Eduardo Bolsonaro e mais 17 punidos pelo PSL

Eduardo Bolsonaro e mais 17 deputados foram punidos pelo PSL por tentarem afastar o presidente do partido, Luciano Bivar. O filho do presidente Jair Bolsonaro, junto com mais três deputados, pegaram a maior pena: um ano de suspensão. O deputado perde a liderança na Câmara, já que fica proibido de participar de comissões, assinar listas e falar em nome da sigla no Congresso. Eduardo só manterá o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional até o final do ano por ter sido eleito presidente. Outros dez deputados tiveram suspensões definidas entre 3 e 10 meses, e quatro foram advertidos. A suspensão dos deputados é uma derrota para a ala ligada ao Bolsonaro, que queria a expulsão para conseguir sair do partido sem perder o mandato. Os punidos já tinham anunciado a intenção de irem para o Aliança pelo Brasil, partido a ser fundado pelo presidente. A crise no PSL começou com os apoiadores de Bolsonaro que queriam afastar Bivar para controlar os recursos públicos para a próxima eleição. A manobra não deu certo e obrigou Bolsonaro a sair do partido. (Folha)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que analisará uma a uma as suspensões aplicadas aos deputados pesselistas. As sanções só serão permitidas no caso de ele não perceber arbitrariedade nos processos, informa o Painel. No PSL, Joice Hasselmann e Felipe Francischini são os favoritos para assumir a liderança. (Folha)

Este prazo é importante. Hasselmann depõe hoje perante a CPI das Fake News. O PSL espera já ter tirado os parlamentares bolsonaristas da comissão, de forma a impedir obstruções, conta Andréia Sadi. (G1)

Pois é... Por 4 a 3, o TSE autorizou o uso de assinaturas eletrônicas para criação de partidos políticos. É exatamente o que queria Bolsonaro, para agilizar a formação de sua legenda. Mas é vitória de Pirro. O tribunal argumenta que ainda será preciso regulamentar o uso da tecnologia e preparar a equipe para lidar com a novidade. Não há prazo. (G1)

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O PIB brasileiro cresceu 0,6% no terceiro trimestre, de acordo com o IBGE. Foi uma alta ligeira em relação ao segundo tri — que registrou 0,5% e sugere recuperação ligeira da economia. Foi o consumo das famílias que puxou os números para cima, junto com incremento nas atividades de construção civil. A expectativa é de que o crescimento no ano possa ser de 1%, acima do que era esperado. (G1)

O sinal de alerta acendeu a respeito da confiabilidade dos números oficiais brasileiros entre analistas do mercado financeiro. Por duas vezes em menos de uma semana, o governo revisou os valores relativos a exportações. Descobriu-se primeiro um erro na contabilidade de novembro e, depois, na de todo terceiro trimestre. Os números eram muito mais favoráveis do que os divulgados inicialmente. Estes analistas, ouvidos pelo repórter Jonathan Wheatley, desconfiam do PIB divulgado ontem. É positivo, mas indica um estoque alto demais em empresas, mau indício para a economia. Ou, talvez, vendas ainda não computadas. A reportagem do FT esteve entre as mais comentadas do Twitter. (Financial Times)

O general Maynard Santa Rosa, ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, deu entrevista a Chico Alves. Se queixou de que não conseguia acesso a Bolsonaro. “O presidente se cercou de um grupo de garotos que têm entre 25 e 32 anos que fazem uma espécie de cordão magnético em torno e filtram o acesso”, afirmou. Ele os identifica. “É o Filipe Martins e essa turminha que controla as redes sociais. Tem mais outros. Eles não alegam nada, simplesmente protegem e não chega na agenda do presidente. Ele tem capacidade, tem potencial, mas não tem experiência. Não era ele que deveria dirigir a política de Relações Exteriores do Brasil. Deveria ser o Ministério de Relações Exteriores. Mas, infelizmente, é isso que está acontecendo. Isso faz com que o presidente não tenha uma visão do cenário condizente com a necessidade estratégica do país.” (UOL)

O estudante de Direito Luiz Henrique Molição, preso na segunda fase da operação Spoofing que investiga o hackeamento que levou à Vaza Jato, foi liberado com tornozeleira eletrônica. Ele assinou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, autorizada pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. (Estadão)

Empresa de investimentos da família Agnelli, a Exor adquiriu 43,7% da GEDI, um dos principais grupos de imprensa da Itália. Os donos da Fiat Chrysler passam, assim, a controladores de dois dos maiores jornais italianos — La Repubblica e La Stampa —, além da revista L’Espresso e a Rádio Deejay. Não é o primeiro investimento no ramo. Os Agnelli também são controladores da revista britânica The Economist. (Financial Times)

Viver

Paraisópolis, São Paulo. O procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, falou em evento à imprensa, dois dias depois de nove jovens terem morrido na dispersão de um baile funk, que o Ministério Público designou "a promotora do júri para fazer uma apuração a respeito dos homicídios que ocorreram em Paraisópolis". É a primeira vez que um órgão público cita os nove mortos no domingo como crime de homicídio.

As vítimas estavam em duas vielas. Vídeos gravados naquele dia, por quem mora na comunidade, mostram policiais militares encurralando e agredindo pessoas, respectivamente, nas vielas Três Corações e do Louro, que são paralelas, mas não se interligam. (G1)

Os moradores da comunidade relataram à TV Globo que não puderam socorrer às vítimas e chegaram a ser ameaçadas pelos policiais militares. Um chamado feito ao Samu feito por uma mulher foi cancelado por um soldado do Corpo de Bombeiros, impedindo o socorro de vítimas.

Pois é... um vídeo enviado para o BuzzFeed News por um morador mostra um policial militar agredindo com o cassetete os jovens que passam por uma viela. O PM acerta indistintamente nas pessoas, muitos com os braços erguidos. Em nota, a PM disse que o vídeo foi gravado em 19 de outubro, não tem relação com a tragédia de 1º de dezembro, e que "o policial que aparece no vídeo foi identificado e afastado do policiamento".

E sobre a morte da menina Ágatha Vitória Sales Felix, de 8 anos, no Complexo do Alemão: o cabo da Polícia Militar Rodrigo José de Matos Soares foi denunciado ontem pelo Ministério Público estadual pelo crime de homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima).

A regulamentação do registro e da venda de medicamentos à base de cannabis (maconha) em farmácias e drogarias no Brasil foi aprovada ontem pela Anvisa por unanimidade. A norma entrará em vigor em 90 dias e, segundo a agência, deve melhorar vida de milhões de pacientes que dependem desses medicamentos. Poderão ser adquiridos em farmácias, mas não será possível manipulá-los em drogarias. Só será permitida a venda do produto pronto, sob prescrição médica.

Três dos quatro diretores da Anvisa presentes na sessão de deliberação votaram para arquivar a proposta de regulamentar o plantio da maconha para fins terapêuticos e científicos. O único voto a favor deste ponto foi do diretor-presidente da agência, William Dib. Sobre a regulamentação do uso medicinal de produtos feitos à base de maconha, Dib afirmou, em entrevista à BBC, que devem facilitar e desburocratizar o acesso a estas medicamentos por parte da população.

William Dib, presidente da Anvisa. “As pessoas alegam que o remédio é caro e que, plantando, há um barateamento do custo (do tratamento) de doenças, pois os remédios são de uso contínuo. Esse argumento tem feito grande parte do Judiciário ficar do lado das famílias e das associações de pais de crianças que precisam da cannabis e de outros pacientes, autorizando o plantio. Já existem muitas autorizações. Em teoria, regulamentando, isso tende a diminuir, porque você vai criar acesso ao medicamento. Mas, por outro lado, pode aumentar, porque o remédio vai ficar mais conhecido, mais médicos vão prescrever, vai haver debate e pesquisa científica. Então, isso aumenta o número de consumidores e podem se multiplicar as autorizações judiciais. Existe gente do bem, gente que não sabe (sobre o assunto) e gente mal informada. Quando você cria uma associação de 50 pais para plantar cannabis, você acha que eles vão abrir mão de cultivar para comprar o produto? Não, eles vão continuar querendo plantar. Se a gente regulamentasse o plantio, a Justiça poderia cassar essas autorizações individuais e para associações”.

Sobre a falta de conhecimento. “É difícil julgar as pessoas. Acredito que eles misturam a questão da droga e do consumo recreativo, ou do uso como entorpecente, e não separam a questão medicinal. Veem risco e misturam conversa de droga com o produto medicinal.”

E o primeiro 'Fóssil do Dia' da COP 25 foi para...o Brasil. É uma antipremiação simbólica e não oficial que, de forma irônica, destaca países por ações prejudiciais ao meio ambiente. O anúncio foi feito na tarde de ontem, em Madri, onde as nações do mundo estão reunidas na cúpula do clima da ONU. A Climate Action Network (CAN), rede que reúne mais de 1.300 ONGs de 120 países, organiza diariamente a "honraria" e citou as críticas feitas por ambientalistas do país sobre o desmantelamento da política ambiental e do Fundo Amazônia, além do aumento da exploração ilegal de madeira na Amazônia e na violência contra povos indígenas.

Cultura

Enquanto isso, na Ancine... mais de cem quadros, com moldura e vidro, que podiam ser abertos e tinham os cartazes trocados periodicamente com as novidades do cinema nacional, foram retirados. Estavam lá desde 2002. Não ficaram nem mesmo as molduras envidraçadas. Além de filmes novos, alguns clássicos também foram removidos, como “Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964), de Glauber Rocha.

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Erramos. Persepolis não é a única HQ na lista dos cem melhores livros apontados por 84 especialistas para o El País. Aliás, há críticas sobre a lista, que não incluiu escritores de língua portuguesa. Asterios Polyp, de David Mazzucchelli, Building Stories, de Chris Ware, e Fun Home, de Alison Bechdel também são HQs, excelentes, que estão na lista do jornal espanhol. Agradecemos aos leitores sempre atentos pela observação importante.

Uma foto boa: Bezerra da Silva, Racionais MC's, Marcelo D2 e Martinho da Vila. (Twitter)

Cotidiano Digital

O CEO do Google, Sundar Pichai se tornou também o CEO da Alphabet, a holding que controla a empresa. Desta forma, os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, anunciaram que deixarão seus cargos, respectivamente, CEO e presidente. Continuaram como membros do conselho. Eles ocupavam as funções desde a fundação da companhia, em 2015, resultado de uma reestruturação do Google. Com a mudança organizaram as linhas de negócios novos, como a Wing, de drones, e Waymo, de carros autônomos. Em carta, os fundadores escreveram que era hora de simplificar a estrutura de gerenciamento.

A Uber vai entrar no espaço dos patinetes elétricos por aqui — começará por Santos, no litoral de São Paulo. Os patinetes poderão ser acessados pelo mesmo aplicativo usado para chamar carros e o desbloqueio para o aluguel sairá por R$ 1,50, mais R$ 0,75 por minuto de uso. O lançamento está dentro da estratégia de expansão da empresa, que deseja se tornar tornar o app de transporte com todas as opções. Há duas semanas, lançou integração com o transporte público na região metropolitana de São Paulo, com a exibição de informações sobre linhas. (Folha)

Hoje, o mercado brasileiro de patinetes é disputado pela Grow, dona da Grin e da Yellow, a Lime e a Scoo. (Valor)

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