% dos eleitores afirmando ter uma visão negativa da gestão. Outros 28% disseram que o governo tem uma atuação regular, e apenas 26% afirmaram ver positivamente a maneira como o país está sendo conduzido. De acordo com a pesquisa, 3% dos ouvidos disseram não ter opinião ou preferiram não responder. (UOL)

O levantamento também trouxe algumas boas notícias para o Planalto. Houve uma melhora na percepção da condução econômica em relação ao último levantamento. Para Felipe Nunes, a repercussão do escândalo do INSS foi o principal responsável pelo alto índice de rejeição ao governo. (Metrópoles)

O resultado acendeu o sinal de alerta no governo. Fontes do Palácio do Planalto disseram que a estratégia, a partir de agora, será evitar que novas crises impactem o governo. O foco estará em uma agenda positiva, com entregas que impactem diretamente a vida da população. (g1)

Daniel Rittner: “A análise de petistas próximos ao presidente é de que Lula desistirá da reeleição caso sua popularidade esteja abaixo de 40%. Para eles, seria um ‘risco à biografia’ uma derrota eleitoral.” (CNN Brasil)

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O ministro do STF, Alexandre de Moraes, decretou a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP) após pedido da Procuradoria-Geral da República. Zambelli deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo por invadir os sistemas do CNJ. Na decisão, Moraes também determinou o bloqueio de bens, o confisco dos passaportes brasileiros de Zambelli, a suspensão do pagamento de salários e o bloqueio dos perfis da deputada nas redes sociais. (g1)

A fuga de Zambelli também repercute na Itália, país onde ela pretende se firmar por ter cidadania. O deputado Angelo Bonelli, do partido Verde, cobrou a extradição da deputada brasileira assim que ela chegar ao país. Bonelli afirmou que exigiu que o governo italiano colabore com o STF e a Interpol. (CNN Brasil)

Carla Zambelli, que disse ser intocável pelo STF quando estiver na Itália, se manifestou por meio de nota. Disse que a decretação de sua prisão é “ilegal, inconstitucional e autoritária”. (Estadão)

O Supremo retomou o julgamento que vai definir como empresas de tecnologia e plataformas digitais serão responsabilizadas por conteúdos ofensivos publicados por seus usuários. O julgamento está paralisado desde dezembro, quando o ministro André Mendonça pediu mais tempo para analisar o caso. Ainda faltam os votos de sete ministros. (g1)

Na volta do julgamento, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que definir responsabilidades nas redes sociais não configura “censura” nem “invasão” à competência de outros Poderes. (Globo)

A Marinha expulsou o suboficial da reserva Marco Antônio Braga, condenado pelo STF pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2022 em Brasília. Ele é o primeiro militar condenado no processo sobre os atos golpistas a ser excluído das Forças Armadas. (Folha)

O presidente Donald Trump assinou na noite desta quarta-feira um decreto proibindo generalizadamente a entrada nos Estados Unidos de pessoas oriundas de 12 países e impondo restrições a outros sete, quase todos da África, Ásia e Oriente Médio. Nas Américas, Haiti teve banimento total, enquanto Cuba e Venezuela terão regras mais rígidas. Trump, que havia adotado medidas semelhantes em seu primeiro mandato, alegou razões de segurança, afirmando que esses países têm políticas frouxas de verificação de identidades, alto índice de permanência ilegal nos EUA e não compartilhamento de informações. A decisão não atinge quem já tem visto e vive legalmente no país. (CNN)

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que vai responder aos ataques com drones que a Ucrânia realizou no fim de semana. Putin fez a ameaça em uma ligação telefônica com Donald Trump. O presidente americano disse que passou 75 minutos conversando com Putin. “Foi uma boa conversa, mas não foi uma conversa que levará ao fim imediato da guerra.” Analistas que acompanham o confronto viram o anúncio de retaliação de Putin como um sinal de que haverá uma escalada de violência. (CNN)

Enquanto o mundo aguarda apreensivo a resposta russa, um novo estudo sobre o número de vítimas desta guerra, divulgado ontem, estima que cerca de 1,4 milhão de soldados foram mortos ou feridos desde o início do confronto. O Centro Internacional de Estudos Estratégicos, diz que pelo menos 1 milhão de russos já pereceram ou foram feridos em combate. A Ucrânia contabilizaria 400 mil homens mortos ou feridos. (New York Times)

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Viver

Morreu nesta quarta-feira, a arqueóloga Niède Guidon, aos 92 anos, em São Raimundo Nonato (PI). Ferrenha defensora da Serra da Capivara, no Piauí, foi responsável pelas escavações no Parque Nacional que comprovaram e mudaram o entendimento sobre a presença humana nas Américas. Além de fundar o Museu do Homem Americano, foi responsável por transformar a região onde morreu em um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo. Nascida em Jaú, no interior paulista, formou-se em história pela USP, fazendo doutorado em pré-história pela Universidade de Paris. Foi membro titular da Academia Brasileira de Ciências, tendo ainda recebido a Ordem Nacional do Mérito Científico. (Globo)

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O presidente Lula anunciou o investimento de R$ 825,7 milhões ao Ibama para combater o desmatamento ilegal na Amazônia. O projeto foi revelado no Palácio do Planalto, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do Ibama, Rodrigo Agostinho. Com prazo de 60 meses para execução, o projeto deve ampliar a presença do Estado na Amazônia Legal. Entre as novidades, a iniciativa deve incluir a instalação de um centro de treinamento, bases móveis de fiscalização, depósitos para bens apreendidos e novos sistemas digitais para monitoramento ambiental. (g1)

Um estudo realizado pelo Dieese aponta que cerca de 3,8 milhões de brasileiros estão em postos de trabalhos que contribuem para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Esses “empregos verdes” têm sido impulsionados por acordos climáticos entre os países e pela maior conscientização da população sobre os desafios socioambientais. A ONU estima que 18 milhões desses empregos serão criados em todo o planeta até 2030. Quase metade deles, cerca de 7,1 milhões, estarão no Brasil em áreas como energia e economia circular. (UOL)

O Brasil bateu recorde de transplantes em 2024 com 30,3 mil doações de órgãos, segundo dados do Ministério da Saúde. O número superou a marca do ano anterior, quando 28,7 mil procedimentos foram realizados. A córnea foi o órgão mais doado, com 17.107 transplantes, seguida por rim (6.320), medula óssea (3.743) e fígado (2.454). O país ainda tem uma fila de 70,8 mil pessoas aguardando por um órgão. (Globo)

Panelinha no Meio. São João está dormindo, mas acorda rapidinho para saborear esta batata-doce em calda com merengue. Anarriê!

Cultura

Ana de Armas dá margem a todos os trocadilhos infames ao viver uma vingativa assassina de aluguel em Bailarina, ambientado no universo do personagem John Wick, de Keanu Reeves. A estrela cubana, que já encarou ação ao lado de James Bond, não economiza tiros, pancadas e bombas. Mas as estreias de hoje incluem um cardápio variado, como uma história de amor nas alturas do Cáucaso e uma dobradinha (involuntária) surrealista formada por uma comédia sobre Salvador Dalí e uma ficção científica chinesa em que o planeta Terra é inteiro impulsionado por foguetes (sim, você leu certo). Confira todas as estreias e veja os trailers no site do Meio.

Meio em vídeo. A sentença de prisão para o humorista Leo Lins por conta de uma série de piadas de fato ofensivas e as acusações de apologia ao crime por parte de funkeiros mostram que estamos vivendo um tempo de ímpeto censor. Na direita, na esquerda, todo mundo está muito convencido de que é preciso calar o outro. Não funciona, afirma Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

A causa dos direitos LGBTQIA+ perdeu um de seus mais criativos e ardorosos militantes com a morte, anunciada nesta quarta-feira, do escritor americano Edmund White, aos 85 anos. Romancista, ensaísta, biógrafo, dramaturgo e, claro, ativista, esteve presente no levante de Stonewall, em 1969, considerado o nascimento do movimento gay. Essa e muitas outras experiências foram matéria-prima para livros como A Boy’s Own Story e o autobiográfico The Loves of My Life. A causa da morte não foi divulgada. (AP)

Cotidiano Digital

A Amazon começou a testar um software de inteligência artificial voltado para androides com potencial de substituir entregadores no futuro. Segundo informações, a empresa construiu um “parque humanoide”, uma espécie de pista de obstáculos indoor, em um de seus escritórios em São Francisco, onde os robôs serão colocados à prova. A big tech desenvolve o software, mas por ora usará hardware de outras empresas. Em anúncios nesta quarta, a Amazon destacou como robôs e IA devem acelerar ainda mais suas operações logísticas, do estoque até a entrega final. (The Information e Reuters)

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderá, em breve, ser corrigido por inteligência artificial. Hoje, apenas as questões objetivas são corrigidas por máquinas. Segundo Santana, não há mais volta na adoção dessas tecnologias no setor, e a ideia é que a ferramenta também auxilie no estudo dos alunos. O MEC lançará ainda este ano um aplicativo com IA para tirar dúvidas e corrigir exercícios. (Estadão)

No meio do caminho tinha um Trump. O plano da Apple de lançar seus serviços de inteligência artificial na China, em parceria com o Alibaba, esbarrou em obstáculos regulatórios após o órgão cibernético de Pequim travar o processo de aprovação, em meio à crescente tensão comercial entre EUA e China. As empresas aguardam aval da Administração do Ciberespaço da China (CAC), que passou a revisar com mais cautela acordos ligados a companhias americanas, especialmente em áreas sensíveis como a IA generativa. A demora ocorre em meio à pressão de Donald Trump para que Apple e Samsung repatriem fábricas. Com isso, a big tech perde espaço para rivais locais como Huawei e Xiaomi, enquanto tenta manter competitividade no maior mercado de smartphones do mundo. (Financial Times)

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