Cabral delata ministros do STJ, do TCU e procuradores do MP-RJ

Está nas mãos do ministro Edson Fachin, no Supremo, uma delação premiada do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho. Pelo acordo, assinado com a Polícia Federal, Cabral se compromete a devolver R$ 380 milhões que recebeu em propina nos últimos anos. O que não há pista, por enquanto, é de que benefícios ele poderia receber. Depende de Fachin homologar a tratativa. O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, se manifestou contrário. Ele argumenta que Cabral é líder da organização criminosa montada no governo e, por isso, não poderia colaborar. Não deve ser beneficiado. A decisão será de Fachin. (Globo)

Será de Fachin por um único motivo: entre os delatados por Cabral estão três ministros do Superior Tribunal de Justiça, que têm foro privilegiado junto ao STF. De acordo com Bela Megale, fazem parte da lista ainda membros do Tribunal de Contas da União, ex-chefes do Ministério Público do Rio e desembargadores do estado. Segundo a PF, a documentação é farta, mas abre caminho para investigações sem necessariamente provar as acusações. (Globo)

Pois é... Os R$ 380 milhões, lembra Guilherme Amado, não são mais de Cabral. Já estão com a Lava Jato fluminense, após inúmeras apreensões. O ex-governador simplesmente admitiria a origem do dinheiro. (Época)

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O risco-país brasileiro alcançou o menor nível em nove anos. Os contratos de Credit Default Swap (CDS) atingiram o menor patamar desde novembro de 2010. Estes papeis servem como um termômetro informal que sugerem aumento na confiança dos investidores na capacidade do país em pagar suas dívidas. (Valor)

Uma tentativa de uma nova greve entre os caminhoneiros, marcada para ontem, acabou fracassando por baixa adesão. Parte da categoria era contra a politização do movimento com a atuação da CUT na mobilização. Os lideres mais antigos, em especial os responsáveis pela paralisação de 2018, também não aderiram ao movimento e fizeram campanha contra por estarem mais próximos do governo. (Folha)

Mas… a possibilidade de nova greve não está totalmente descartada. A categoria espera a regulamentação do pagamento do valor do frete ao caminhoneiro e a divulgação da nova tabela, que deve ser lançada em janeiro. (Estadão)

Jair Bolsonaro vai vetar novo projeto que altera Código Brasileiro de Trânsito. Relator mudou a proposta original do presidente de elevar a validade do exame de aptidão física e mental para 10 anos e cinco anos para os motoristas acima de 65 anos. O presidente também tinha duplicado para 40 pontos o limite para a suspensão da CNH. O projeto atualmente tramita em uma comissão especial e terá de ser aprovado por Câmara e Senado para ser enviado à sanção presidencial. (G1)

A cúpula do novo partido de Jair Bolsonaro, Aliança pelo Brasil, teria desistido de coletar assinaturas digitalmente. Os advogados tentavam regulamentar o processo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas receberam uma indicação do órgão que a integração dos sistemas para a coleta não aconteceria a tempo da eleição de 2020. Bolsonaro terá que adotar o método tradicional de coleta de assinaturas físicas para participar das eleições. O partido precisa reunir, até abril, cerca de 500 mil apoiadores espalhados em pelo menos nove estados. (O Globo)

Jean-Paul Delevoye, relator da reforma da Previdência na França, renunciou ontem por conflito de interesses. Sua saída é mais um revés para o presidente Emmanuel Macron. Há mais de 12 dias, o país sofre com greves organizadas por sindicatos. As paralizações acontecem principalmente no setor de transporte em várias cidades. Delevoye estava sendo pressionado a deixar o cargo após a divulgação de que ele atuou, paralelo as suas funções no governo, como consultor para empresas. Entre elas, está uma do setor de seguros que pode se beneficiar com as propostas da reforma. (O Globo)

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HealthTech

Antes mesmo de deixar o cargo como CEO do Google, Larry Page já vinha trabalhando com pesquisas para criar a vacina universal contra os vírus da gripe. Page criou a Flu Lab, empresa que fornece recursos para o Grande Desafio para o Desenvolvimento Universal de Vacinas contra a Gripe, da Fundação Bill & Melinda Gates. Sua empresa também ajuda um grupo de vacinação gratuita e fornece recursos para uma ONG que trabalha para aumentar o acesso a vacinação. Uma vacina universal para a gripe é sonho de muitos cientistas.

Próteses infantis ganharam um toque especial com desenhos de Batman e princesas graças à impressão 3D. A tecnologia foi usada por trainees do programa de 2019 da Dasa para confeccionar dispositivos para crianças com membros amputados ou agenesia. Os modelos personalizados, além de ter melhorado a autoestima delas, são mais leves do que as próteses tradicionais e se adaptam melhor ao corpo. As próteses impressas acompanham o crescimento das crianças e estimulam a região do corpo com agenesia, prevenindo atrofia muscular e auxiliando na fisioterapia.

Cultura

Fora da disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro, o Brasil ainda tem uma chance de ser indicado na categoria melhor documentário por Democracia em vertigem, da diretora brasileira Petra Costa. A lista final com cinco concorrentes será divulgada no dia 13 de janeiro.

Pois é... A Academia de Hollywood divulgou ontem uma lista com os pré-indicados e o premiado A Vida Invisível ficou de fora. O longa de Aïnouz foi exibido no Festival de Cannes 2019, onde venceu o prêmio principal da mostra Un Certain Regard, conquista inédita para o Brasil traz no elenco Carol Duarte, Julia Stockler, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavia Gusmão e Fernanda Montenegro.

Na trama, as irmãs Guida e Eurídice são como duas faces da mesma moeda — apaixonadas, cúmplices, inseparáveis. Eurídice, a mais nova, é uma pianista prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar com um príncipe encantado e ter uma família. Como esperado, Parasita, de Bong Joon Ho, e Dor e Glória, de Pedro Almodóvar, estão na lista da categoria filme estrangeiro, ao lado do francês Les Misérables de Ladj Ly, entre outras seis produções. Oficialmente, a Academia mudou o nome da categoria para 2020: ela passa a se chamar Melhor Filme Internacional.

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A Netflix revelou ontem, pela primeira vez, a distribuição de seus 158 milhões de assinantes por regiões do mundo. Em dados de setembro, a América Latina somava 29,4 milhões de assinantes, um terço dos latino-americanos com acesso a banda larga, segundo a Bloomberg. Consultores avaliam que, no Brasil, a empresa já tenha passado dos dez milhões de clientes.

Por falar em Netflix... a polêmica envolvendo o especial de Natal do Porta dos Fundos segue rendendo e virou matéria na Variety, uma das revistas de entretenimento mais populares do mundo.

Tony Goes, colunista da Folha: “No fundo, especial de Natal do Porta dos Fundos é terrivelmente cristão.”

E usuários do Twitter críticos ao Porta dos Fundos envolveram o humorista Renato Aragão na polêmica por conta de uma opinião sobre religião dada em outro momento no Conversa com Bial.

Mauricio Stycer, colunista do UOL: “Agora em janeiro, dia 13, Renato faz 85 anos. Ele está na dele, se divertindo no Instagram, sem importunar ninguém. Por favor, deixem o cara em paz!”

Mudando de assunto... A animação francesa Perdi Meu Corpo, cotada para uma vaga no Oscar da categoria, já está disponível na plataforma de streaming. É a história de uma mão decepada que escapa de um laboratório em Paris, determinada a reencontrar o corpo ao qual pertencia. Enquanto isso, do outro lado da cidade, o jovem Naoufel se apaixona por uma moça chamada Gabrielle. A premissa já rendeu prêmios nos festivais de Cannes e Annecy.

Ainda sobre streaming... há bons motivos para acreditar que um segundo ano de Watchmen é possível. A série que funcionou como uma continuação da icônica HQ criada por Alan Moore e Dave Gibbons teve seu último episódio exibido no domingo, na HBO, mas não teve uma segunda temporada oficialmente anunciada. Nem descartada.

A HBO foi muito feliz com Watchmen. A série recebeu uma série de elogios da crítica especializada por sua produção de alto nível e sua narrativa inovadora, obtendo 97% de avaliações positivas no Rotten Tomatoes. Segundo a revista Variety, acumulou uma média de 7,1 milhões de espectadores por episódio nos Estados Unidos.

Viver

Para ler com calma...São Paulo tem 30 mil entregadores ciclistas de apps, a maioria entre 18 e 27 anos. O número dá a dimensão de uma atividade que, há um ano, passava quase despercebida em São Paulo. Hoje, os ciclistas com caixas nas costas tomam as paisagens dos centros comerciais nas horas de pico da fome – das 12h às 15h e das 19h às 22h –, além de serem presença constante em calçadas próximas a shopping centers, restaurantes ou supermercados nos fins de semana. Eles trabalham 12h por dia, 7 dias por semana, para fazer, em média R$936 por mês. É o caso de Samuel Marques, que sai todo dia de bicicleta, com uma caixa térmica de 45 litros nas costas e a meta de só voltar pra casa depois de colocar no bolso R$ 50 com entregas para os aplicativos em que está cadastrado: Rappi, iFood e Uber Eats. “A gente não descansa”, diz o rapaz. “Não me lembro da minha última folga desde que comecei a trabalhar com isso, um ano atrás. Toda as vezes que sento para assistir à televisão em casa, penso que poderia estar pedalando e fazendo algum dinheiro” A reportagem completa. (Estadão).

Rio de Janeiro. 137 cápsulas de munição foram coletadas do chão em 27 bairros por 100 dias nos instantes posteriores a trocas de tiros. Afinal, de onde vêm as balas que empilham corpos e matam quase 1500 pessoas por ano pela cidade ? Reportagem do Intercept.

O ano de 2019 em 100 fotos. (Reuters)

E outra imagem, 'old but gold'... Will Smith. Um boné pra trás. Um Nintendo. Um par de Nike Air's. E um CD de Mariah Carey. Ou os anos 1990 em uma foto.

Cotidiano Digital

O Facebook não só é o aplicativo mais baixado da década, mas ainda dominou as primeiras posições com seus outros apps. Facebook Messenger, WhatsApp, e Instagram aparecem em seguida, nessa ordem, entre os favoritos dos usuários desde 2010, segundo relatório. Nenhum deles estão entre os que os usuários passam mais tempo usando — a liderança ficou para os aplicativos da Netflix e Tinder.

Apple, Google, Dell, Microsoft e Tesla. Essas big techs estão sendo processadas por permitirem trabalho infantil no Congo, em minas de cobalto — minério usado para a fabricação de suas baterias. As empresas são acusadas pelas famílias por serem responsáveis por mortes e ferimentos graves sofridos pelas crianças. Elas teriam conhecimento e se beneficiariam desse sistema, que é controlado por suas fornecedoras. Trata-se da segunda vez em que Apple e Microsoft são acusadas por trabalho infantil em minas. Ano passado, a Apple chegou a considerar comprar metal diretamente dos mineradores para ter melhor controle sob a sua cadeia produtiva.

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