Flávia Tavares

Editora executiva de conteúdo premium do Meio. Jornalista com 20 anos de carreira, com passagens pelo Estadão, no caderno Aliás e como repórter especial de política e cidades; pela revista Época, como repórter em Brasília e editora de política em São Paulo; e na CNN, como editora-chefe do site. Ama escrever sobre política e direitos humanos.

Bolsonaro é Trump amanhã?

Como a forma como os Estados Unidos vão conduzir os processos contra Donald Trump pode ensinar sobre como tratar Jair Bolsonaro e seus crimes ou, no pior cenário, turbinar um retorno da extrema direita lá e aqui?

As escolas sob ataque

Vinte anos depois do início de um movimento para demonizar o ambiente aberto e humanizado das escolas, estamos colhendo resultados trágicos, como o do adolescente que matou a professora Beth. Precisamos, progressistas liberais ou de esquerda, recuperar a credibilidade dos professores. Urgentemente.

A voz de Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama tem carisma e disfarça com alguma suavidade o extremismo da direita. Não à toa Bolsonaro teme sua ascensão.

Eu sei por que mataram Marielle

Mulher negra, lésbica, vinda da favela, militante, progressista, Marielle Franco encarnava tudo que a extrema direita abomina e quer exterminar. Há duas dimensões de seu assassinato: a da complexidade da segurança pública e a da mentalidade reacionária. O bolsonarismo condensa ambas e, por isso, dar respostas sobre esse crime é tão fundamental.

Marielle Franco: crime completa 5 anos sem mandantes

Nesta terça, 14 de março de 2023, os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completam cinco anos sem resolução. Eles foram executados em 2018, no Rio de Janeiro, e a investigação ainda não chegou ao fim. Neste #MesaDoMeio, Mariliz Pereira Jorge, Flávia Tavares e Luciana Lima explicam por que é tão importante encontrar os mandantes do crime. As jornalistas também analisam a promessa de Jair Bolsonaro de devolver as joias presenteadas pelos sauditas, o retorno do julgamento do STF sobre abordagem policial, a bronca que Lula deu nos ministros que lançam propostas sem passar pela Casa Civil e a questão do etarismo envolvendo as estudantes de Bauru.

A incômoda ideia de Lula para o STF

A extrema direita nos deixa sem parâmetro do que é o mínimo aceitável e de onde deve estar nosso nível de exigência com um governo democrático civilizado. Em contraposição aos erros e crimes grotescos do governo anterior, e pelo que Lula representa na política do Brasil, a barra com ele deve, sim, estar lá em cima. A começar por ele não indicar seu advogado a ministro do STF.

Quem tem culpa pelos escravizados?

As vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi se apressaram em dizer que não sabiam dos trabalhadores em condição análoga à escravidão que colhiam uvas para elas. Uma entidade de Bento Gonçalves ainda botou a culpa pela situação no Bolsa Família. E até eu já ignorei denúncia de trabalho escravo em marca de roupa de que gosto. Está na hora de assumirmos a responsabilidade que nos cabe.

Estou com medo de esquecer o Bolsonaro

As vacinas estão nos postos, a ministra da Saúde vai convocar uma mega campanha de vacinação agora em fevereiro, o Brasil está debatendo política econômica e até ovni chinês está na pauta. Me deu um baita temor de esquecer que estivemos tão distantes desse básico há tão pouco tempo.

Lula e o jogo duplo com o mercado

Ser um homem de esquerda liderando o país depois de quatro anos de extrema direita pode dar ao presidente um ímpeto de reforçar seus ideais social-democratas e seu desdém pela elite econômica, que ajudou o bolsonarismo a crescer. Mas também o desafia a se pacificar com essa mesma elite, sob risco de deixar a extrema direita ressurgir.

Hora da realpolitik

Observar de perto como é a negociação de cargos na Câmara e no Senado é um exercício para exterminar a ingenuidade e o falso moralismo de qualquer um. Mas dividir o poder é parte fundamental do jogo e acomoda interesses para que o Legislativo possa operar e se relacionar harmoniosamente com os demais poderes. É uma característica da nossa democracia imperfeita.