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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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Inflação dos EUA sobe 0,2% em fevereiro e acumula 2,8% em 12 meses

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,2% em fevereiro, abaixo da expectativa do mercado de 0,3%. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 2,8%, desacelerando em relação aos 3% de janeiro. O setor de habitação (0,3%) foi o principal responsável pela alta do índice, respondendo por quase metade da variação mensal. Já a energia avançou 0,2%, puxada pelo aumento nos preços do gás natural (2,5%) e da eletricidade (1%), compensando a queda na gasolina (-1,0%). Os alimentos tiveram alta moderada de 0,2%, enquanto os preços no supermercado ficaram estáveis. O destaque ficou por conta do salto de 10,4% nos ovos, que impulsionou o aumento de 1,6% no grupo de carnes, aves e peixes. Já os laticínios (-1,0%), frutas e vegetais registraram recuo no mês. A chamada inflação subjacente, que exclui itens voláteis, como alimentos e energia, avançou 0,2% no mês e 3,1% no acumulado de 12 meses, sendo o menor patamar desde 2021. Com os números um pouco abaixo do esperado, o mercado reforçou a projeção de volta do ciclo de cortes de juros em junho no país. (Meio)

Inflação sobe 1,31% em fevereiro, maior taxa para o mês desde 2003

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 1,31% em fevereiro, marcando a maior variação para o mês desde 2003. O número ficou em linha com as projeções do mercado e elevou a inflação acumulada em 12 meses para 5,06%, acima dos 4,56% registrados até janeiro. Os maiores impactos vieram de Habitação (4,44%) e Educação (4,70%). No primeiro, a energia elétrica residencial disparou 16,80%, revertendo a queda de 14,21% de janeiro, quando o setor foi beneficiado pelo Bônus de Itaipu. No caso do segundo segmento, os cursos regulares subiram 5,69%, refletindo os reajustes tradicionais do início do ano letivo. Os preços de Alimentação e bebidas desaceleraram, mas subiram 0,70% no mês, impulsionados pelo ovo de galinha (15,39%) e pelo café moído (10,77%). Já o grupo Transportes (0,61%) sentiu o impacto dos aumentos nos combustíveis (2,89%), com destaque para gasolina (2,78%) e diesel (4,35%). No recorte regional, Aracaju (1,64%) teve a maior inflação, puxada pela alta da energia elétrica (19,20%) e da gasolina (3,29%). Em Fortaleza (1,03%), os preços subiram menos, influenciados pela queda das passagens aéreas (-18,56%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de menor renda, subiu 1,48% em fevereiro, acumulando 4,87% em 12 meses. (Meio)

Indústria fica estagnada em janeiro e frustra expectativa de crescimento

O setor industrial brasileiro teve variação nula em janeiro, mostrando estabilidade em relação a dezembro e frustrando expectativas de crescimento de 0,4%. Apesar disso, o resultado interrompeu uma sequência de três meses de queda, que somaram 1,2% de retração. Na comparação com janeiro de 2024, a indústria cresceu 1,4%, mantendo um ritmo positivo pelo oitavo mês consecutivo nessa base de comparação. Máquinas e equipamentos tiveram alta de 6,9%, enquanto a produção de veículos cresceu 3%, revertendo parte das perdas do fim de 2024. O setor de calçados também avançou 9,3%, assim como produtos farmacêuticos (4,8%), borracha e material plástico (3,7%) e móveis (6,8%). Por outro lado, a indústria extrativa recuou 2,4%, apagando os ganhos de meses anteriores. Também houve queda em coque e derivados de petróleo (-1,1%), celulose e papel (-3,2%) e vestuário (-4,7%). Na divisão por categorias econômicas, bens de capital (4,5%), bens de consumo duráveis (4,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (3,1%) tiveram desempenho positivo. Já bens intermediários caíram 1,4%, impactados por setores como mineração e refino de petróleo. Na comparação com janeiro do ano passado, os destaques ficaram por conta dos veículos automotores (13,4%), máquinas e equipamentos (14,1%) e máquinas e materiais elétricos (14,5%). Mas a produção de petróleo e minério de ferro caiu 5,2%, enquanto o setor de bebidas recuou 5,1%. (Meio)

Mercado financeiro volta a elevar perspectiva de inflação para 2025

Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2025, que passou de 5,65% para 5,68%, e se afastou ainda mais do teto da meta de 4,5%. A projeção é do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Desde janeiro, o Brasil passou a adotar o sistema de metas contínuas para a inflação, com um objetivo central de 3%, considerado cumprido se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5%. Caso a inflação fique acima do teto por seis meses consecutivos, a meta será considerada descumprida e o BC precisará justificar o resultado ao Ministério da Fazenda. Mesmo com a inflação em alta, os economistas mantiveram estáveis as projeções para os juros e o crescimento do PIB. Atualmente em 13,25% ao ano, a Selic deve subir novamente na próxima semana, para 14,25%, segundo sinalizações do próprio BC, e encerrar 2025 em 15%. Para 2026, a projeção segue em 12,50% e, para 2027, em 10,50%. Quanto ao crescimento do PIB, em 2025 a expectativa continua em 2,01% para este ano e 1,70% para 2026. Já em relação ao câmbio, a previsão para o dólar no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,99, enquanto para o fim de 2026, ficou em R$ 6,00. (Meio)

Desemprego sobe para 4,1% nos Estados Unidos

Os Estados Unidos criaram 151 mil novas vagas em fevereiro, um pouco abaixo das expectativas de 160 mil. A taxa de desemprego saiu de 4% para 4,1%, praticamente estável, mas com um leve aumento entre trabalhadores brancos. O destaque positivo foi o setor de saúde, que gerou 52 mil postos, enquanto transporte e serviços financeiros também registraram alta. Já o governo federal cortou 10 mil vagas, e o comércio varejista perdeu 6 mil, parte disso atribuída a greves no setor de alimentos e bebidas. Outro dado relevante foi o aumento do número de trabalhadores em tempo parcial por necessidade, ou seja, aqueles que gostariam de um emprego integral, mas não encontraram. Esse contingente subiu para 4,9 milhões. Apesar disso, os salários seguem subindo: o rendimento médio por hora cresceu 0,3% no mês, acumulando alta de 4% em 12 meses, o que mantém o poder de compra dos trabalhadores relativamente estável diante da inflação. (Meio)

PIB cresce 3,4% em 2024, impulsionado por Indústria e Serviços; agro recua

A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, com o PIB totalizando R$ 11,7 trilhões, segundo dados do IBGE. Serviços (3,7%) e Indústria (3,3%) puxaram a atividade, enquanto a Agropecuária teve queda de 3,2%, afetada por problemas climáticos e menor produção de soja e milho. A alta anual foi a maior desde 2021, quando houve crescimento de 4,8%, mas apesar disso, veio um pouco abaixo do consenso, que projetava 3,5% de avanço. O PIB per capita atingiu R$ 55.247,45 em 2024, com crescimento real de 3% no ano, refletindo a expansão do consumo das famílias (4,8%), favorecido pela melhora no mercado de trabalho e pelo aumento do crédito. Já a formação bruta de capital fixo cresceu 7,3%, impulsionada pelo setor de Construção e do Desenvolvimento de Software. Apesar do desempenho positivo ao longo do ano, o ritmo de crescimento desacelerou no quarto trimestre, com alta de apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior. Enquanto Indústria (0,3%) e Serviços (0,1%) mantiveram leve alta, a Agropecuária teve nova queda (-2,3%). No comércio exterior, as importações cresceram 14,7%, refletindo maior demanda por bens industriais, enquanto as exportações avançaram 2,9%, pressionadas pela queda na produção agrícola e na extração mineral. A taxa de investimento subiu para 17% do PIB, acima dos 16,4% de 2023, enquanto a taxa de poupança caiu para 14,5%, sinalizando maior consumo interno. (Meio)

Adversário de ‘Ainda Estou Aqui’, filme iraniano foi feito na clandestinidade

Imagine se Walter Salles tivesse de fugir a pé do Brasil e se refugiar na Europa para lançar Ainda Estou Aqui na Alemanha. Foi o que aconteceu com o diretor iraniano Mohammad Rasoulof, com seu filme A Semente do Fruto Sagrado, que concorre ao Oscar de Melhor Filme Internacional, além de ser vencedor do prêmio especial do júri no Festival de Cannes de 2024.

Déficit externo cresce com queda no superávit comercial, diz BC

Segundo o Banco Central, o Brasil registrou um déficit de US$ 8,7 bilhões nas transações correntes em janeiro de 2025, quase o dobro do saldo negativo de US$ 4,4 bilhões no mesmo período do ano passado. Esse resultado foi impactado pela queda no superávit comercial, que encolheu US$ 4,3 bilhões, e pelo aumento do déficit na conta de serviços, que subiu mais de US$ 1 bilhão. O superávit da balança comercial caiu para US$ 1,2 bilhão, puxado por uma redução de 5,9% nas exportações e um aumento de 12,8% nas importações. Já o déficit na conta de serviços subiu 28,9% no ano, refletindo o avanço dos gastos com transporte, telecomunicações e propriedade intelectual. Os investimentos diretos no país somaram US$ 6,5 bilhões no mês, abaixo dos US$ 9,1 bilhões de janeiro de 2024. No acumulado de 12 meses, os aportes externos representam 3,16% do PIB. Uma revisão metodológica do Banco Central também alterou os números da conta de viagens internacionais, resultando em um aumento de US$ 4,8 bilhões no déficit de 2024. A mudança realocou gastos antes registrados como depósitos no exterior, ajustando os valores para refletir melhor as despesas de turistas brasileiros no exterior. Com isso, o déficit externo nos últimos 12 meses subiu para US$ 65,4 bilhões (3,02% do PIB), acima dos US$ 24,5 bilhões (1,11% do PIB) registrados um ano antes. (Meio)

Desocupação cresce e atinge 6,5% da população

A taxa de desocupação subiu para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao período de agosto a outubro, revelou o IBGE. Apesar da piora no curto prazo, a desocupação está abaixo dos 7,6% registrados em janeiro de 2024. O país tem hoje 7,2 milhões de pessoas sem trabalho, um crescimento de 5,3% no trimestre. Na comparação anual, 1,1 milhão de brasileiros saiu da estatística, uma queda de 13,1%. No setor formal, o número de trabalhadores com carteira assinada ficou estável no trimestre, mas cresceu 3,6% no ano. Já os sem carteira diminuíram nos últimos meses, mas ainda são 13,9 milhões, um aumento de 3,2% na comparação anual. No setor público, houve um corte de 2,8% dos postos no trimestre e um crescimento de 2,9% no ano. A taxa de informalidade recuou para 38,3%, o que significa que 39,5 milhões de trabalhadores não têm vínculo formal. Já a população desalentada, aquela que não conta como desempregada, pois desistiu de procurar emprego, cresceu levemente no trimestre, saindo de 2,7% para 2,8%. O rendimento médio do trabalhador subiu 1,4% no trimestre, atingindo R$ 3.343, além de ter subido 3,7% no ano, enquanto a massa de rendimentos cresceu 6,2% na comparação com 2024. (Meio)

Proporção da população com ensino superior quase triplica de 2000 a 2022

A parcela da população com 25 anos ou mais que concluiu o ensino superior quase triplicou entre 2000 e 2022, passando de 6,8% para 18,4%, segundo dados do Censo Demográfico divulgados pelo IBGE. No mesmo período, a quantidade de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto caiu de 63,2% para 35,2%. O avanço foi generalizado, mas com diferenças entre grupos raciais: o percentual de brancos com diploma universitário cresceu de 9,9% para 25,8%, enquanto entre pardos a alta foi de 2,4% para 12,3%, e entre pretos, de 2,1% para 11,7%. Os indígenas seguem com o menor índice e apenas 8,6% concluíram a graduação. A desigualdade também é regional. O Distrito Federal tem a maior proporção de adultos com ensino superior (37%), seguido por São Paulo (23,3%). Já o Maranhão aparece na outra ponta, com apenas 11,1% da população graduada. O levantamento mostra ainda que as mulheres ultrapassaram os homens na escolarização, 20,7% delas têm diploma universitário, contra 15,8% dos homens. Elas são maioria em áreas como Serviço Social (93%) e Enfermagem (86,3%), mas representam apenas 7,4% dos formados em Engenharia Mecânica, por exemplo. Mesmo com os avanços, a baixa escolaridade ainda predomina no país. Em 3.008 municípios, a maioria da população com 25 anos ou mais tem no máximo o ensino fundamental incompleto. A taxa de escolarização entre crianças de 0 a 3 anos subiu para 33,9%, mas segue abaixo da meta do Plano Nacional de Educação, de 50%. Já no ensino fundamental, a cobertura chegou a 98,3%, enquanto no ensino médio atingiu 85,3%. (Meio)