Governadores querem ajuda militar para manter disciplina nas PMs

A tensão entre os governadores em relação aos atos marcados para o Sete de Setembro segue alta. Segundo Bela Megale, eles querem conversar com o comando das Forças Armadas antes do feriado. As convocações de PMs para engrossar manifestações pró-governo serão um dos temas dessas conversas. (Globo)

Exatamente para conter o ímpeto da tropa, a PM paulista deve manter o afastamento do coronel Aleksander Lacerda, determinado pelo governador João Doria. Além de convocar “amigos” para atos pró-Bolsonaro, Lacerda usou as redes sociais para atacar autoridades, incluindo o próprio governador. Ao manter a punição, a PM quer evitar o “efeito Pazuello”, o mal-estar causado pela impunidade do general após participar de um ato político com o presidente. (Folha)

Para o ministro do STF Alexandre Moraes, o temor é infundado, como nos conta Lauro Jardim. Ao receber senadores da CPI da Pandemia, Moraes disse que está em contato com as secretarias de Segurança dos estados e descartou um levante de PMs. O ministro é oriundo da área de segurança e mantém forte ligação com o setor. (Globo)

Enquanto isso... O presidente Jair Bolsonaro segue jogando lenha na fogueira. Em entrevista ao Canal Rural gravada no dia 20 e exibida ontem, ele disse, em relação a Moraes e ao corregedor do TSE, Luís Felipe Salomão, que “a corda não está arrebentando; já arrebentou”. (Metrópoles)

E ministros aconselharam Bolsonaro a recusar o convite de reunião dos Poderes com governadores. Acham que vai servir de palanque para opositores. Além, claro, de o presidente não mostrar qualquer interesse em serenar os ânimos. (Folha)

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Por 55 votos a 10 e uma abstenção, o Senado aprovou a recondução de Augusto Aras para mais dois anos como procurador-geral da República. Mais cedo ele havia passado também com folga (21 a 6) pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), após uma sabatina na qual disse tudo o que os senadores queriam ouvir. Atacou a Lava-Jato, a “criminalização da política” e a imprensa, e ainda jurou que não protege o presidente Jair Bolsonaro. (Poder36)

O diretor-presidente da Belcher Farmacêutica, Emanuel Catori, caiu em contradição ontem ao depor na CPI da Pandemia. Primeiro ele disse que não tinha um “facilitador político”, mas em seguida admitiu que teve uma reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, agendada pelo líder do governo da Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Catori se referiu ao encontro como “audiência pública” e foi corrigido pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AP): “Audiência pública não. Foi dentro do gabinete do ministro, não é uma audiência pública.” A Belcher é investigada por ter tentado intermediar a compra de vacinas chinesas. (G1)

Na segunda à noite, durante entrevista ao Roda Viva, o governador de São Paulo, João Doria, disse que o senador Tasso Jereissati (CE) havia desistido de participar das prévias do PSDB para escolher um candidato à presidência. Ontem Tasso o desmentiu. “Se tiver de fazer algum anúncio, eu mesmo farei”, disse o senador. O incidente pegou mal entre a cúpula dos tucanos. (Estadão)

Meio em vídeo. Presidente do Conselho da Associação Brasileira do Agronegócio, Marcello Brito analisa em entrevista a Pedro Doria os posicionamentos de nomes dentro do agronegócio e como as polêmicas afetam a imagem do setor. Ele também discute a coexistência do agronegócio com o meio ambiente e as perspectivas para o futuro no Brasil. Confira o Conversas com o Meio no YouTube.

Não basta sair, tem que sair correndo. Diante do caos para retirar de Cabul estrangeiros e afegãos que colaboraram com a ocupação, países do G7 queriam ampliar o prazo para retirada final das tropas do Afeganistão, marcada para o dia 31. O Talibã não gostou, disse que não aceita qualquer ampliação e ainda desencorajou cidadãos a tentarem chegar no aeroporto da capital. Joe Biden disse que o prazo será cumprido e que a retirada vai ser acelerada. (G1)

Finanças em Dia

Finanças em Dia

Cerca de 3,8 milhões de contribuintes receberão R$ 5,1 bilhões no quarto lote de restituições do Imposto de Renda 2021. Os pagamentos serão feitos em 31 de agosto na conta indicada pelo contribuinte, segundo a Receita Federal. A devolução do valor pago a mais na declaração de imposto pode ser uma oportunidade para reorganizar as contas, pagar dívidas ou até mesmo investir. Entretanto, é preciso ter planejamento para utilizar o valor extra da melhor forma possível. Confira quatro ideias de como usar a restituição do Imposto de Renda.

As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 934,1 milhões em julho deste ano - a captação líquida mais alta desde abril de 2020, quando chegou a R$ 1,6 bilhão. Com o resultado, o programa passa a acumular a captação líquida de R$ 1,5 bilhão em 2021. No mês de julho, o Tesouro Selic foi o papel mais demandado em julho, com participação de 44,8% nas vendas. (InfoMoney)

Pois é… O Mapa da Inadimplência do Serasa mostrou que, em média, cada inadimplente deve R$ 3.934,38, mais de três vezes o piso nacional de R$1.100. O valor médio de cada dívida custa R$ 1.163,52, segundo os dados de junho deste ano. Em resumo, os brasileiros com contas atrasadas têm dívidas superiores ao salário mínimo. De acordo com a pesquisa, a maior fatia dessas contas em atraso é de cartão de crédito ou bancos. (Valor Investe)

Viver

A prefeitura do Rio anunciou que vai começar na próxima quarta-feira, dia 1º de setembro, a aplicar doses de reforço da vacina contra Covid-19. O primeiro grupo a receber a imunização adicional será de idosos que vivem em asilos e casas de repouso e que receberam a segunda dose há mais de seis meses. Embora a maioria tenha sido imunizada com a CoronaVac, o reforço será feito com doses da AstraZeneca ou do Pfizer. (UOL)

O Ministério da Saúde estima inicialmente aplicar a terceira dose em 35 milhões de pessoas - idosos, pacientes imunocomprometidos e profissionais da saúde. (Globo)

Com a chegada de novas doses, o Rio começa a vacinar adolescentes. Amanhã é o dia das moças com 17 anos. (CNN Brasil)

Até o momento, 56.820.544 pessoas receberam a segunda dose ou dose única, o que corresponde a 26,83% dos brasileiros. (G1)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que recebe hoje mais um carregamento de IFA vindo da China para produzir a vacina AstraZeneca. O material é suficiente para produzir 5,1 milhão de doses. (Agência Fiocruz)

E vem do Sul uma denúncia grave. Pacientes internados com Covid-19 no Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre teriam sido cobaias num experimento com o remédio proxalutamida, fabricado na China. Porém, não existe autorização da Anvisa para a importação do medicamento e o “estudo” não foi autorizado por qualquer órgão de fiscalização. Os responsáveis, segundo o major médico Christiano Perin, foram o endocrinologista Flávio Cadegiani e o infectologista Ricardo Zimerman. Este chegou a depor na CPI da Pandemia defendendo tratamentos ineficazes. (Matinal)

Nesta terça-feira foram registradas 885 mortes por Covid-19 no Brasil, totalizando 575.829, como média móvel de 730 em sete dias. Somente Sergipe apresentou tendência de alta. (G1)

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Mal começaram os Jogos Paralímpicos de Tóquio, e o Brasil já conquistou uma prata com Gabriel Araújo nos 100m costas, categoria S2. Ele ficou atrás apenas do chileno Alberto Abarza. Não fomos bem no tênis de mesa, com seis derrotas em oito partidas. Mas o grande destaque do dia foi a Haka, a dança de guerra maori feita pelos atletas de rúgbi em cadeiras de rodas da Nova Zelândia. (Globo Esporte)

Meio está de luto. Morreu na noite de segunda-feira, em Florianópolis (SC), o jornalista e acadêmico Nilson Lemos Lage, referência de gerações de jornalistas para quem lecionou nas Universidades Federais Fluminense, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Ele tinha 84 anos e lutava contra um câncer de pulmão. Formado em Letras (russo!), tornou-se jornalista nas principais redações do Rio de Janeiro, como Globo e Jornal do Brasil, antes de se dedicar à vida acadêmica. Era mestre em Linguística e doutor em Comunicação, combinava o conhecimento prático com a profundidade teórica, e era um daqueles professores sempre prontos a parar para um bate-papo, o que acaba virando uma aula em pé no corredor. Nem a aposentadoria ou câncer contiveram sua pena e seu inconformismo com as injustiças do Brasil. Escreveu até o fim. Nilson deixa viúva, quatro filhas, três netas e milhares de ex-alunos saudosos. (Globo)

Cultura

“Meu negócio era jazz, mas eu achava que essas bandinhas de rhythm & blues iam dominar o cenário, então resolvi embarcar.” Assim o baterista Charlie Watts explicava o motivo para entrar, como músico contratado, para os Rolling Stones, em 1963. Mas achava que aquela onda não ia longe. Para nossa sorte, estava errado. Para nosso azar, Charlie Watts morreu ontem, aos 80 anos, após quase seis décadas sendo a espinha dorsal de um dos maiores grupos da história. Há duas semanas ele havia se afastado da turnê europeia da banda após uma cirurgia no coração, sendo substituído pelo amigo Steve Jordan. Artistas como os demais Stones, Ringo Starr, Elton John e tantos outros lamentaram a morte do baterista. (G1)

Entre seus contemporâneos, Charlie não era tão carismático como Ringo e nem de longe espalhafatoso como Keith Moon, do Who. Mas era bom. Nascido em 1941, apaixonou-se pelo jazz ainda criança e trouxe desse estilo uma combinação única de precisão e versatilidade, especialmente quando os Stones começaram a compor “fora da caixinha”. Num kit modesto, Charlie mandou rhythm & blues em I Just Want to Make Love to You (YouTube), rock em It’s Ony Rock’n’Roll (YouTube), psicodelia em Paint It Black (YouTube), blues em I Got The Blues (YouTube), pop em Start Me Up (YouTube), disco em Miss You (YouTube) e até batida afro na seminal Sympathy For The Devil (YouTube). E isso sem mudar de expressão ao longo de 58 anos.

Charlie era impassível até na hora de perder a linha, como no dia em que botou paletó e gravata para acertar um soco na cara de Mick Jagger. Por outro lado, num mundo de relações fugazes como o do rock, sempre foi um homem de família. Seu casamento com Shirley Ann Shepherd começou em 1964 e durou até ontem. O motivo da relação tão estável? “É porque não sou realmente uma estrela do rock”, respondia. (Globo)

Confira imagens da carreira de Charlie Watts. (CNN Brasil)

Cotidiano Digital

Pois é… Uma falha na ferramenta de criação de aplicativos da Microsoft expôs os dados de 38 milhões de pessoas online. Os registros incluem nomes, endereços de e-mail, números de telefone e até status de vacinação. A ferramenta, além de gerenciar bancos de dados para o desenvolvimento de aplicativos, fornece interfaces prontas. No entanto, ao ativar a interface, os contratantes não perceberam que o acesso público às informações era padrão e que a privacidade devia ser ativada manualmente. Com isso, dados de 47 empresas e entidades governamentais foram disponibilizados acidentalmente por meio da plataforma Power Apps da Microsoft. O problema foi descoberto originalmente em maio e corrigido pela companhia. (The Verge)

Nesta terça-feira, Tim Cook completou 10 anos à frente da Apple. O executivo assumiu o cargo de CEO gigante de tecnologia após a saída e subsequente morte do icônico fundador Steve Jobs, responsável por lançar os produtos que posicionaram a Apple na vanguarda da computação moderna: iMac, iPod, iPhone e iPad. Desde 2011, a companhia também lançou novas tecnologias, como o Apple Watch e AirPods. Hoje, a Apple é a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, valendo mais de US$ 2,4 trilhões, superando gigantes como Microsoft e Amazon. Conheça a trajetória de Tim Cook como CEO da big tech. (CNBC)

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