News do Meio

500 servidores da Receita entregam cargos

Já são quinhentos os servidores da Receita que entregaram seus cargos em todo o país, de acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil. Na carta de exoneração, os delegados argumentam que o órgão teve seu orçamento reduzido em mais da metade só na parte de tecnologia. Os cortes afetam também a administração das unidades e põem em risco até contas de água e energia. Este mesmo corte que afeta o núcleo de arrecadação do governo federal se equivale, em valor, ao aumento salarial garantido à Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional. Cobrado, o Ministério da Economia explicou que o aumento se deve a uma “decisão do presidente da República”. (g1)

Congresso corta no Social em benefício próprio

O Congresso aprovou na noite de ontem o Orçamento da União para 2022 recheado de pontos polêmicos. As emendas do relator, que, por não identificarem os parlamentares beneficiados, ficaram conhecidas como “orçamento secreto” e chegaram a ser barradas pelo STF, vão contar com R$ 16,5 bilhões sem que as regras para maior transparência estejam claras. A fim de abrir espaço para esses recursos, os parlamentares cortaram verbas com pessoal, previdência e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a deficientes e idosos de baixa renda. O fundo eleitoral, motivo de desavença e até um veto do presidente Jair Bolsonaro (PL), ficou em R$ 4,9 bilhões – nas eleições gerais de 2018, o valor havia sido de R$ 1,7 bilhão. O salário-mínimo passa de R$ 1.100 para R$ 1.212, para compensar disparada na inflação. Os parlamentares destinaram R$ 1,7 bilhão para aumento de servidores, mas beneficiando somente três áreas: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional, todos grupos de interesse de Bolsonaro. A previsão de rombo nas contas do governo em 2022 saltou de R$ 49,6 bilhões para R$ 79,3 bilhões. O Orçamento de 2022 foi aprovado por 358 votos a 97 na Câmara e 51 a 20 no Senado. (g1)

Governo resiste à vacinação de crianças

A resistência do governo Bolsonaro à vacinação de crianças contra a Covid-19 provocou uma crise na Câmara Técnica Assessora de Imunização (CTAI) Covid-19, como revela Malu Gaspar. Na última sexta-feira, quando o grupo se reuniu para avaliar liberação pela Anvisa da imunização na faixa dos cinco aos 11 anos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pressionou os técnicos a adiarem qualquer decisão até que fosse ouvido um grupo de médicos contrários à vacinação e defensores de tratamentos ineficazes. Os integrantes da CTAI ameaçaram entregar os cargos e aprovaram por unanimidade a recomendação da Anvisa, reforçando a posição com uma nota no dia seguinte. (Globo)

Boric eleito, a extrema-direita não levou o Chile

Gabriel Boric, de 35 anos, será o próximo presidente do Chile. O ex-líder estudantil e deputado de centro-esquerda venceu ontem o segundo turno das eleições presidenciais, obtendo 55,87% dos votos, contra 44,13% do ex-deputado de extrema-direita José Antonio Kast. Além de ser o presidente mais jovem da história do país, Boric é também o mais votado: 4.620.671 votos, um recorde histórico no Chile, onde o comparecimento às urnas não é obrigatório. (g1)

Bolsonaro ameaça técnicos da Anvisa por vacina infantil

O presidente Jair Bolsonaro quer expor publicamente o nome dos técnicos da Anvisa responsáveis por liberar a versão pediátrica da vacina da Pfizer para crianças de cinco a 11 anos. “Queremos divulgar o nome dessas pessoas”, ameaçou durante sua live semanal. A direção da Anvisa já foi alvo de ameaças, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal. A Anvisa liberou ontem a vacina infantil, mas ainda não há data para o início da imunização. As crianças dependem agora de o Ministério da Saúde adquirir doses, as ampolas infantis são diferentes, para inclusão no Programa Nacional de Imunização contra a Covid. (Metrópoles)

Acusada de politizar, PF faz operação contra Ciro

A Polícia Federal fez ontem uma de suas mais polêmicas operações dos últimos tempos, ao cumprir mandados de busca e apreensão contra o pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, e seus irmãos, o senador Cid Gomes (PDT-CE) e Lúcio Gomes. Os três são suspeitos, em inquérito aberto em 2017, de receber propina de R$ 11 milhões para beneficiar uma empreiteira na construção da Arena Castelão. Na época, Cid governava o Ceará. Ciro reagiu, negando as acusações e atribuindo a ação ao presidente Jair Bolsonaro (PL). “O braço do estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim”, disse ele no Twitter. (UOL)

Ipec, ex-Ibope: Lula venceria no 1º turno

O ex-presidente Lula (PT) venceria a eleição para o Planalto ainda no primeiro turno, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Ipec, instituto formado por ex-executivos do Ibope. Nos dois cenários analisados, o ex-presidente tem intenções de votos acima da soma de seus adversários, o que indica vitória em sem necessidade de segundo turno. Com mais candidatos, Lula tem 48%, seguido de Bolsonaro com 21%, Sérgio Moro (Podemos) com 6%, Ciro Gomes (PDT) com 5%, João Doria (PSDB) e André Janones (Avante) com 2% e Simone Tebet (MDB) e Cabo Daciolo (PMB) com 1%. Com a lista restrita, Lula tem 49%; Bolsonaro, 22%; Moro, 8%; Ciro, 5%; e Doria, 2%.  Não houve simulações de segundo turno. Uma boa notícia para o ex-juiz da Lava-Jato é que o Ipec registrou uma baixa rejeição a Moro (18%), abaixo de Bolsonaro (55%), Lula (28%) e Doria (23%). (g1)

Governo recorre contra passaporte de vacina

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou na noite de ontem com um recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a liminar concedida no sábado pelo ministro Luís Roberto Barroso exigindo comprovante de vacinação contra a covid-19 de todas as pessoas que chegam ao Brasil. O presidente Jair Bolsonaro, que se gaba de jamais ter tomado a vacina, é radicalmente contra a medida. No recurso, o advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal, aponta “erros técnicos” na decisão do ministro e defende “necessidade de proteger o direito à cidadania de brasileiros e de estrangeiros residentes no Brasil que pretendam regressar do exterior”. Ele quer, basicamente, que o STF aceite a quarentena ou um certificado de que a pessoa se recuperou da covid-19 há pelo menos 11 dias. (Metrópoles)

Passaporte da vacina será exigido para entrada no Brasil

O governo edita esta semana, talvez ainda nesta segunda-feira, uma portaria tornando obrigatória a apresentação do passaporte da vacina para entrada no Brasil. A decisão foi tomada no domingo em uma reunião interministerial convocada às pressas para correr atrás daquilo sobre o qual o Planalto não tinha mais controle. No sábado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, baixou uma liminar exigindo o passaporte. A medida já está em vigor desde então. (Metrópoles)

Ataque hacker impede acesso a comprovantes de vacinação

O site do Ministério da Saúde e o portal ConecteSUS estão fora do ar desde a madrugada de hoje devido a um ataque de ransomware, crime virtual no qual hackers roubam ou bloqueiam dados de uma página e cobram resgate para liberá-los. Antes de serem derrubadas, as páginas exibiam uma mensagem dos criminosos dizendo que “50 TB de dados foram copiados e excluídos” e apresentando um contato no Telegram para o resgate. O ataque também afeta o aplicativo do ConecteSus, impedindo que o usuário acesse seu comprovante de vacinação contra covid-19, caso ele não esteja salvo em um arquivo no celular ou computador ou tenha sido impresso. O ministério ainda não se posicionou sobre o ataque. (g1)