Datafolha: Bolsonaro aprovado por 30%; Moro, por 53%

O governo do presidente Jair Bolsonaro é aprovado por 30% dos brasileiros — consideram-no ótimo ou bom. É reprovado por 36% — ruim ou péssimo — e 32% o consideram regular. Foi o que ouviram nas ruas os pesquisadores do Datafolha, que entrevistaram 2.948 pessoas em 176 municípios entre quinta e sexta-feira. O otimismo com a economia teve uma ligeira inflexão para cima — 43% acreditam que ela vai melhorar nos próximos meses. Em agosto, 40% acreditavam. Este otimismo com a economia, diga-se, é maior entre os mais ricos. Os números estão em queda, porém, numa área marcante da campanha eleitoral: 29% dos eleitores aprovam seu desempenho no combate à corrupção. Eram 34% em agosto. De acordo com a pesquisa, 43% afirmam nunca confiar no que o presidente fala e 37% consideram que ele merece credibilidade às vezes. Apenas 19% afirmam sempre acreditar no que diz. Fernando Henrique terminou o primeiro ano de governo com 41% de aprovação; Lula, com 42% e, Dilma, com 59%. (Folha)

Pois é... E o fantasma de Sergio Moro segue assombrando o presidente. Moro é conhecido por 93% dos entrevistados e, destes, 53% avaliam que sua gestão no ministério da Justiça é ótima ou boa. 23% a consideram regular. São números bastante acima dos do presidente. Em aprovação, Damares Alves é a segunda ministra mais benquista. 43% consideram seu trabalho com Mulher, Família e Direitos Humanos ótimo ou bom. A aprovação de Paulo Guedes, que vem em terceiro na pasta da Economia, é de 39%. (Folha)

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O ministro Sergio Moro vai desistir de retomar no Senado pontos que ficaram de fora do pacote anticrime aprovado pela Câmara. Ele não quer retardar a aprovação. Se fosse alterado no Senado, o texto precisaria voltar à Câmara antes de ir à sanção presidencial. Só um ponto o preocupa. Segundo o Painel, ele espera que Bolsonaro vete a figura do juiz de garantia, cuja função seria de orientar a investigação e cuidar dos direitos dos investigados, deixando que o julgamento siga pelas mãos de outro magistrado. O ministro não deseja esta mudança e argumenta pelo veto sugerindo que não há previsão orçamentária para uma nova classe de juízes. Os parlamentares afirmam que não é preciso — os juízes que já existem hoje podem se alternar na função. (Folha)

Bolsonaro cancelou a ida do ministro da Cidadania, Osmar Terra, para a posse de Alberto Fernández na presidência da Argentina. Terra havia sido confirmado após Bolsonaro afirmar, em novembro, que não enviaria ninguém do governo. A tendência final é de que o Brasil não tenha mesmo representante na cerimônia de amanhã. Esse é mais um capitulo entre os políticos que trocaram acusações durante a campanha eleitoral argentina. Fernández demostrou publicamente apoio a liberdade do ex-presidente Lula, enquanto Bolsonaro apoiou a reeleição de Mauricio Macri. (Globo)

A relação com o Brasil é um dos desafios que Fernández terá pela frente. O novo presidente também enfrentará uma economia em recessão e a desarticulação de seu grupo político, o Peronismo, que embora seja a principal força do país vive sua própria crise. O presidente precisará mostrar ainda que o governo é seu e não de sua vice, a ex-presidente e senadora Cristina Kirchner. (BBC)

Carlos Bolsonaro voltou ao Twitter depois de ter ficado quase um mês sem usar a rede social. O vereador publicou um GIF e atualizou sua foto de perfil para uma em que segura um fuzil. Desde o início de novembro, o filho do presidente responsável pela estratégia online do presidente não publicava nada — foi quando seu nome apareceu na CPMI das Fakes News e começou a se questionar sua relação com a vereadora assassinada Marielle Franco. (Estadão)

Enquanto isso... O escritor Olavo de Carvalho está em campanha pelo lançamento do site Brasil sem Medo, que ele descreve como o ‘maior jornal conservador da internet brasileira’. Vai ao ar no dia 19. Assista ao vídeo. (Poder 360)

Pela quarta vez em quatro anos, os ingleses vão às urnas tentar resolver o impasse do Brexit. As eleições gerais que acontecerão na próxima quinta vão definir a composição do novo Parlamento e, se algum dos grupos conseguir formar uma maioria grande o suficiente, do pleito sairá um primeiro ministro capaz de formar gabinete e governar. Normalmente, essas eleições acontecem a cada cinco anos, mas essa será a terceira desde 2015. Nenhum gabinete, desde o plebiscito, foi capaz de mobilizar deputados em número suficiente para determinar os critérios da saída do país da União Europeia, que já foi adiada várias vezes e agora está marcada para 31 de janeiro de 2020. O premiê Boris Johnson espera que uma eleição antecipada aumente o número de parlamentares conservadores, o que facilitaria a aprovação de seu projeto de Brexit. (BBC)

Faz seis meses desde o início das manifestações em Hong Kong e a data foi comemorada com mais de 800 mil pessoas nas ruas. Esse é o maior número desde a vitória dos representantes pró-democracia nas eleições locais ocorridas em novembro. Os protestos começaram em junho contra um projeto de lei que permitia extradições para a China. O Parlamento retirou da pauta a proposta dada a pressão popular, mas as manifestações se expandiram para demandas por maior democracia e contra a interferência de Beijing. (Folha)

Cultura

As mulheres foram protagonistas na sexta e maior edição da CCXP, um dos maiores festivais geek do mundo, em São Paulo. A total entrega do público - 280 mil em 2019 - diante de Margot Robbie e suas colegas de elenco de Aves de Rapina, no primeiro dia, deu o tom do que viria pelos três dias seguintes: um evento que foi dominado pelas mulheres do começo ao fim - com um encerramento apoteótico com a atriz Gal Gadot e a diretora Patty Jenkins para a estreia mundial do trailer de Mulher-Maravilha 1984.

A prévia divulgada contou com cenas extras e apresenta Diana, a Mulher-Maravilha, falando sobre sua vida não ser o que as pessoas pensam. Ela conversa com Barbara Minerva (Kristen Wiig), que na história será amiga da heroína antes de se converter na vilã Mulher Leopardo.

Patty Jenkins, diretora, sobre o novo filme: "O primeiro foi a jornada de encontrar a Mulher-Maravilha. Agora, já temos a Mulher-Maravilha, e ela está solta no mundo enfrentando seus maiores inimigos em épicas batalhas. Já que é ambientado em 1980, nos permitimos ser exagerados e grandiosos como era na década de 1980. É uma experiência visual e as cenas de coreografias são reais".

Sobre La Casa de Papel... foi um dos  paineis em que as pessoas estavam mais animadas. O elenco foi recebido com o coro de “Bella Ciao” e Darko Peric, o Helsinki, fez coro às colegas, lembrando uma frase famosa de Nairóbi: "O matriarcado está aqui".

Alba Flores, atriz de Casa de Papel: "Quem gosta da Nairobi vai sofrer".

Sobre os participantes brasileiros - caso do Globoplay e da Mauricio de Sousa Produções - também foram apresentadas novidades para 2020. As HQs autorais do universo da Turma da Mônica ganham quatro novas edições em 2020, e uma delas é a continuação de Jeremias – Pele, de Rafael Calça e Jefferson Costa (vencedores do Jabuti). Novos livros sobre Penadinho (Paulo Grumbin e Cristina Liko), Astronauta (Danilo Beyruth) e a primeira edição do Cascão (Camilo Solano) também saem ano que vem. A MSP anunciou uma parceria com a Disney para a produção de conteúdos para o lançamento do novo Star Wars e a data de estreia do próximo filme, Turma da Mônica: Lições. Uma série com atores reais, inspirada no livro sobre Jeremias, também está em fase inicial de desenvolvimento. Já o Globoplay deu mais detalhes sobre a produção de três novas séries originais da plataforma de streaming da Globo. Eu, Avó e a Boi é uma série de comédia com Vera Holtz e Arlete Salles, Onde Está Meu Coração e a principal aposta da plataforma: Desalma.

Por falar em streaminga disputa pela grandiosidade dos estandes no evento rendeu. Netflix, Amazon, HBO e Disney investiram pesado em experiências para público. A Netflix destacou em seu estande alguns sucessos como Stranger Things, Black Mirror e lembrou o clássico Breaking Bad, promovendo o filme que dá continuidade à serie, lançado neste ano. A Disney se sobressaiu em tamanho, mas as filas para as experiências na HBO, aparentemente, eram as mais intermináveis.

Pois é... a Disney reuniu Daisy Ridley, Oscar Isaac, John Boyega e JJ Abrams, da trilogia mais recente de Star Wars, e contou com um presentaço para os fãs. Os quatro apresentaram um trecho inédito - e exclusivo - de A Ascensão Skywalker.

Veja fotos da CCXP 2019.

E os melhores momentos.

O Festival do Rio superou falta de verba e chega hoje à 21ª edição com mais de 190 filmes; veja dicas.

E 13 filmes que você não pode perder.

Viver

O avanço brasileiro no IDH, em um ano, foi de um milésimo, quando se compara o resultado de 2018 ao de 2017. O índice mundial da ONU avalia saúde, educação e renda. Considerado “alto”, o Índice de Desenvolvimento Humano nacional ficou em 0,761 e colocou o Brasil na 79.ª posição entre os 189 países e territórios mapeados pela ONU, mesmo lugar da Colômbia, nação marcada pelo conflito com o narcotráfico. No intervalo de um ano, o Brasil caiu uma colocação quando comparado ao restante do mundo, aponta o relatório divulgado hoje.

O documento de 366 páginas alerta para a necessidade de se combater as novas formas de desigualdade no mundo - ligadas, por exemplo, ao acesso desigual a avanços tecnológicos e ao impacto das mudanças climáticas - para responder aos crescentes protestos sociais pelo planeta.

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A sulafricana Zozibini Tunzi foi proclamada ontem vencedora do Miss Universo 2019, na final do concurso que foi realizada em Atlanta (EUA). Tunzi se destacou em frente ao microfone, principalmente por suas ideias contra o racismo e em defesa da igualdade.

Charles Darwin, o pai da evolução, passou cinco anos a bordo do navio Beagle, quando deu a volta ao mundo observando espécies da América do Sul à Oceania. Depois o naturalista retornou em 1836 ao Reino Unido e passou décadas conduzindo experiências em sua casa em busca de evidências para sua teoria da evolução. 5 experimentos de Darwin que você pode fazer em casa.

Cotidiano Digital

Até 2040, mais de 27 milhões de brasileiros devem ter os seus empregos ameaçados por robôs e inteligência artificial. Pelo menos metade dos trabalhos serão de alguma forma tocados pelas transformações, de acordo com um estudo do Laboratório do Futuro da Coppe, UFRJ. O impacto será maior nas regiões mais ricas — Sul, Sudeste e Centro-Oeste — devido ao avanço tecnológico da indústria e dos serviços. Os efeitos da automação serão mais sentidos em setores como agricultura, comércio e manufatura. (Globo)

A Cambridge Analytica enganou os consumidores em suas práticas de coleta de dados. Esta é a conclusão final da FTC, a comissão que regula o comércio, nos EUA. A consultoria britânica, que fechou as portas no ano passado, colheu informações sobre dezenas de milhares de pessoas através de um teste de personalidade online. Os resultados, que incluíam acesso ao Facebook de cada um dos respondentes, permitiram à empresa construir perfis para distribuição de propaganda em campanhas eleitorais. Por ter fechado, não será possível punir a CA. A definição, porém, estabelece parâmetros para outras empresas que busquem o mesmo tipo de ação.

A popularização dos podcasts chegou ao Pulitzer. O maior prêmio americano jornalismo, literatura e composição musical anunciou que no ano que vem incluirá uma categoria experimental para jornalismo de áudio, que também incluirá reportagens de rádio.

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