Com Regina Duarte, Cultura pode voltar a ser ministério

Caso a atriz Regina Duarte aceite o convite para substituir o secretário de Cultura derrubado Roberto Alvim, a pasta pode voltar a ser ministério. A mudança está sendo avaliada pelo presidente Jair Bolsonaro e já foi posta na mesa em sua oferta para a atriz. Regina aguarda uma conversa pessoal para tomar sua decisão. Ela fez campanha para Bolsonaro, durante as eleições, e teve ao longo dos anos uma atuação política marcadamente antipetista. Sua indicação divide a classe artística. A atriz Mariana Lima é crítica. “Não entendo uma pessoa como a Regina, o Carlos Vereza, se alinharem com esse governo”, ela diz. “Não entendo você estar do lado daqueles que estão fazendo de tudo para acabar com a arte, a imprensa, o pensamento, as conquistas democráticas.” A cantora Zélia Duncan se alinha. “Respeito a trajetória de Regina Duarte como atriz, mas considero uma temeridade que ela assuma um cargo de tamanha importância estando encantada com um governo de extrema-direita.” Mas há apoios importantes. O produtor Luiz Carlos Barreto defende. “Ela tem tudo para ser uma boa ministra. Tem ligação estreita com os meios artísticos. Se teve posições políticas erradas, isso não a desmerece”, comentou. A empresária Paula Lavigne vai por caminho semelhante. “Precisamos de gente de respeito. E não é porque Regina virou uma pessoa que apoia a extrema-direita que ela deixou de ser quem é. Lutamos contra o fascismo e isso eu não posso acreditar que Regina apoie.” (Globo)

O escritor Paulo Coelho é pessimista. “Regina Duarte ou outro não faz diferença, quem manda no governo é o Líder e seus filhos. Moro, Guedes, Mourão, todos já sabem disso. Antes tentaram ter voz própria e agora não piam mais.” Publicou no Twitter, depois apagou. (BR Político)

Enquanto isso… A Associação Juízes para a Democracia pediu que o secretário demitido Roberto Alvim seja responsabilizado civil, administrativa e criminalmente. “A ação da Presidência da República, demitindo o referido secretário, constitui, no máximo, um sinal contraditório de um governo, cujas ações flertam continuamente com políticas totalitárias. A AJD repudia o pronunciamento feito pelo Secretário de Cultura e bem assim a política que vem sendo feita pelo atual governo.” (Folha)

Pois é… segundo Mônica Bergamo, o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, reclamou diretamente com Bolsonaro sobre o vídeo de Alvim. A reclamação pode ter sido decisiva na exoneração do secretário, já que menos de 24 horas antes de sua demissão Bolsonaro o elogiou durante sua live nas redes sociais. (Folha)

Alvim, que repetiu uma citação do ministro da Propaganda nazista Joseph Goebbels, se desculpou no Facebook. “O discurso foi escrito a partir de várias ideias ligadas à arte nacionalista, que me foram trazidas por assessores. Se eu soubesse da origem da frase, jamais a teria dito. Tenho profundo repúdio a qualquer regime totalitário e declaro minha absoluta repugnância ao regime nazista. Meu posicionamento cristão jamais teria qualquer relação com assassinos. Peço perdão à comunidade judaica, pela qual tenho profundo respeito. Do fundo do coração: perdão pelo meu erro involuntário.” (Poder360)

Eliane Cantanhêde: “Poderia ter sido apenas uma papagaiada chocante, mas o que o secretário nacional de Cultura Roberto Alvim fez foi muito pior: uma performance bem construída e ensaiada. Ator e diretor de teatro, ele encarnou o gênio do mal Joseph Goebbels, plagiando seus textos e usando o mesmo cabelo, o mesmo olhar, o tom solene e, como fundo musical, a ópera preferida de Hitler.” (Estadão)

Crédito: Quem primeiro percebeu que o ex-secretário havia citado Goebbels foi o site Jornalistas Livres.

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Os contratos de publicidade estatais poderão ser anulados se ficar comprovado que houve conflito de interesses no caso de Fábio Wajngarten, segundo Bruno Dantas, ministro do TCU. O secretário de Comunicação da Presidência começará a ser investigado por ser sócio de uma empresa que presta serviços para emissoras de TV e agências que recebem recursos do governo. Dantas ainda afirmou que o caso será mais um dentre vários que serão analisados a respeito da política de comunicação do governo. Ao longo do primeiro ano de Bolsonaro na presidência, o Ministério Público de Contas entrou com uma série de representações questionando atos de censura da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) à imagem da vereadora Marielle Franco e a suspensão do jornal Folha de S. Paulo de uma licitação. (Globo)

O Inep reconheceu que erros em notas podem ter ocorrido nos 2 dias do Enem 2019. No sábado, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, confirmou que houve ‘inconsistências’ na correção dos gabaritos. A falha ocorreu na transmissão das informações — quem fez prova de uma cor teve o gabarito corrigido como se fosse outra cor. (Poder360)

A apreensão dos estudantes aumenta... Caso de Livia Costa. Das 45 questões em matemática, Lívia afirma que acertou 36 e recebeu nota 350. “Não conheço absolutamente ninguém que já tirou essa nota, é praticamente a nota mínima do Enem”, afirma. Em outras edições da prova, a estudante chegou a atingir 700 pontos na disciplina. (G1)

O MEC manteve a data de abertura das inscrições do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), prevista para amanhã, terça. Apesar do erro, o governo corre para evitar um estrago maior, inclusive politicamente. A avaliação, tanto de integrantes do governo quanto de parlamentares que acompanham o MEC de perto, é a de que é preciso esperar qual será dimensão do episódio para calcular um possível dano maior a Weintraub. (Folha)

O Brasil fechou a fronteira com o Paraguai no Mato Grosso do Sul depois da fuga de 76 presos. Eles estavam na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero e eram integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). (G1)

Sérgio Moro, ministro da Justiça: “Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal”, tuitou. (Twitter)

A Caixa se prepara para uma dança nas cadeiras nos altos cargos. A reestruturação tem como objetivo reforçar o time para abertura de capital dos negócios de seguros e cartões, esperadas para este ano. (Estadão)

Cultura

O Spotify descobriu que 74% dos seus usuários deixam músicas tocando para seus animais de estimação e lançou um serviço: um gerador de playlists para cachorros, gatos, hamsters, pássaros e iguanas. A pesquisa com os usuários do Reino Unido indicou, também, que 42% dos assinantes afirmaram que seus animais têm um tipo preferido de música — um quarto deles foi além, garantindo terem visto os bichinhos dançando tais canções. O serviço criou ainda um podcast com "músicas suaves, elogios direcionados ao animal, histórias e mensagens de afirmação e segurança narradas por atores para aliviar o estresse quando ele estiver sozinho em casa".

Pois é... a plataforma criou um site próprio, o Pet Playlist, onde o usuário seleciona o tipo de animal de estimação e define brevemente a personalidade do bicho - agitado ou calmo, tímido ou amigável, apático ou curioso. Depois basta incluir o nome e uma foto do pet e o serviço criará uma playlist personalizada para ele, baseada também no que escuta o dono.

Os vencedores do PGA Awards 2020, o prêmio do Sindicato dos Produtores de Hollywood, foram revelados na noite de sábado. No cinema, 1917 foi premiado como melhor filme. Nas séries, Sucession, da HBO, levou a categoria de Drama, enquanto Fleabag, da Amazon, conquistou o prêmio de Melhor Série de Comédia. Em minisséries, a vencedora foi Chernobyl, também da HBO. Confira a lista de vencedores.

A popularidade da série The Witcher, na Netflix, está alavancando a procura pelos livros que inspiraram a adaptação. A Orbit Books anunciou que está lançando uma reimpressão de 500.000 livros para atender à alta demanda após a estréia de Henry Cavill como Geralt. Eles ganharam tradução para o Brasil em 2011.

Lançados na década de 1990 pelo escritor polonês Andrzej Sapkowski, The Witcher é uma série de 7 livros.  Confira duas ordens de leitura que podem ser seguidas neste artigo.

Viver

Nove palestras TED para crianças que gostam de ciência e tecnologia. Em uma delas, Dan Meyer mostra exercícios de matemática testados em sala de aula que levam os alunos a parar e pensar, indo além do que resolver problemas: formular problemas. Na Harbour School, em Hong Kong, Cesar Harada, membro sênior do TED, ensina ciência e invenção cidadã para a próxima geração de ambientalistas. Ele mudou sua sala de aula para um megaespaço industrial, onde crianças aprendem com madeira, metal, química, biologia, óptica e, ocasionalmente, ferramentas elétricas para criar soluções para as ameaças que os oceanos enfrentam no mundo. Lá, ele ensina uma lição universal aprendida com seus pais: "Você pode fazer uma bagunça, mas precisa limpar depois".

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Dez direitos fundamentais do aluno com deficiência na escola. Para ajudar e orientar pais ou responsáveis por alunos com deficiência, a advogada Diana Serpe, especialista na defesa das pessoas com deficiência, coordenadora do projeto ‘Autismo e Direito’ (Facebook e Instagram), elaborou com exclusividade para o #blogVencerLimites uma lista. A especialista também orienta sobre como agir quando qualquer um desses direitos for desrespeitado, explica como irregularidades podem ser denunciadas, destaca o que é crime e quem o denunciante deve procurar.

Lei Brasileira de Inclusão, artigo 28: qualquer cobrança extraordinária de escolas particulares é abusiva e ilegal, punível com prisão (2 a 5 anos) e multa. Quando se tratar de crime cometido contra menor de 18 anos, essa pena é agravada em 1/3, conforme o artigo 8º da Lei 7.853/1989.

E um projeto acadêmico no México promove a criação de jardins com flores para permitir a sobrevivência do colibri, o beija-flor, na capital do país. É o Instituto de Ensino Médio Superior da Universidade Nacional Autônoma (UNAM). Blanca Prado é professora de Biologia nesta instituição. Ela decidiu criar o jardim para sensibilizar os alunos sobre temas ambientais. Desde que o iniciou, em 2016, outros professores quiseram dar suas aulas por nessa área, onde agora também acontecem as atividades de desenho e de colibriterapia, uma iniciativa voltada a estudantes com depressão.

Blanca Prado: “Falar das problemáticas de uma espécie não torna os estudantes conscientes a seu respeito. Mas quando eles têm o beija-flor por perto, e este se apresenta com todas as suas cores, desperta o interesse deles e não dá outra: cuidam deles”.

Cotidiano Digital

Entre os principais conteúdos compartilhados em grupos de políticas no WhatsApp estão vídeos com notícias falsas. Levantamento do G1 com a FGV-Dapp descobriu que, entre agosto e outubro, o YouTube foi o site mais popular dentre 409 grupos de políticas analisados: 142 mil dos 410 mil links mais compartilhados vieram da plataforma de vídeos. Dentre os 100 links mais disseminados do YouTube, estão 78 vídeos dos quais 20% contêm alguma informação falsa ou errada. A maioria trata do incêndio na Amazônia, mas também há conteúdos com pautas inconstitucionais, como fechamento do STF, do Congresso ou intervenção militar.

Roh Tae-moon, um engenheiro de 52 anos responsável pelo processo de terceirização no fabrico de smartphones da Samsung, foi elevado a presidente da divisão de celulares da companhia sul-coreana. A estratégia de Roh, no comando da logística, barateou os custos da empresa sem que houvesse perda de qualidade. A Samsung é líder de mercado mundialmente, mas enfrenta na chinesa Huawei uma concorrente que vem ganhando espaço ano a ano.

A Globo vai entrar na guerra dos streamings nos EUA. O serviço Globoplay foi lançado em solo americano por US$ 13,99 ao mês. Com 22 milhões de visitantes únicos mensais, é o maior serviço brasileiro de streaming.

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