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O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo morreu neste sábado, aos 88 anos, em Porto Alegre. Ele estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento com pneumonia e enfrentava há anos complicações de saúde, como Parkinson, problemas cardíacos e as sequelas de um AVC sofrido em 2021. Nos últimos tempos, já com dificuldades de fala, balbuciava apenas algumas palavras em inglês, segundo a esposa, Lúcia Verissimo, com quem foi casado por 61 anos. Autor de mais de 70 livros e 5,6 milhões de exemplares vendidos, Verissimo criou personagens icônicos como Ed Mort e o Analista de Bagé, participou da criação de programas como TV Pirata e Comédias da Vida Privada e teve presença constante na imprensa. (BBC)

Ainda no sábado, o corpo de Verissimo foi velado no Salão Júlio de Castilhos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, onde leitores, amigos e familiares começaram a chegar por volta das 11h30 para a despedida. O velório foi aberto ao público e se estendeu até o fim da tarde. Às 18h, o corpo foi sepultado no Cemitério São Miguel e Almas, em cerimônia restrita. (g1)

E o presidente Lula decretou luto oficial de três dias em todo o país. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União no sábado. Em mensagem nas redes sociais, Lula classificou o escritor como “um dos maiores nomes de nossa literatura e do nosso jornalismo”. Destacou que ele era “dono de múltiplos talentos” e que “cultivou inúmeros leitores em todo o Brasil com suas crônicas, contos, quadrinhos e romances”. Lembrou também que sua “descrição bem-humorada da sociedade ganhou espaço nas livrarias e na TV, com a Comédia da Vida Privada” e que, “como poucos, soube usar a ironia para denunciar a ditadura e o autoritarismo; e defender a democracia”. (CNN Brasil)