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Sem provas, Lula diz que plano do PCC seria ‘armação de Moro’

A politização da operação da Polícia Federal contra a facção criminosa PCC subiu de patamar ontem após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) insinuar sem provas que o plano para matar o senador Sérgio Moro (UB-PR) seria “uma armação”. “Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Acho que é mais uma armação. Se for, ele vai ficar mais desmascarado ainda”, afirmou Lula durante evento da Marinha no Rio. Segundo a PF, Moro era uma das cinco autoridades visadas pelos criminosos e teria entrado na lista por ter determinado, quando era ministro da Justiça, a transferência de líderes da fação para presídios federais. Desde fevereiro ele andava com uma escolta da Polícia Legislativa devido a ameaças. O senador reagiu com irritação às declarações de Lula. “O senhor não tem decência?”, indagou. (CNN Brasil)

Apesar de pressão, BC mantém taxa de juros

Em meio à crise bancária internacional e à forte pressão do governo pela redução dos juros, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, por unanimidade e pela quinta vez consecutiva, manter a taxa básica, a Selic, em 13,75% ao ano. Além disso, não deu indícios de que vai baixá-la e sinalizou que, se necessário, pode elevar os juros. Em nota, o Copom afirmou que ainda há alguns fatores de risco para a inflação: a maior persistência das pressões inflacionárias globais; a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública; e uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos. O Copom indicou que vai perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. Também afirmou, no comunicado, que os passos futuros da política monetária “poderão ser ajustados” e que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. (Globo e g1)

Lula adia apresentação da nova regra fiscal para abril

O presidente Lula adiou para abril a divulgação do novo arcabouço fiscal. Ele disse que o governo não vai ter “pressa” para apresentar a nova regra, que só será divulgada após sua viagem à China, de 26 a 31 de março. A justificativa para o adiamento é de que não faria sentido apresentar o plano e, em seguida, os membros do governo viajarem e não estarem disponíveis para prestar esclarecimentos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o arcabouço vai prever uma recomposição das “perdas” que saúde e educação tiveram com a regra do teto de gastos desde sua implementação, em 2017. Uma fonte da área econômica disse ao Estadão que está sendo discutido o valor da reposição. Como o teto vai acabar, os pisos — aplicação mínima de 15% da Receita Corrente Líquida para a saúde e de 18% da receita de impostos para a educação — voltam a valer. Há uma discussão para que esses pisos migrem para um modelo de vinculação a indicadores per capita, não ficando sujeitos à flutuação de receitas do ciclo econômico. (Globo e Estadão)

Haddad: ‘Lira e Pacheco receberam bem nova regra fiscal’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que a recepção do novo arcabouço fiscal pelos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi muito boa. “Acho que a recepção, tanto dos líderes quanto dos presidentes, foi muito boa, assim como foi dos ministros na sexta-feira, que conheceram o arcabouço na reunião com o presidente. Nós estamos confiantes que estamos indo para a fase final”, afirmou. Segundo Haddad, faltam apenas detalhes para a proposta ser apresentada ao público. (g1)

UBS compra Credit Suisse e evita contágio da crise bancária

Após uma negociação que durou apenas três dias, o UBS, maior banco da Suíça, fechou um acordo para a compra do Credit Suisse. A aquisição emergencial por 3 bilhões de francos suíços (US$ 3,25 bilhões), cerca de 60% abaixo do valor de mercado de sexta-feira, foi anunciada ontem. Os dois bancos são concorrentes no país e uma fusão total ou parcial aumenta o poder em uma só instituição financeira, que vai gerar um gigante com US$ 5 trilhões em recursos administrados, o terceiro maior da Europa neste segmento e 11° do mundo. O Banco Nacional da Suíça anunciou a concessão de um empréstimo de 100 bilhões de francos suíços (US$ 108 bilhões) ao UBS e ao Credit Suisse para aumentar a liquidez de ambos. “É um bom ativo, que estamos muito determinados a manter, e esperamos atender seus clientes com a mesma eficiência do Credit Suisse”, disse o presidente do UBS, Colm Kelleher, acrescentando que “vai acabar com a parte de banco de investimento do Credit Suisse, porque o próprio UBS tem um modelo semelhante”. (Folha, Bloomberg e CNN Brasil)

Decisão do Ministério da Previdência faz bancos suspenderem consignado a aposentados

A redução nos juros do empréstimo consignado para aposentados do INSS pode ter efeito contrário do esperado pelo governo. Vários bancos, entre eles Bradesco, Itaú e até Banco do Brasil e Caixa, suspenderam ontem essas operações. O setor teme que a margem desse tipo de produto fique negativa, inviabilizando a concessão, especialmente para quem tem renda menor e os mais idosos, com maior risco de inadimplência. A Febraban esclareceu que o setor já havia sinalizado o risco de redução da oferta. Aprovada na segunda-feira, a medida, que reduz o teto dos juros de 2,14% para 1,7% ao mês, foi proposta pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social. O órgão tem representantes do governo, de empregadores, trabalhadores, aposentados e pensionistas, mas está temporariamente sem membros do Planejamento e da Fazenda, que, historicamente, fazem parte do colegiado. Segundo auxiliares do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a redução foi “decisão unilateral” de Lupi, sem consulta à equipe econômica ou à Casa Civil. Diante das consequências e do impacto sobre os próprios aposentados, Haddad estudará uma alternativa. (Folha e Globo)

Instabilidade no Credit Suisse mantém mundo sob a sombra de crise bancária

Menos de uma semana após a quebra de dois bancos nos Estados Unidos, novo susto. Desta vez, na Suíça. O gigante Credit Suisse viu suas ações despencarem quase 25% ontem em meio a uma crise de confiança de investidores. O banco, que há dois anos tem tido dificuldades e seu maior acionista, o Saudi National Bank, recusou-se a injetar mais liquidez. O anuncio abalou as Bolsas europeias, que fecharam com fortes perdas. A de Zurique teve queda de 24,24%. O cenário pode melhorar hoje, já que o banco central da Suíça, afirmou que, se preciso, pode ajudar a instituição. Com isso, os efeitos nas Bolsas brasileira e americana foram sentidos principalmente pela manhã. Mesmo assim, a maioria dos índices fechou em baixa. O Ibovespa recuou 0,25%, a 102.675 pontos — chegou a bater em 100.692 pontos, pior patamar desde julho de 2022. (Folha)

Lula dá bronca pública em ministros que fazem anúncios sem combinar

O presidente Lula reuniu ontem seus ministros para começar a organizar o balanço de 100 dias de governo. E iniciou pedindo que as ideias de cada um só sejam anunciadas após passarem pelo crivo da Casa Civil, do Palácio do Planalto e dos demais ministérios. “Qualquer genialidade que alguém possa ter, faça, por favor, antes uma reunião com a Casa Civil, para que ela discuta com a Presidência as possibilidades, para que a gente possa, depois, chamar o dono da genialidade e criar as condições para a política anunciada”, determinou. A bronca foi no trecho inicial da reunião transmitido pela internet. (g1)

Crise bancária nos EUA pode diminuir juro básico no Brasil

A crise do Silicon Valley Bank (SVB), que quebrou na sexta e está sob intervenção do governo americano, alertou os investidores sobre a possibilidade de mudanças na política monetária dos Estados Unidos e seus reflexos na taxa básica de juros no Brasil. A falência do SVB, acompanhada pelo Signature Bank, que também está sob intervenção federal, atingiu os mercados globais, com os investidores revendo suas previsões de novas altas nos juros. O dia de ontem foi marcado por queda nas taxas negociadas nos mercados americano e brasileiro. Já se avalia a possibilidade de o Fed, o banco central americano, fazer uma pausa no processo de elevação dos juros na reunião marcada para a próxima semana. Os preços dos títulos americanos dispararam ontem, registrando algumas das maiores altas desde a crise de 2008, enquanto o mercado aumentava as apostas de que o Fed manterá os juros inalterados em sua próxima reunião de política monetária para estabilizar o sistema financeiro global. Na semana passada, os mercados se preparavam para mais um aumento de 0,5 ponto percentual. No Brasil, a curva de juros indicava um corte na Selic pelo Copom apenas no fim de junho, mantendo a taxa básica nos atuais 13,75% ao ano nas reuniões do próximo dia 22 e na de 3 de maio. Agora, a expectativa é de antecipação desse corte. (Folha, New York Times e g1)

EUA acordam com risco de corrida a bancos

O governo americano anunciou ontem à noite que vai garantir todos os depósitos de quem tinha dinheiro no Silicon Valley Bank (SVB) e no Signature Bank, de Nova York. O SVB tinha boa parte de seus investimentos em Títulos do Tesouro americano, mas em papeis anteriores à subida dos juros que, portanto, estão com valor baixo no mercado. Na quarta-feira, o SVB chegou a anunciar a venda de vários títulos com prejuízo, além de US$ 2,25 bilhões em novas ações para reforçar seu balanço. Ato contínuo, de quarta para quinta uma série de investidores no Vale do Silício recomendaram às empresas que mantinham seus recursos no SVB que os transferissem para outros bancos. O movimento repentino acirrou a crise de liquidez. Na sexta, o SVB quebrou. Como costuma ocorrer em momentos de insegurança do tipo, outros clientes começaram a olhar com medo para bancos de médio porte. No domingo, reguladores ordenaram que o Signature Bank, de Nova York, fechasse suas portas. A instituição havia feito um grande investimento na indústria das criptomoedas, que perderam muito valor nos últimos anos, e houve receio de outra corrida no abrir das portas, nesta segunda-feira. No rastro do contágio, o First Republic Bank, de San Francisco, anunciou ter recursos garantidos pelo JPMorgan Chase para manter suas portas abertas. (New York Times)

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