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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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PIB cresce 3,4% em 2024, impulsionado por Indústria e Serviços; agro recua

A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, com o PIB totalizando R$ 11,7 trilhões, segundo dados do IBGE. Serviços (3,7%) e Indústria (3,3%) puxaram a atividade, enquanto a Agropecuária teve queda de 3,2%, afetada por problemas climáticos e menor produção de soja e milho. A alta anual foi a maior desde 2021, quando houve crescimento de 4,8%, mas apesar disso, veio um pouco abaixo do consenso, que projetava 3,5% de avanço. O PIB per capita atingiu R$ 55.247,45 em 2024, com crescimento real de 3% no ano, refletindo a expansão do consumo das famílias (4,8%), favorecido pela melhora no mercado de trabalho e pelo aumento do crédito. Já a formação bruta de capital fixo cresceu 7,3%, impulsionada pelo setor de Construção e do Desenvolvimento de Software. Apesar do desempenho positivo ao longo do ano, o ritmo de crescimento desacelerou no quarto trimestre, com alta de apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior. Enquanto Indústria (0,3%) e Serviços (0,1%) mantiveram leve alta, a Agropecuária teve nova queda (-2,3%). No comércio exterior, as importações cresceram 14,7%, refletindo maior demanda por bens industriais, enquanto as exportações avançaram 2,9%, pressionadas pela queda na produção agrícola e na extração mineral. A taxa de investimento subiu para 17% do PIB, acima dos 16,4% de 2023, enquanto a taxa de poupança caiu para 14,5%, sinalizando maior consumo interno. (Meio)

Adversário de ‘Ainda Estou Aqui’, filme iraniano foi feito na clandestinidade

Imagine se Walter Salles tivesse de fugir a pé do Brasil e se refugiar na Europa para lançar Ainda Estou Aqui na Alemanha. Foi o que aconteceu com o diretor iraniano Mohammad Rasoulof, com seu filme A Semente do Fruto Sagrado, que concorre ao Oscar de Melhor Filme Internacional, além de ser vencedor do prêmio especial do júri no Festival de Cannes de 2024.

Déficit externo cresce com queda no superávit comercial, diz BC

Segundo o Banco Central, o Brasil registrou um déficit de US$ 8,7 bilhões nas transações correntes em janeiro de 2025, quase o dobro do saldo negativo de US$ 4,4 bilhões no mesmo período do ano passado. Esse resultado foi impactado pela queda no superávit comercial, que encolheu US$ 4,3 bilhões, e pelo aumento do déficit na conta de serviços, que subiu mais de US$ 1 bilhão. O superávit da balança comercial caiu para US$ 1,2 bilhão, puxado por uma redução de 5,9% nas exportações e um aumento de 12,8% nas importações. Já o déficit na conta de serviços subiu 28,9% no ano, refletindo o avanço dos gastos com transporte, telecomunicações e propriedade intelectual. Os investimentos diretos no país somaram US$ 6,5 bilhões no mês, abaixo dos US$ 9,1 bilhões de janeiro de 2024. No acumulado de 12 meses, os aportes externos representam 3,16% do PIB. Uma revisão metodológica do Banco Central também alterou os números da conta de viagens internacionais, resultando em um aumento de US$ 4,8 bilhões no déficit de 2024. A mudança realocou gastos antes registrados como depósitos no exterior, ajustando os valores para refletir melhor as despesas de turistas brasileiros no exterior. Com isso, o déficit externo nos últimos 12 meses subiu para US$ 65,4 bilhões (3,02% do PIB), acima dos US$ 24,5 bilhões (1,11% do PIB) registrados um ano antes. (Meio)

Desocupação cresce e atinge 6,5% da população

A taxa de desocupação subiu para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao período de agosto a outubro, revelou o IBGE. Apesar da piora no curto prazo, a desocupação está abaixo dos 7,6% registrados em janeiro de 2024. O país tem hoje 7,2 milhões de pessoas sem trabalho, um crescimento de 5,3% no trimestre. Na comparação anual, 1,1 milhão de brasileiros saiu da estatística, uma queda de 13,1%. No setor formal, o número de trabalhadores com carteira assinada ficou estável no trimestre, mas cresceu 3,6% no ano. Já os sem carteira diminuíram nos últimos meses, mas ainda são 13,9 milhões, um aumento de 3,2% na comparação anual. No setor público, houve um corte de 2,8% dos postos no trimestre e um crescimento de 2,9% no ano. A taxa de informalidade recuou para 38,3%, o que significa que 39,5 milhões de trabalhadores não têm vínculo formal. Já a população desalentada, aquela que não conta como desempregada, pois desistiu de procurar emprego, cresceu levemente no trimestre, saindo de 2,7% para 2,8%. O rendimento médio do trabalhador subiu 1,4% no trimestre, atingindo R$ 3.343, além de ter subido 3,7% no ano, enquanto a massa de rendimentos cresceu 6,2% na comparação com 2024. (Meio)

Proporção da população com ensino superior quase triplica de 2000 a 2022

A parcela da população com 25 anos ou mais que concluiu o ensino superior quase triplicou entre 2000 e 2022, passando de 6,8% para 18,4%, segundo dados do Censo Demográfico divulgados pelo IBGE. No mesmo período, a quantidade de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto caiu de 63,2% para 35,2%. O avanço foi generalizado, mas com diferenças entre grupos raciais: o percentual de brancos com diploma universitário cresceu de 9,9% para 25,8%, enquanto entre pardos a alta foi de 2,4% para 12,3%, e entre pretos, de 2,1% para 11,7%. Os indígenas seguem com o menor índice e apenas 8,6% concluíram a graduação. A desigualdade também é regional. O Distrito Federal tem a maior proporção de adultos com ensino superior (37%), seguido por São Paulo (23,3%). Já o Maranhão aparece na outra ponta, com apenas 11,1% da população graduada. O levantamento mostra ainda que as mulheres ultrapassaram os homens na escolarização, 20,7% delas têm diploma universitário, contra 15,8% dos homens. Elas são maioria em áreas como Serviço Social (93%) e Enfermagem (86,3%), mas representam apenas 7,4% dos formados em Engenharia Mecânica, por exemplo. Mesmo com os avanços, a baixa escolaridade ainda predomina no país. Em 3.008 municípios, a maioria da população com 25 anos ou mais tem no máximo o ensino fundamental incompleto. A taxa de escolarização entre crianças de 0 a 3 anos subiu para 33,9%, mas segue abaixo da meta do Plano Nacional de Educação, de 50%. Já no ensino fundamental, a cobertura chegou a 98,3%, enquanto no ensino médio atingiu 85,3%. (Meio)

IPCA-15 sobe 1,23% em fevereiro, com alta na energia e educação

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, acelerou para 1,23% em fevereiro, após subir 0,11% em janeiro. Apesar da alta, o número veio abaixo das expectativas de economistas do mercado financeiro, que projetavam alta de quase 1,40%. Ainda assim, foi a maior alta mensal desde abril de 2022. No ano, o indicador subiu 1,34%, e nos últimos 12 meses, 4,96%. Com alta de 4,34%, o segmento de Habitação foi o que mais impactou o índice no mês, respondendo por 0,63 ponto percentual, devido à alta de 16,33% na energia elétrica residencial. Educação também pressionou a inflação ao subir 4,78%, com reajustes em mensalidades: 7,50% no ensino fundamental, 7,26% no médio e 4,08% no superior. Considerado um dos principais problemas do governo Lula, a inflação de Alimentação e Bebidas avançou 0,61% no mês, após ter subido 1,06% em janeiro. Desta vez, a maior variação foi da cenoura, que subiu 17,62% e do café moído, custando 11,63%. Enquanto isso, a batata-inglesa recuou 8,17%, o arroz, 1,49%, e as frutas, 1,18%. Além disso, o grupo de Transportes teve alta de 0,44%, com combustíveis subindo 1,88%, após o reajusta do ICMS, imposto estadual que incide nos preços. Regionalmente, a maior variação foi em Recife (1,49%), enquanto Goiânia teve a menor (0,99%).

Focus: mercado piora projeções de inflação para 2025 e 2026

Analistas do mercado financeiro voltaram a elevar as previsões de inflação para 2025 e 2026, segundo dados do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central. Agora, a perspectiva de inflação chegou a 5,65% neste ano, ainda mais distante do teto da meta e 19º alta consecutiva. Para 2026, a projeção subiu pela nona semana consecutiva, para 4,40%. Diretamente ligado à inflação, a taxa básica de juros, atualmente em 13,25%, deve chegar a 15% ao fim de 2025, com alívio lento nos anos seguintes e em linha com as últimas previsões. No crescimento econômico, o mercado segue prevendo expansão modesta do Produto Interno Bruto (PIB) 2,01% em 2025 e 1,70% em 2026. Já as previsões para o câmbio ficaram praticamente estáveis, mas houve leve recuo na expectativa de cotação do dólar em 2025, que saiu de R$ 6 para R$ 5,99. No próximo ano, a moeda americana deverá voltar a valer R$ 6. (Meio)

Confiança do consumidor recua em fevereiro ao menor nível desde agosto de 2022

O Índice de Confiança do Consumidor, divulgado pelo FGV IBRE, caiu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, atingindo 83,6 pontos, menor patamar desde agosto de 2022. O indicador acumula perdas superiores a 10 pontos, refletindo principalmente a deterioração das expectativas dos consumidores sobre o futuro. Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, a piora do índice é resultado direto da alta na inflação dos alimentos, que afeta o poder de compra das famílias mais pobres, e da persistente elevação das taxas de juros. Entre os componentes, o Índice de Expectativas foi o mais afetado, com queda de 4,3 pontos, puxado especialmente pelo indicador que mede a intenção de compra de bens duráveis, que atingiu o menor nível também desde agosto de 2022. Por outro lado, os indicadores sobre a situação econômica local atual e futura tiveram leve avanço. A queda na confiança foi generalizada em todas as faixas de renda, mas afetou de forma mais intensa os consumidores com renda até R$ 2.100,00.

Haddad defende Plano Safra robusto para combater inflação de alimentos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista ao ICL, que o governo já trabalha em um novo Plano Safra para 2025, após bater recordes nos programas de 2023 e 2024 e em um contexto de alta inflação dos alimentos. Segundo ele, a prioridade é fortalecer o financiamento da produção agrícola e garantir o abastecimento interno e que isso será feito após a aprovação do Orçamento. “Queremos que o Brasil amplie sua produção, sem desmatamento”, afirmou. Haddad também comentou os impactos da crise climática na agricultura e defendeu a diversificação das culturas pelo território nacional para evitar perdas, como ocorreu com o arroz após as enchentes no Sul. Segundo ele, a expectativa do governo é de que o país colha uma “grande safra” a partir do fim deste mês, o que deve ajudar a estabilizar os preços.

Inflação mais alta e PIB mais fraco: mercado financeiro ajusta previsões para 2025

Economistas do mercado financeiro aumentaram, mais uma vez, as projeções de inflação para 2025, 2026, 2027 e 2028, segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Para 2025, a estimativa subiu de 5,58% para 5,60%, a 18ª alta consecutiva e mantendo a projeção acima do teto da meta. As expectativas também cresceram para os anos seguintes: para 2026, a projeção subiu de 4,30% para 4,35%, no oitavo aumento seguido; para 2027, foi de 3,90% para 4%; e, para 2028, avançou de 3,78% para 3,80%. O mercado manteve estável a projeção da taxa básica de juros, com expectativa de que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano. Já o crescimento do PIB para o ano caiu de 2,03% para 2,01%, enquanto o dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 6. (Meio)

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