Meio

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), defendeu nesta sexta-feira que os pagamentos da dívida com a União sejam suspensos por dois anos para a reconstrução do estado devido à tragédia das chuvas. A retomada seria feita de forma escalonada após esse prazo. “O estado tem que ter capacidade e fôlego financeiro, se não ele não vai conseguir se movimentar com a força e a velocidade que precisa. Para isso, nós estamos demandando a suspensão por longo período da dívida”, disse Leite. O governador disse que já recebeu uma proposta do governo federal para a suspensão, mas por um tempo menor, possibilidade de prorrogação sendo decidida posteriormente. “Isso nos impede de fazer planejamento. Como é que você vai fazer um investimento mais robusto se você não sabe se no ano que vem vai estar pagando a dívida ou não?”, indagou. O anúncio sobre a dívida gaúcha deve ser feito pelo governo federal na segunda-feira. O Rio Grande do Sul estima ter um gasto anualizado de cerca de R$ 3,5 bilhões em pagamentos da dívida com a União, que totaliza R$ 90 bilhões. Leite tem estimado em R$ 19 bilhões os recursos necessários para reconstruir o estado. (CNN Brasil)

A Live Nation anunciou nesta sexta-feira as datas de três novos shows de Bruno Mars no Brasil. Além das performances nos dias 8 e 9 de outubro, o cantor vai se apresentar no estádio Morumbis nos dias 12 e 13, em São Paulo. Os fãs de Brasília ganharam um show extra e agora o ídolo pop se apresenta nos dias 17 e 18 na Arena BRB Mané Garrincha. A produtora ainda não divulgou novidades sobre os espetáculos no Rio de Janeiro, que aconteceriam nos dias 4 e 5 de outubro. Na quinta-feira, o prefeito Eduardo Paes proibiu o evento, devido à proximidade com as eleições municipais do dia 6, e a Live Nation suspendeu a venda de ingressos para a apresentação extra que Bruno faria, no dia 5. Fontes ouvidas pelo Globo afirmam que as novas datas prováveis seriam os dias 16, 17 e 20 de outubro. (Globo)

O economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, considerou adequada redução no ritmo de corte da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) diante da piora do cenário nacional e internacional. Mas ponderou que a divisão de votos – os quatro diretores indicados pelo governo Lula defenderam uma redução maior, de 0,50 ponto percentual — precisa ser explicada. “Se é uma questão pontual, provavelmente, o comitê tem condições de retomar a unanimidade daqui para frente e vida que segue. Se for um desacordo mais profundo, aí o problema é a sinalização que fica para 2025 em diante, porque a gente tem um Banco Central que vai forjar uma maioria que será bem mais dovish, muito menos comprometida com a convergência da inflação”, afirmou Schwartsman, que é consultor da A.C. Pastore. “Se há concordância sobre o diagnóstico, e é um diagnóstico ruim, por que no final das contas escolheram votar por 0,5? E aí a gente vai ter de esperar para ver se tem alguma justificativa, se é uma questão pontual ou se tem um desacordo mais profundo sobre o rumo da política monetária.” (Estadão)

Um estudo realizado por pesquisadores do ClimaMeter, divulgado nesta sexta-feira, afirma que as mudanças climáticas provocadas pela ação humana, especialmente pela emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, deixaram as chuvas que afetam o Rio Grande do Sul mais intensas. O grupo de cientistas de diferentes países realiza as análises colando os extremos meteorológicos na perspectiva climática logo após a sua ocorrência. De acordo com o levantamento, os temporais entre o final de abril e início de maio ficaram 15% mais intensos em decorrência das mudanças do clima. A conclusão foi possível após examinar dados meteorológicos dos últimos 40 anos, comparando padrões climáticos do século XX com as décadas mais recentes, quando as mudanças se intensificaram. Os pesquisadores também entendem que fenômenos naturais como El Niño não explicam o aumento das chuvas no estado gaúcho. (g1)

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta sexta-feira uma resolução de apoio à adesão palestina à organização e concedeu novos privilégios à Autoridade Palestina, que hoje é considerado Estado observador. A resolução obteve 143 votos a favor, enquanto 25 países se abstiveram e nove votaram contra, entre eles Israel, Estados Unidos e Argentina. “O Estado da Palestina está qualificado para ser membro das Nações Unidas”, afirma o texto apresentado pelos Emirados Árabes Unidos e que apela ao Conselho de Segurança da ONU que “reconsidere a questão favoravelmente”, já que apenas o colegiado pode autorizar a entrada de um novo membro. Apesar de não ter direito a voto, com a nova resolução, a Autoridade Palestina passa a ter assento entre os Estados-membros por ordem alfabética; pode submeter e apresentar propostas e alterações; e copatrocinar propostas e alterações. Também pode fazer declarações e declarações de voto e tem o direito de responder em nome de um grupo dentro da ONU. Além disso, pode solicitar que propostas sejam submetidas a votação e solicitar que itens sejam incluídos na agenda provisória da Assembleia Geral. (CNN)

As chuvas que castigam o Rio Grande do Sul não devem dar trégua neste final de semana, podendo cair até o dobro da média do mês em grande parte do estado até esta segunda-feira, segundo o Climatempo. São esperados até 330 milímetros de chuva entre sexta-feira e segunda-feira, enquanto a série histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de 140 a 180 milímetros. A região mais afetada deve ser a Serra Gaúcha, onde nascem rios que vão para os Vales do Jacuí e Taquari, e que foram fortemente atingidos pelos temporais das últimas semanas. O governador Eduardo Leite (PSDB) pediu à população de áreas de risco para que não retornem às regiões evacuadas. Ele alerta que, além das enchentes, há risco de deslizamentos em áreas onde o solo já está encharcado. (CNN Brasil)

Um tribunal federal de apelações americano manteve nesta sexta-feira a condenação por desacato de Stephen Bannon, conselheiro de longa data do ex-presidente Donald Trump, por ter desafiado uma intimação do comitê da Câmara sobre os atos de 6 de janeiro de 2021. A decisão pode levar Bannon a cumprir pena de quatro meses de prisão. Com isso, ele pode se tornar o segundo ex-assessor de Trump a ser preso por ignorar uma intimação do comitê sobre o 6 de janeiro. O painel da Câmara queria ouvi-lo como parte de sua ampla investigação sobre os esforços de Trump para permanecer no poder após perder as eleições de 2020. Em março, Peter Navarro, que trabalhou como consultor comercial de Trump, apresentou-se à prisão federal de Miami para cumprir uma pena de quatro meses depois que um júri o considerou culpado de desrespeito ao Congresso por ignorar uma das intimações do comitê. A corte considerou que, mesmo que os advogados de Bannon lhe tivessem dito para não se apresentar ao comitê, ele não pode ser desculpado por ter ignorado voluntária e intencionalmente a intimação. (New York Times)

O presidente Lula saiu em defesa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que foi vaiado durante evento de entrega de moradias populares em Maceió nesta sexta-feira. Durante discurso a uma plateia de apoiadores, Lula afirmou que o ato tinha caráter institucional e não partidário, por isso não caberia vaia aos políticos presentes. “Porque, senão, fica difícil para um presidente da República viajar para inaugurar coisas, porque as pessoas que vem aqui são convidas por nós. E ninguém leva ninguém na sua casa para ser vaiado”, afirmou. Antes do pronunciamento do presidente, Lira discursou e citou o pai, o ex-senador Benedito de Lira, que hoje é prefeito de Barra de São Miguel (AL). Foi vaiado e reclamou: “O meu pai, que muitos aplaudem e muitos vaiam, mas eu duvido, eu duvido que um morador que vai ser atendido por essas casas esteja vaiando hoje. Isso é uma falta de respeito! Isso é uma falta de respeito”, disse Lira. Em meio às vaias, Lula se levantou e ficou ao lado de Lira. O público também se dividiu entre vaias e aplausos para o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB). (g1)

Um dos mais criativos e influentes músicos do século 20, o americano Brian Wilson, cérebro dos Beach Boys (Spotify), enfrenta momentos difíceis. A Justiça de Los Angeles decidiu colocar o artista de 81 anos sob tutela após “provas claras e evidentes” de que ele não era mais capaz de cuidar de si mesmo devido a problemas neurológicos graves. A decisão foi tomada com anuência do próprio artista e de seus filhos. O estado de Wilson se agravou a partir de fevereiro, com a morte de Melinda Wilson, sua esposa, a quem ele se referia como sua “âncora”. O cantor sempre teve uma saúde frágil, deixando de excursionar com a banda em 1964 e passando a se dedicar às gravações de estúdio, o que lhe permitiu elevar a sofisticação das composições e produções. Desta fase resultou, por exemplo, o álbum Pet Sounds, de 1966, considerado uma das inspirações para Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, que os Beatles lançariam no ano seguinte. (CNN)

Já chega a 113 o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada, segundo dados da Defesa Civil divulgados nesta sexta-feira. Uma morte ainda está sob investigação para confirmar sua relação com o desastre climático. Há pelo menos 146 pessoas desaparecidas em todo o estado. As chuvas e suas consequências afetaram 435 dos 497 municípios gaúchos. (g1)