Por que o governo teme a meta de déficit zero em 2024
Um interlocutor de Lula disse a Lauro Jardim que o presidente errou na dose, “falando algumas frases que não deveria ter dito”, quando, na última sexta-feira, afirmou que “dificilmente” a meta de 2024 seria cumprida. Mesmo de forma desastrada, ele colocou o tema onde queria para evitar uma leitura de falha do governo. “O Lula sempre achou que era mais importante estipular o déficit em 0,5% ou 0,75%. Se, por acaso, o governo conseguisse fechar o ano com um percentual abaixo disso, seria tido como um governo virtuoso, que sabe controlar despesas. Já o contrário, botar a meta de zerar o déficit e não conseguir, mesmo que por pouca margem, seria visto como uma falha do governo”. (Globo)
Análise: especialistas dizem que Israel não tem plano para Gaza no pós-guerra
À medida que as forças israelenses intensificam seus ataques na Faixa de Gaza, duas questões surgem: para onde vai a guerra e o que virá depois? Para além de demonstração de um poder militar implacável e esmagador, não está claro como os israelenses atingirão o objetivo de destruir o Hamas e expulsá-lo da Faixa de Gaza. Diplomatas de países ocidentais dizem estar envolvidos em intensas negociações com Israel sobre o futuro, mas até o momento não há nada claro. “Não é possível dar um passo tão histórico sem um plano para o dia seguinte”, afirma Michael Milshtein, diretor do Fórum de Estudos Palestinos do Centro Moshe Dayan, da Universidade de Tel Aviv.
Brasil atua pelas vítimas da guerra e em defesa da própria ONU, diz Celso Amorim
Assessor especial da Presidência, o ex-chanceler Celso Amorim avalia a atuação do Brasil no Conselho de Segurança como uma forma de defesa das vítimas civis da guerra entre Israel e Hamas e da própria ONU. “Neste momento, o chanceler Mauro Vieira está em Nova York em uma tentativa que não digo desesperada, mas sim quase heroica, de aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança”, afirmou. “O Brasil tem atuado não só para defender todos os que sofrem na região – o povo de Gaza, os israelenses que foram alvo de um ataque de características terroristas –, mas para defender a própria ONU. Como podem as Nações Unidas estarem tão inerte diante da situação que estamos vivendo?”, indagou. Ele atribui como principais pontos críticos a “disseminação de ódio e a polarização das mentes”, além do fato de haver dois conflitos simultâneos: no Oriente Médio e na Ucrânia, invadida em fevereiro de 2022 pela Rússia. “Mesmo na Crise dos Mísseis (entre Estados Unidos e a então União Soviética, em 1963), em que havia a irracionalidade do risco de uma guerra nuclear, havia racionalidade na condução dos fatos”, comparou. “Ver a ONU enfraquecida é extremamente preocupante.” (CNN Brasil)
Polícia italiana não viu crime contra Moraes, diz ofício divulgado pela defesa dos suspeitos
Responsável pela defesa dos suspeitos de agressão ao ministro do STF Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, o advogado Ralph Tórtima Filho divulgou nesta segunda-feira um documento da polícia italiana em que a corporação diz ter examinado as imagens e não ver crime no ocorrido. “Não identificando nos fatos ocorridos crimes que pudessem ser processados [...], o resultado da averiguação feita mediante a observação das filmagens foi enviado à autoridade judiciária [...] como um fato que não constitui crime”, diz o texto. O comissário Fernando Speziali, que assina o documento, diz que há um “único contato físico digno de menção”, entre Mantovani Filho e Alexandre Barci de Moraes, filho do ministro. Alexandre agitou o braço esquerdo e tocou de leve a nuca de Roberto, que fez o mesmo e “impactou levemente” os óculos do rapaz. Segundo o advogado de Roberto Mantovani Filho, Andréa Mantovani e Alex Zanatta, o ofício foi enviado à Procuradoria-Geral da República e anexado ao processo. (UOL)
EUA anunciam nova bomba atômica para destruir bunkers
Uma nova bomba atômica será desenvolvida pelo governo americano especificamente para uso contra bunkers e centros de comando subterrâneos utilizados por países como China, Rússia, Irã e Coreia do Norte. Com capacidade destrutiva superior à do principal modelo tático de queda livre em uso pelo país, a nova arma, anunciada na última sexta-feira pelo Departamento de Defesa, precisa ser autorizada pelo Congresso. “A B61-13 será empregável por aviões modernos, aumentando a dissuasão de adversários e a confiança de aliados ao dar ao presidente opções adicionais contra certos alvos militares maiores e mais reforçados”, afirma o comunicado. (Folha)
Análise: Haddad sentiu o golpe, mas não deu o braço a torcer e culpou STF e Congresso
Eliane Catanhêde: ‘Nem parecia o mesmo Fernando Haddad. Ar cansado, contrariado, impaciente e, enfim, mal-humorado, o ministro da Fazenda disse a jornalistas que prometeu déficit zero em 2024, mas sabe-se lá se vai cumprir. E não concordou nem discordou do chefe Lula, que lhe passou uma rasteira e anunciou o fracasso da promessa antes de discutir com ele os vários ângulos de uma questão tão sensível. Pior: no fim do ano, com Haddad correndo contra o tempo para aprovar suas pautas no Congresso. Sem ter como atacar o presidente da República, contar toda a verdade e apontar o dedo para o chefe da Casa Civil, Rui Costa, Haddad descarregou a culpa — e, possivelmente, a raiva— fora do governo: na Câmara, no Senado e no Supremo Tribunal Federal’. (Estadão)
Temor com situação fiscal do país faz Ibovespa recuar 0,68%
O temor do mercado em relação à situação fiscal do país, após as entrevistas do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a meta de déficit zero em 2024, levou o Ibovespa a fechar nesta segunda-feira em queda de 0,68%, aos 112.532 pontos. Já o preço do dólar subiu 0,69%, a R$ 5,05. Em Nova York, o Dow Jones subiu de 1,58%, o S&P 500 fechou em alta 1,20% e o Nasdaq avançou 1,16%. (Valor Investe)