O Meio utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência. Ao navegar você concorda com tais termos. Saiba mais.

As notícias mais importantes do dia, de graça

Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

Assine para ter acesso básico ao site e receber a News do Meio.

Inflação nos EUA desacelera, mas permanece acima da meta do Fed

A inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE na sigla em inglês), avançou 0,1% em novembro na base mensal e 2,4% no acumulado de 12 meses, informou o Bureau of Economic Analysis nesta sexta-feira. Apesar do resultado anual ter ficado abaixo da projeção de 2,5%, ele segue acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve. O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, também registrou alta de 0,1% no mês e 2,8% no ano. Ambos os resultados ficaram ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, mas continuam sinalizando uma inflação resiliente. Os números foram divulgados apenas dois dias após o Fed reduzir sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano, o menor nível em dois anos. Porém, durante a coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, alertou para a necessidade de cautela em futuros cortes de juros devido à persistência de pressões inflacionárias. “Quando o caminho é incerto, você reduz o ritmo”, afirmou.

Confiança do consumidor cai em dezembro para menor nível desde junho, diz FGV

O Índice de Confiança do Consumidor, medido pelo FGV IBRE, caiu 3,6 pontos em dezembro, chegando a 92, o menor patamar desde junho deste ano, quando registrou 91,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice também apresentou retração, com queda de 0,6 ponto, atingindo 93,5. Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, “a queda da confiança dos consumidores no mês foi influenciada, principalmente, pela piora das expectativas futuras e da percepção sobre a situação presente, em menor magnitude. O resultado também foi disseminado entre as faixas de renda, com destaque para o grupo de renda mais baixa. A recente elevação da taxa de juros, somada a focos de pressão inflacionária em itens como alimentos, podem estar contribuindo para aumentar o pessimismo entre os consumidores no último mês de 2024”, afirmou. Entre os aspectos avaliados, as perspectivas para as finanças futuras das famílias registraram a maior queda, recuando 8,3 pontos para 98,8, o menor nível desde fevereiro. O ímpeto para compra de bens duráveis também caiu, com retração de 2,5 pontos, atingindo 94,3, enquanto o otimismo com a economia futura sofreu sua quarta queda consecutiva, recuando 3,3 pontos, para 102,8. (Meio)

Ata do Copom tem tom duro e vê cenário desafiador interno e externo

Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, levando-a de 11,25% para 12,25% ao ano e novas altas de mesma magnitude nas próximas duas reuniões, levando a taxa básica de juros da economia para 14,25% já em março. Na ata da decisão, divulgada hoje, foi informado que a decisão reflete uma deterioração no cenário inflacionário, com a inflação corrente e as expectativas subindo de forma significativa, além da pressão causada pela desvalorização do real e uma atividade econômica mais resiliente do que o esperado. O comitê destacou que tanto os fatores de curto prazo, como a taxa de câmbio e a inflação corrente, quanto os determinantes de médio prazo, como as expectativas de inflação, apresentaram piora desde o último encontro. Por isso, para a autarquia monetária, o cenário exige uma política monetária mais restritiva para garantir a convergência da inflação para a meta de 3%. O Copom ressaltou que “o mercado de trabalho também segue aquecido, com aumento da população ocupada, queda da taxa de desemprego e aumento da formalização de postos”. Apesar dessa resiliência, o comitê afirmou que há sinais de desaceleração futura, especialmente devido ao aperto nas condições financeiras. Ainda assim, o BC reiterou a necessidade de cautela, alertando que o câmbio depreciado e a inflação de serviços seguem pressionando os preços. Outro ponto relevante foi a elevação da taxa neutra de juros real de 4,75% para 5% ao ano. A taxa de juros neutra é o nível de juros que mantém a economia estável, sem acelerar a inflação nem desacelerar o crescimento econômico. O BC ressaltou que a deterioração fiscal e o aumento de incertezas podem elevar essa taxa estruturalmente, tornando a política monetária menos eficiente e aumentando os custos da desinflação em termos de atividade econômica. No cenário externo, o Copom destacou as incertezas econômicas e geopolíticas, com foco na conjuntura dos Estados Unidos, pois no país “permanece a incerteza sobre o ritmo da desinflação e da desaceleração da atividade econômica. Em paralelo, a possibilidade de mudanças na condução da política econômica também traz adicional incerteza ao cenário, particularmente com possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho e introdução de tarifas à importação”. (Meio)

Mercado eleva previsão de inflação, câmbio e PIB para 2024 e 2025

Após uma semana com alta volatilidade no dólar e na bolsa brasileira, além da divulgação de diversos indicadores, como a inflação, e, sobretudo, a alta de 100 pontos-base na Selic pelo Banco Central (BC), economistas consultados pelo Banco Central (BC) elevaram as estimativas de inflação, juros e dólar para 2024, conforme divulgado no Boletim Focus. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 4,84% para 4,89%, superando o teto da meta estipulada pelo governo, que é de 4,5%. Para 2025, a previsão passou de 4,59% para 4,60%, e só volta a meta em 2026, quando a expectativa manteve-se em 4%. Em relação à taxa Selic, o mercado ajustou a previsão para o próximo ano de 13,50% para 14%. Para 2026, a estimativa avançou de 11% para 11,25%. O Produto Interno Bruto (PIB) também teve suas expectativas revisadas para cima. O crescimento previsto para 2024 passou de 3,39% para 3,42%, enquanto para 2025 houve um leve aumento de 2% para 2,01%. Para 2026, a projeção foi mantida em 2%. No câmbio, o dólar ganhou perspectiva de valorização. As apostas para 2024 subiram de R$ 5,95 para R$ 5,99, enquanto para 2025 o avanço foi de R$ 5,77 para R$ 5,85. Já para 2026, a cotação prevista foi ajustada de R$5,73 para R$5,80. (Meio)

IBGE: casa própria perde espaço e aluguel já representa 20,9% das moradias

Novos dados do Censo Demográfico 2022, divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE, trouxeram um retrato atualizado sobre as condições de moradia no Brasil. Segundo o levantamento, 20,9% da população brasileira vive em domicílios alugados, uma alta em relação a 16,4% em 2010. Apesar disso, os imóveis próprios ainda predominam: 72,7% dos brasileiros residem em casas pagas, financiadas ou herdadas, mas o número era de 76,8% em 2000. Além disso, 5,6% vivem em domicílios cedidos ou emprestados, e 0,8% em outras condições. O acesso à internet também foi mapeado pela primeira vez no Censo, revelando que 89,4% da população brasileira está conectada em casa. O Distrito Federal lidera o ranking com 96,2%, enquanto o Acre tem o menor índice, com 75,2%. Entre os indígenas, 44,5% não têm acesso à internet, enquanto a taxa entre brancos sem conexão é de apenas 7,5%. Por idade, os idosos são os menos conectados, com 72,4% de acesso na faixa etária de 70 anos ou mais, comparados aos 92% nas faixas entre 25 e 39 anos. O relatório também destacou a adoção de máquinas de lavar, presente em 68,1% dos lares em 2022, mais que o dobro dos 31,8% de 2000. Enquanto Santa Catarina lidera com 94,2% das residências equipadas com máquinas de lavar, o Maranhão registra apenas 27%. Além disso, 0,2% da população residia em domicílios de apenas 1 cômodo em 2022, 1,5% residia em domicílios de 2 cômodos, 5,3% em moradias de 3 cômodos, 13,5% em casas de 4 cômodos e os de 5 cômodos, eram 29,2%. Os domicílios compostos por 6 a 9 cômodos abrigavam 44,4% da população. (Meio)

Vendas no varejo surpreendem e crescem 0,4% em outubro

O comércio varejista cresceu 0,4% em outubro de 2024 na comparação com setembro, já descontados os efeitos sazonais. Esse é o segundo mês consecutivo de alta, após avanço de 0,6% em setembro e surpreendeu a mediana de expectativas que previa queda de 0,2% nas vendas do varejo. No acumulado do ano, o setor acumula alta de 5%, enquanto nos últimos 12 meses o crescimento foi de 4,4%. Entre os setores analisados, seis das oito atividades pesquisadas tiveram alta no mês, com destaque para móveis e eletrodomésticos, que cresceram 7,5%, equipamentos de escritório e informática, com aumento de 2,7%, e tecidos, vestuário e calçados, que avançaram 1,7%. No entanto, houve recuo em artigos farmacêuticos (-1,1%) e em outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,5%). No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, a alta foi mais expressiva, de 0,9%. O segmento de veículos e motos, partes e peças cresceu 8,1%, enquanto material de construção avançou 0,7%. Na comparação com outubro de 2023, o comércio varejista teve alta de 6,5%, marcando o 17º resultado positivo consecutivo nessa base de comparação. Todas as 27 unidades da federação registraram aumento nas vendas em relação a outubro do ano passado. As maiores altas foram observadas na Paraíba, com avanço de 19%, Roraima, que cresceu 18,1%, e Alagoas, com aumento de 12,1%. Na base mensal, 19 estados registraram crescimento no volume de vendas em outubro, liderados por Roraima (+4,3%), Espírito Santo (+3,1%) e Mato Grosso (+2,1%). Por outro lado, Amazonas (-3%), Piauí (-1,1%) e Amapá (-1%) apresentaram recuos. (Meio)

Inflação ao consumidor nos EUA fica 0,3% em novembro, em linha com expectativas

A inflação nos Estados Unidos ficou em 0,3% em novembro, em linha com as expectativas de agentes do mercado financeiro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), divulgado pelo Bureau of Labor Statistics. O resultado ajustado sazonalmente marca um avanço em relação aos 0,2% registrados nos quatro meses anteriores. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu 2,7%, superando os 2,6% observados em outubro. O aumento foi impulsionado por altas em setores como habitação, que avançou 0,3% e representou quase 40% do impacto total no índice mensal. Alimentos subiram 0,4%, com destaque para carnes, aves, peixes e ovos (+1,7%) e bebidas não alcoólicas (+1,5%). No acumulado de 12 meses, o índice de alimentos subiu 2,4%. O segmento de energia teve alta modesta de 0,2%, com aumento nos preços da gasolina (+0,6%) e do gás natural (+1,0%), enquanto a eletricidade recuou 0,4%. A inflação subjacente, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, manteve a alta de 0,3% vista nos últimos três meses, acumulando 3,3% nos últimos 12 meses. Esses dados devem ser levados em consideração pelo Federal Reserve, mas segundo a ferramenta Fed Watch, do CME Group, é quase unânime que o Fed irá cortar os juros em 0,25 ponto percentual na reunião da próxima semana. (Meio)

Serviços crescem 1,1% em outubro e superam expectativas, aponta IBGE

Segundo o IBGE, o volume de serviços no Brasil cresceu 1,1% em outubro na comparação com setembro, superando a expectativa do mercado, que projetava uma alta de apenas 0,5%, conforme a mediana do Broadcast. O resultado marca um novo recorde do setor, que agora está 17,8% acima do nível pré-pandemia. O destaque ficou com o setor de transportes, que avançou 4,1%, puxado por um crescimento de 27,1% no transporte aéreo. Serviços profissionais, administrativos e complementares registraram alta de 1,6%, enquanto atividades de informação e comunicação (-1%) e serviços prestados às famílias (-0,1%) tiveram retrações. Na comparação com outubro de 2023, o setor de serviços cresceu 6,3%, acumulando alta de 3,2% no ano e de 2,7% nos últimos 12 meses. Essa foi a sétima taxa anual positiva consecutiva, impulsionada por todas as cinco atividades pesquisadas. O índice de atividades turísticas também se destacou, com avanço de 4,7% em relação a setembro, renovando o recorde e ficando 12,9% acima do patamar pré-pandemia. A expansão foi impulsionada por estados como São Paulo (8,5%), Pernambuco (8,7%) e Ceará (10,8%). O IBGE destacou ainda que 22 das 27 unidades da federação registraram crescimento em outubro, com São Paulo (1,2%), Rio Grande do Sul (5,1%) e Paraná (2,1%) liderando os resultados positivos. Em contrapartida, o Rio de Janeiro (-1,8%) Amazonas (-4,2%) e Piauí (-3,5%) apresentaram retrações. (Meio)

IPCA sobe 0,39% em novembro, puxado por alta nos alimentos, mas recuo na energia

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,39% em novembro, abaixo dos 0,56% registrados em outubro, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira. No acumulado do ano, o índice registra alta de 4,29%, enquanto nos últimos 12 meses chegou a 4,87%, acima dos 4,76% do período anterior. O grupo Alimentação e Bebidas liderou os aumentos, com alta de 1,55% no mês, impulsionado pelas carnes, que subiram 8,02%, e pelo óleo de soja, que registrou alta de 11%. Na contramão, o preço da manga caiu 16,26%, e o leite longa vida recuou 1,72%. A alimentação fora de casa também ficou mais cara, com lanches subindo 1,11%. O grupo Transportes apresentou variação de 0,89%, com a passagem aérea disparando 22,65%. Apesar disso, combustíveis como gasolina (-0,16%) e etanol (-0,19%) registraram leve queda. Quanto ao grupo Habitação, houve recuo de 1,53%, com destaque para a redução de 6,27% na energia elétrica residencial, reflexo da vigência da bandeira tarifária amarela. As tarifas de água e esgoto, porém, apresentaram altas pontuais, como em Rio Branco, que registrou reajuste médio de 32,77%. Regionalmente, inclusive, a capital do Acre teve a maior variação positiva, com alta de 0,92%. Já Porto Alegre registrou a menor variação, de apenas 0,03%. Quanto ao INPC, que mede o impacto da inflação para famílias com rendimentos mais baixos, subiu 0,33% em novembro, acumulando alta de 4,27% no ano. (Meio)

Mercado eleva projeções para PIB, câmbio, inflação e Selic em 2024 e 2025

Os analistas do mercado financeiro elevaram as projeções para todos os principais indicadores pesquisados pelo Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central. A mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao final de 2024 foi elevada para 12%, o que perpetua as apostas de um aumento de juros de 75 pontos-base na reunião do Comitê de Política Monetária, que começa na próxima terça-feira e divulga a decisão na quarta. Para 2025, a expectativa subiu para 13,50%, ante 12,63% na semana anterior. Quanto as projeções para o IPCA, pela segunda semana consecutiva houve ajuste para cima. Para 2024, a expectativa foi de 4,71% para 4,84%, acima do teto da meta de inflação de 4,5%. Para 2025, a previsão do IPCA aumentou pela oitava semana consecutiva, de 4,40% para 4,59%. As projeções de crescimento econômico agora estão em 3,39% em 2024, enquanto a estimativa para 2025 subiu para 2%. Por fim, as previsões para o câmbio saíram de R$ 5,70, na semana passada, para R$ 5,95, enquanto para 2025 a projeção foi ajustada de R$ 5,60 para R$ 5,77. Desde os anúncios do pacote fiscal e da proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a moeda americana opera acima de R$ 6 em boa parte dos momentos. (Meio)

Já é assinante? Faça login.

Assine para ter acesso ao site e receba a News do Meio