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Vencedor da Palma de Ouro chega aos cinemas do Brasil

Até uma noiva acaba envolvida na trama de vingança de “Foi Apenas um Acidente”. Foto: Divulgação

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Não é simples definir Foi Apenas um Acidente, vencedor da Palma de Ouro em Cannes e principal estreia desta quinta-feira. Perseguido e preso pela ditadura teocrática do Irã — o longa, aliás, foi rodado clandestinamente —, o cineasta Jafar Panahi nos entrega uma obra que traz comédia, drama, suspense e um convite à reflexão sobre os nossos limites éticos. O atropelamento de um cão numa estrada faz que uma família pare na oficina mecânica de Vahid, um homem que, no passado, foi torturado por atividades contra a tirania dos aiatolás. Para seu choque, a perna mecânica de Eghbal, o motorista, faz o mesmo som da prótese de seu antigo torturador. Vahid o sequestra a pretende matá-lo, mas fica em dúvida sobre a identidade de seu prisioneiro e consulta outras pessoas que passaram pelas mãos do “perna de pau” nos porões da ditadura — incluindo uma noiva que passa o filme inteiro com seu vestido de casamento. Todos querem vingança, mas nenhum tem certeza e coragem para cruzar a linha sem volta de um assassinato.

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Livremente inspirado na vida da escritora modernista Maria de Lourdes Castro Pontes (1900-1919), Cyclone, de Flávia Castro, retrata Dayse, uma mulher que trabalha em uma gráfica ao mesmo tempo em que tenta a carreira de dramaturga. Ela mantém um romance proibido e uma parceria profissional com o autor e diretor Heitor Gamba, mas é ele que fica com o crédito pelas ideias artísticas da jovem, que precisa enfrentar todas as barreira e preconceitos de uma sociedade profundamente machista. Quando sua grande chance, uma bolsa em Paris, aparece, uma gravidez indesejada pode colocar tudo a perder. Na vida real, Maria de Lourdes, a “Miss Cyclone”, teve um romance com Mário de Andrade e morreu aos 19 anos, em decorrência de um aborto clandestino.

O que acontece quando toda a sua vida é definida pela presença de um gêmeo idêntico e, de repente, ele não está mais ali? Essa é a premissa de Twinless – Um Gêmeo a Menos, dirigido por James Sweeney (II). Após a morte do irmão, Roman (Dylan O’Brien) passa a frequentar um grupo de apoio para pessoas na mesma situação. Lá ele conhece Dennis (James Sweeney), e os dois se tornam amigos muito próximos, visivelmente buscando ocupar os espaços deixados em suas vidas. Até Roman conhecer uma colega de trabalho de Dennis e começa a desconfiar que há algo mal contado na vida do amigo.

Detonado pela crítica, Soldado de Chumbo, de Brad Furman, busca dar sentido político-religioso a suas explosões e tiros. Leon “Bokushi” Prudhomme (Jamie Foxx) é o líder carismático de um culto religioso cujo programa de “acolhimento” de soltados veteranos é fachada para a formação de um exército particular e está atraindo a atenção do FBI. O problema é que o tal programa começou sob o patrocínio de uma agência secreta governamental comandada por Emmanuel Ashburn (Robert De Niro), que não quer seu envolvimento exposto. Ashburn convoca então o veterano Nash (Scott Eastwood), que já escapou do culto uma vez, para se infiltrar com um grupo. Mas ele tem seu próprio objetivo; resgatar a esposa.

A sentença “até que a morte os separe” vira letra morta (com trocadilho) na comédia Eternidade, de David Freyne. Joan e Larry são um casal muito idoso que morre com um pequeno intervalo de tempo. Como ninguém precisa ser enrugado no além-túmulo, eles chegam ao outro lado interpretados por Elisabeth Olsen e Miles Teller. Lá são informados que todas as almas têm de escolher com quem querem passar a eternidade. O que poderia ser uma decisão simples se complica quando Joan descobre que Luke (Callum Turner), seu nunca esquecido primeiro marido, está esperando por ela desde que morreu na guerra 60 anos antes. Como poliamor ainda não é aceito no Céu, ela terá uma semana para escolher entre eles, e cada um vai fazer de tudo para ser o felizardo.

Continuação do sucesso de 2023, por sua vez inspirado em um videogame, Five Nights At Freddy’s 2 se passa um ano depois dos acontecimentos trágicos na pizzaria assombrada e seus animatrônicos do mal. A policial Vanessa e o vigia Mike escondem da irmãzinha deste o que realmente se passou, o que não impede que a menina seja atraída para o local, hoje foco de todas as lendas urbanas das redondezas. Ao reanimar os robôs malignos, ela desperta uma força que pode destruir toda a cidadezinha. Diverte, mas ainda funciona melhor num console ou num PC.

E falando em continuações, D.P.A. 4 – O Fantástico Reino de Ondion, de Mauro Lima, leva os intrépidos Detetives do Prédio Azul para um mundo habitado por duendes e outros seres mágicos. Após a chegada de um misterioso novo morador, Max desaparece. Mel e Zeca vão procurá-lo, descobrindo, no apartamento 333 (meio besta, mas tudo bem), um portal para o reino do título. Lá, terão de impedir os vilões Jux e Rumorum de se apossarem de uma relíquia que permite realizar sonhos. Exclusivo para o público infantil, mas mostra como o cinema brasileiro está avançando no CGI.

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)

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